Teatro São Cristóvão

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Teatro São Cristóvão
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Estatuto patrimonial
bem tombado pelo DPHAC (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
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O Teatro São Cristóvão, também conhecido como Teatro dos Pássaros, é uma edificação em estilo art déco construída em 1913, na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil. Por sua importância histórico-cultural, foi tombado como patrimônio cultural do estado do Pará, pelo Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural do Estado do Pará (DPHAC), em 2010.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O prédio em estilo art déco, foi construído em 1913, à Avenida Governador Magalhães Barata, no bairro de São Brás. Em 1958, foi anexado à União dos Chauffeurs e inaugurado como espaço de confraternização de seus associados.[2][3] Foi um importante ponto da cena cultural entre as décadas de 1950 a 1970.[2] O teatro foi palco para apresentações artísticas das mais diversas expressões culturais locais, principalmente os cordões de Pássaro Junino, os bois e as quadrilhas juninas; além de receber shows de artistas nacionais, como Roberto Carlos e Vinícius de Moraes. Além disso, foi utilizado pelo movimento de resistência local contra a Ditadura Militar.[2][4][5]

Cordões de Pássaro Junino[editar | editar código-fonte]

É um gênero de teatro popular paraense, com letras maliciosas; “uma espécie de ópera popular, com texto e música e até com orquestra mínima que lotava o teatro”.[5]

Reconstrução[editar | editar código-fonte]

Em 2012, Marta Suplicy, então Ministra da Cultura, assinou termo de compromisso que aprovou a liberação de R$ 4 milhões para a reconstrução do Teatro, e foi iniciado o processo de desapropriação do imóvel. O projeto de autoria de Paulo Chaves foi apresentado para a população belenense em 2014.[2][3] O espaço reconstruído seria multifuncional, abrigando:[3][5]

  • a sede da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz;
  • a sede da Amazônia Jazz Band;
  • o Memorial dos Pássaros Juninos;
  • o Memorial histórico da Associação de Chauffeurs;
  • o espaço dedicado a São Cristóvão, pois esse era o ponto de saída das procissões em louvor ao santo, padroeiro dos motoristas; e
  • um teatro com mais de 200 lugares.

Em 2017, o secretário de Estado de Cultura voltou a tratar sobre o projeto de recuperação do Teatro com o ministro da Cultura. Mas o valor do projeto estava orçado em R$ 15 milhões e havia previsão de conclusão em um prazo de 9 a 12 meses.[5]

Em 2022, foi anunciado que o antigo Teatro São Cristóvão passaria a ser administrado pela Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel).[4] No mesmo ano, o termo de desapropriação do imóvel foi assinado pelo Prefeito de Belém.[6]

Tombamento[editar | editar código-fonte]

O Teatro São Cristóvão foi tombado como patrimônio cultural do estado do Pará, pelo DPHAC, em 24 de dezembro de 2010, em conjunto com a União Beneficente dos Chauffeurs do Pará (UBCP).[1]

Referências

  1. a b «Belém – Teatro São Cristóvão | ipatrimônio». Consultado em 19 de maio de 2023 
  2. a b c d PA, Do G1 (24 de março de 2014). «Projeto de recuperação do Teatro São Cristóvão é apresentado em Belém». Pará. Consultado em 19 de maio de 2023 
  3. a b c Online, DOL-Diário (31 de agosto de 2014). «Teatro São Cristóvão é promessa não cumprida». DOL - Diário Online. Consultado em 19 de maio de 2023 
  4. a b «Sede dos Ferroviários e antigo Teatro São Cristóvão são desapropriados pela Prefeitura». oestadodopara.com. Consultado em 19 de maio de 2023 
  5. a b c d «Secult apresenta projeto do Teatro São Cristóvão ao Ministério da Cultura». Agência Pará de Notícias. Consultado em 20 de maio de 2023 
  6. Belém, Agência. «Prefeito de Belém assina desapropriação de dois prédios históricos no bairro de São Brás». Agência Belém de Notícias. Consultado em 20 de maio de 2023