Telegrafo Portuguez

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fac-símile da edição de 4 jan 1812.

O Telegrafo Portuguez foi um periódico português publicado em Lisboa, no contexto da Guerra Peninsular (1808-1814).

História[editar | editar código-fonte]

No início do século XIX a imprensa periódica portuguesa conheceu uma nova realidade política, diante da invasão do país pelas tropas napoleónicas e a retirada da Família Real para o Brasil (1807). Esses fatos tornam-se, a partir de então, causa do surgimento de diversos periódicos e panfletos, imbuídos de forte sentimento político-patriótico.

Tendo vindo à luz no momento imediatamente posterior à primeira invasão (1807-1808), primeiramente, sob o nome O Lagarde portuguez ou gazeta para depois de jantar, composto e impresso em formato de 4.º, tinha como missão propagar a tríade que então inspirara a resistência portuguesa: a Pátria, a Coroa e a Religião.

Passado um mês apenas muda de nome para Telégrafo Portuguez ou Gazeta para depois de Jantar; depois para Telégrafo Portuguez, ou Gazeta Anti-Francesa[1].

Tendo a colaboração de Teodoro José Biancardi[1], o seu editor e redator era Luiz de Sequeira Oliva e Souza Cabral, bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, primeiro-tenente do Real Corpo de Engenheiros, propunha-se a lutar contra o invasor recorrendo à arma que julgava a mais eficaz, a pena escrita. Fê-lo durante dois meses, de novembro a dezembro de 1808, sendo sucedido pelo "Telegrapho portuguez, ou gazeta anti-franceza", que circulou de dezembro de 1808 a junho de 1809. Esses títulos circularam uma ou duas vezes por semana, quase ininterruptamente, composto e impresso nas oficinas da Imprensa Régia, em Lisboa.

Tendo a circulação sido interrompida em razão da ausência temporária do redator, à época surgiu outro periódico de mesma natureza, intitulado "Correio da Península, ou novo Telegrapho", redigido por João Bernardo da Rocha e Pato Moniz.

Em janeiro de 1812 Oliva recomeçou a publicação do seu "Telegrapho", que prosseguiu ininterruptamente até ao fim de dezembro de 1814.

A consulta a este periódico fornece um amplo repositório das notícias militares e políticas deste momento da História de Portugal.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

̽* Animar a Pátria, refutar Napoleão. O Telegrafo Portuguez de Luís de Sequeira Oliva - um periódico patriótico em tempos de Invasões Francesas, por Carla Costa Vieira

Ícone de esboço Este artigo sobre meios de comunicação é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.