Soneto 2

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Soneto 2

When forty winters shall besiege thy brow,
And dig deep trenches in thy beauty's field,
Thy youth's proud livery, so gazed on now,
Will be a tatter'd weed, of small worth held:
Then being ask'd where all thy beauty lies,
Where all the treasure of thy lusty days,
To say, within thine own deep-sunken eyes,
Were an all-eating shame and thriftless praise.
How much more praise deserved thy beauty's use,
If thou couldst answer 'This fair child of mine
Shall sum my count and make my old excuse,'
Proving his beauty by succession thine!
This were to be new made when thou art old,
And see thy blood warm when thou feel'st it cold.

–William Shakespeare

Soneto 2 é um dos 154 sonetos escritos por William Shakespeare. A crítica o considera um dos sonetos shakespearianos sobre a procriação e a observação da destruição do tempo e da beleza, incitando o destinatário do poema, um(a) jovem, a ter um filho.

Traduções[editar | editar código-fonte]

Quando tiveres completado teus quarenta anos
E cavado sulcos profundos onde agora és bela,
Essa tua juventude tão orgulhosa, que agora todos fitam maravilhados,
Será somente um resto pisoteado, a que ninguém mais se virará para ver;
Então, indagada sobre que beleza era aquela,
Que tesouro aquele de teus dias encantadores,
Dizer que se encontram afundados nos teus olhos já opacos,
Isso seria ridículo e um elogio que ninguém entenderia.
Poderias receber mais elogios
Caso pudesses dizer: " - Esse meu filho
Resume toda minha reputação, e com isso me desculpa" -
Provando com sua beleza tua herança!
Isso seria te sentires renovada quando ficares velha,
E ver teu sangue quente, ao senti-lo já gelado.
Abaixo, a tradução de Fernando Nin'g Guimarães:
Quando quarenta invernos estiverem de ti em torno
E fundas trincheiras forem na tua beleza cavadas
A pintura da juventude, hoje teu principal adorno
Como fosse erva daninha, será pouco valorizada
Então se perguntará para onde foi tanta formosura
Onde terá ido parar afinal todo o glorioso esplendor
Deveria talvez ter sido guardado com mais usura
Em vez de desperdiçado com elogios sem valor
Sabe, porém, que serás devidamente louvado
Caso puderes dizer ‘olha bem, a minha criança
Encarna tudo e assim poderei ser desculpado  
Sua beleza a prova do que posso deixar de herança’  
   Pois assim deve ser, o novo ao velho suceder  
  E quando vier o frio haverá com o que te aquecer
  • ary Genetics of Shakspeare's Sonnets. Urbana: University of Illinois Press, 1950.
  • Booth, Stephen. Shakespeare's Sonnets. New Haven: Yale University Press, 1977.
  • Dowden, Edward. Shakespeare's Sonnets. London, 1881.
  • Hubler, Edwin. The Sense of Shakespeare's Sonnets. Princeton: Princeton University Press, 1952.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]