Sechellophryne

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaSechellophryne
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Sooglossidae
Gênero: Sechellophryne
Nussbaum and Wu, 2007
Sinónimos
Leptosooglossus

Sechellophryne é um gênero de anfíbio da família Sooglossidae, cujas espécies são endêmicas das ilhas Mahé e Silhouette, nas Ilhas Seychelles.[1]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Foi descrito em 2007 pelos pesquisadores Ronald A. Nussbaum e Sheng-Hai Wu, após uma analise detalhada do gênero Sooglossus, onde foi observado sua vocalização, suas aloenzimas e seu cariótipo, sendo percebido que as espécies S. gardineri e S. pipilodryas possuíam diferenças marcantes das outras espécies, que permitiriam ser enquadradas em um gênero a parte. Seu epíteto genérico deriva da aglutinação das palavras francesa Sechelles, que se refere a algo oriundo das Ilhas Seychelles, e grega phryne, que significa "sapo", tendo como tradução livre "sapo das Seychelles".[2]

No mesmo ano de sua descrição original, os pesquisadores Arie van der Meijden, Renaud Boistel, Justin Gerlach, Annemarie Ohler, Miguel Vences, Axel Meyer chegaram a mesma conclusão e criaram o gênero Leptosooglossus, porém devido a ele já ter sido criado meses antes, o primeiro é usado em primazia deste, que é tratado como um sinônimo. Este nome provem da aglutinação das três palavras gregas lepton (pequeno), soos (sadio) e glossa (língua).[3]

Descrição e comportamento[editar | editar código-fonte]

Podem ser diferenciados dos outros anuros devido a possuir as membranas interdigitais pequenas nas patas traseiras e a presença de uma linha preta na lateral do corpo que vai do olho até os membros inferiores. Além disso, medem entre 9,3 e 16,4 milímetros, suas narinas não são salientes, possuem tubérculos menores na região do metacarpo, discos adesivos reduzidos e a pele lisa, exceto nos locais onde há tubérculos no dorso. Não possuem o osso palatino.[2][3]

Apresentam desenvolvimento direto, ou seja, não apresentam fase larval aquática, com os seus ovos sendo depositados diretamente no chão e em locais escondidos. Após a eclosão, nascem imagos de três a quatro milímetros. A espécie S. gardineri apresenta cuidado parental, cuidando de seus filhotes após o nascimento.[4]

Espécies[editar | editar código-fonte]

O gênero possui duas espécies descritas conhecidas:[5]

Referências

  1. «Sechellophryne Nussbaum and Wu, 2007». AMNH. Consultado em 23 de março de 2019 
  2. a b Nussbaum, Ronald; Wu, Sheng-Hai (21 de dezembro de 2006). «Morphological Assessments and Phylogenetic Relationships of the Seychellean Frogs of the Family Sooglossidae (Amphibia: Anura)». Zoological Studies (em inglês). Consultado em 23 de março de 2019 
  3. a b van der Meijden, Arie; Boistel, Renaud; Gerlach, Justin; Ohler, Annemarie; Vences, Miguel; Meyer, Axel (5 de julho de 2007). «Molecular phylogenetic evidence for paraphyly of the genus Sooglossus, with the description of a new genus of Seychellean frogs». Biological Journal of the Linnean Society (em inglês). doi:10.1111/j.1095-8312.2007.00800.x. Consultado em 23 de março de 2019 
  4. «Sooglossidae». Amphibiaweb. Consultado em 7 de fevereiro de 2018 
  5. «Sechellophryne» (em inglês). AmphibiaWeb. Consultado em 23 de março de 2019