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Reserva internacional: diferenças entre revisões

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==Finalidade==
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Em um [[regime de câmbio fixo]], as reservas permitem que o banco central compre a moeda local emitida, negociando os seus [[ativo]]s em moeda estrangeira. As reservas dão aos bancos centrais um meio adicional para estabilizar a emissão de [[moeda]], para minimizar volatilidade, e para proteger o sistema monetário de choques, como os que ocorrem quando especuladores compram e vendem moeda em um espaço curto de tempo. Grandes reservas são quase sempre um sinal de que o país detentor é capaz de suportar turbulências econômicas. Um nível baixo ou em queda pode ser um indicativo de que uma [[corrida bancária]] contra a moeda local é iminente ou de que um "calote" é provável, configurando uma [[crise monetária]].
Em um [[regime de câmbio flexivel]], as reservas permitem que o banco central compre a moeda local emitida, negociando os seus [[ativo]]s em moeda estrangeira. As reservas dão aos bancos centrais um meio adicional para estabilizar a emissão de [[moeda]], para minimizar volatilidade, e para proteger o sistema monetário de choques, como os que ocorrem quando especuladores compram e vendem moeda em um espaço curto de tempo. Grandes reservas são quase sempre um sinal de que o país detentor é capaz de suportar turbulências econômicas. Um nível baixo ou em queda pode ser um indicativo de que uma [[corrida bancária]] contra a moeda local é iminente ou de que um "calote" é provável, configurando uma [[crise monetária]].


Os bancos centrais muitas vezes defendem que a manutenção de grandes reservas resulta num seguro contra [[crise econômica|crise]]. Isto é verdade até o momento em que o banco central pode manter a sua moeda através da venda das reservas. (Esta prática é considerada como um manipulação do [[mercado de câmbio]]. Muitos bancos centrais utilizaram-se deste expediente desde o colapso do sistema de Bretton Woods. Em algumas poucas vezes, alguns bancos centrais cooperaram para tentar manipular taxas de câmbio de forma coordenada. Não é claro o quanto esta prática é eficiente.) Além disso, a manutenção de grandes reservas não significa necessariamente uma proteção contra a [[inflação]], já que a política de grandes compras de [[moeda]] estrangeira para manter a moeda local barata pode iniciar ou alimentar um processo [[inflacionário]].
Os bancos centrais muitas vezes defendem que a manutenção de grandes reservas resulta num seguro contra [[crise econômica|crise]]. Isto é verdade até o momento em que o banco central pode manter a sua moeda através da venda das reservas. (Esta prática é considerada como um manipulação do [[mercado de câmbio]]. Muitos bancos centrais utilizaram-se deste expediente desde o colapso do sistema de Bretton Woods. Em algumas poucas vezes, alguns bancos centrais cooperaram para tentar manipular taxas de câmbio de forma coordenada. Não é claro o quanto esta prática é eficiente.) Além disso, a manutenção de grandes reservas não significa necessariamente uma proteção contra a [[inflação]], já que a política de grandes compras de [[moeda]] estrangeira para manter a moeda local barata pode iniciar ou alimentar um processo [[inflacionário]].

Revisão das 19h22min de 12 de dezembro de 2008

As reservas internacionais são os depósitos em moeda estrangeira dos bancos centrais e autoridades monetárias. São ativos dos bancos centrais que são mantidos em diferentes reservas, como o dólar estadunidense, o euro ou o iene, e que são utilizados no cumprimento dos seus compromissos financeiros, como a emissão de moeda, e para garantir as diversas reservas bancárias mantidas num banco central por governos ou instituições financeiras.

História

O sistema monetário vigorante do século XIX até a Primeira Guerra Mundial era o padrão-ouro. Mas ao final da segunda Guerra Mundial, após os acordos de Bretton Woods, os Estados Unidos da América fixaram o valor do dólar ao do ouro, e permitiram a conversibilidade de dólares em ouro. Isto fez com que o dólar fosse visto efetivamente como um equivalente do ouro. Em 1971, durante o governo de Richard Nixon, os Estados Unidos da América abandonaram o sistema de Bretton Woods, mas o dólar permaneceu como uma moeda estável e fiduciária, e ainda hoje é a mais importante moeda de reserva. Atualmente os bancos centrais mantém reservas compostas de múltiplas moedas.

Finalidade

Em um regime de câmbio flexivel, as reservas permitem que o banco central compre a moeda local emitida, negociando os seus ativos em moeda estrangeira. As reservas dão aos bancos centrais um meio adicional para estabilizar a emissão de moeda, para minimizar volatilidade, e para proteger o sistema monetário de choques, como os que ocorrem quando especuladores compram e vendem moeda em um espaço curto de tempo. Grandes reservas são quase sempre um sinal de que o país detentor é capaz de suportar turbulências econômicas. Um nível baixo ou em queda pode ser um indicativo de que uma corrida bancária contra a moeda local é iminente ou de que um "calote" é provável, configurando uma crise monetária.

Os bancos centrais muitas vezes defendem que a manutenção de grandes reservas resulta num seguro contra crise. Isto é verdade até o momento em que o banco central pode manter a sua moeda através da venda das reservas. (Esta prática é considerada como um manipulação do mercado de câmbio. Muitos bancos centrais utilizaram-se deste expediente desde o colapso do sistema de Bretton Woods. Em algumas poucas vezes, alguns bancos centrais cooperaram para tentar manipular taxas de câmbio de forma coordenada. Não é claro o quanto esta prática é eficiente.) Além disso, a manutenção de grandes reservas não significa necessariamente uma proteção contra a inflação, já que a política de grandes compras de moeda estrangeira para manter a moeda local barata pode iniciar ou alimentar um processo inflacionário.

Custos e benefícios

Por um lado, se um país deseja controlar a taxa de câmbio, a manutenção de grandes reservas dá ao banco central uma grande habilidade para manipular o mercado de câmbio. Mas as reservas também têm um custo. A diferença existente entre o retorno da aplicação das reservas em instituições internacionais e o valor pago pelo aos detentores da sua dívida interna, gera um custo fiscal para o governo. Além disso alguns governos sofrem perdas importantes por causa de problemas no gerenciamento das reservas, que acabam redundando em custo fiscal. [1] No início do ano de 2007, a política de acumulação de reservas do governo brasileiro recebeu críticas devido ao seu alto custo fiscal. [2] [3]

Níveis de reserva

Reservas internacionais por país

Não existe um número absoluto que seja considerado como adequado para o nível das reservas internacionais. O nível ideal das reservas é normalmente obtido a partir de uma porcentagem do débito de curto prazo, da disponibilidade de moeda ou da média mensal de importações.

Algumas das maiores reservas internacionais (Base 2008)
Banco Central/Autoridade monetária bilhões de US$
 China $1,808 trilhão (Junho)
 Japão $1008 (Fevereiro)
 Rússia $550 Bilhões (Junho)
 Índia $301 (Julho de 2007)
Taiwan (Taiwan) $278 (Fevereiro)
Coreia do Sul Coreia do Sul $262 (Fevereiro)
 Brasil $201 (Julho) [4]
Singapura Singapura $172 (Fevereiro)
 Hong Kong $160 (Fevereiro)
 Alemanha $147 (Janeiro)

Fonte quando não indicado: Departamento de investimentos de Taiwan - Foreign Exchange Reserves

Estes poucos países mantém por volta de 50% do total de reservas internacionais do mundo. No final do ano de 2004, 66% das reservas eram mantidas em dólares estadunidenses e 25% em euros. [5]

Ver também

Referências

Ligações externas

Artigos

Dados

Discursos