Rodrigo Aboim Ascenção

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Rodrigo Aboim Ascenção
Rodrigo Aboim Ascenção
Nome completo Rodrigo António de Aboim Ascenção
Nascimento 23 de Agosto de 1859
Faro
Morte 22 de Janeiro de 1930
Lisboa
Ocupação Militar e político
Prémios Medalha de Comportamento Exemplar
Ordem de Sant'Iago da Espada
Ordem de São Bento de Avis
Ordem de Mérito Militar de Espanha
Serviço militar
Patente Coronel

Rodridgo António de Aboim Ascenção (Faro, 23 de Agosto de 1859 - Lisboa, 22 de Janeiro de 1930), foi um militar e poítico português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu na cidade de Faro, em 23 de Agosto de 1859.[1]

Enveredou pela carreira militar, tendo frequentado o Real Colégio Militar e depois a Escola do Exército, onde concluiu o curso de arma da cavalaria.[2] Também estudou no curso de Construção e Obras Públicas, no Instituto Industrial e Comercial de Lisboa.[1] Assentou prçaça em 1877, e cerca de dez anos depois integrou-se na Guarda Fiscal,[1] onde foi tenente, capitão, e segundo comandante na Circunscrição do Sul,[2] atingindo finalmente o posto de coronel.[1] Também foi capitão ajudante do general Visconde de Santo Januário.[2]

No campo político, teve uma grande influência durante o período da monarquia, tanto no Algarve como em Lisboa, e foi Governador Civil no Distrito do Funchal.[2] Esteve integrado na irmandade da Igreja do Carmo, em Faro,[2] Foi um dos principais responsáveis pela fundação Instituto Arqueológico do Algarve, e impulsionou a abertura de estradas e escolas na região, além da Carreira de Tiro de Faro.[3]

Ficou principalmente conhecido pela sua beneficiência, tendo fundado em 1901 a Associação Protectora da Primeira Infância, e por volta de 1907 a Associação de Beneficiência e Instrução do Campo Grande, ambos situados em Lisboa,[1] além do Cofre de Previdência da Primeira Circunscrição do Sul da Guarda Fiscal,[3] o Cofre de Previdência da Guarda Nacional, e o Museu das Apreensões Aduaneiras.[1] No seu testamento deixou apoios para várias instituições de solidariedade social, como o Asilo D. Pedro V e a Irmandade de Santos Reis do Campo Grande,[1] e um importante legado para a criação de uma instituição infantil em Faro, que recebeu o seu nome, o Refúgio Aboim Ascensão.[2]

Faleceu em 22 de Janeiro de 1930, aos 71 anos, na sua residência em Lisboa, vítima de uma doença prolongada.[2] O corpo foi transportado para Faro de comboio, tendo o funeral sido organizado na Igreja do Carmo, e depois o corpo foi depositado no jazigo de família, no Cemitério da Esperança.[2] Estava casado desde 1894 com Olímpia Lamas Ascensão (1857-1933), tendo o casal tido dois filhos, Manuel Lamas Aboim Ascensão (1898-1899) e Maria da Piedade Lamas Aboim Ascensão (1895-1961).[1]

Foi condecorado com a Medalha Militar de Comportamento Exemplar, o grau de oficial da Ordem de São Bento de Avis, e as comendas da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada,[2] e da Ordem de Benemerência, esta última já a título póstumo, em 27 de Novembro de 1930.[4] Em Espanha, foi homenageado com a medalha de Mérito Militar[2] e a Ordem de Isabel a Católica.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i «Fundador». Associação Protectora da Primeira Infância. Consultado em 3 de Dezembro de 2023 
  2. a b c d e f g h i j «Coronel Aboim Ascensão» (PDF). O Algarve. Ano 22 (1138). Faro. 26 de Janeiro de 1930. p. 1. Consultado em 3 de Dezembro de 2023 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  3. a b «Rodrigo Aboim Ascenção» (PDF). O Algarve. Ano 24 (1232). Faro. 15 de Novembro de 1931. p. 3. Consultado em 3 de Dezembro de 2023 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  4. «Entidades nacionais agraciadas com ordens portuguesas». Ordens Honoríficas Portuguesas. Presidência da República Portuguesa. Consultado em 3 de Dezembro de 2023 


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