Tratado das Alcáçovas-Toledo: diferenças entre revisões

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O '''Tratado das Alcáçovas''', também denominado como '''Tratado das Alcáçovas-Toledo''', foi um diploma assinado entre [[Afonso V de Portugal]] e os [[Reis Católicos]], no desenvolvimento da [[Guerra da Beltraneja]]. Foi inicialmente assinado na vila portuguesa de [[Alcáçovas]], no [[Alentejo]], a [[4 de Setembro]] de [[1479]], colocando fim à [[Guerra de sucessão de Castela]] ([[1479]]-[[1480]]) e posteriormente ratificado na cidade [[Reino de Castela|castelhana]] de [[Toledo]], a [[6 de Março]] de [[1480]].
O '''Tratado das Alcáçovas''', também denominado como era o principal ;'''Tratado das Alcáçovas-Toledo''', foi um diploma assinado entre [[Afonso V de Portugal]] e os [[Reis Católicos]], no desenvolvimento da [[Guerra da Beltraneja]]. Foi inicialmente assinado na vila portuguesa de [[Alcáçovas]], no [[Alentejo]], a [[4 de Setembro]] de [[1479]], colocando fim à [[Guerra de sucessão de Castela]] ([[1479]]-[[1480]]) e posteriormente ratificado na cidade [[Reino de Castela|castelhana]] de [[Toledo]], a [[6 de Março]] de [[1480]].


==História==
==História==

Revisão das 19h16min de 7 de abril de 2011

Tratado das Alcáçovas.
Afonso V de Portugal.
Isabel de Castela.

O Tratado das Alcáçovas, também denominado como era o principal ;Tratado das Alcáçovas-Toledo, foi um diploma assinado entre Afonso V de Portugal e os Reis Católicos, no desenvolvimento da Guerra da Beltraneja. Foi inicialmente assinado na vila portuguesa de Alcáçovas, no Alentejo, a 4 de Setembro de 1479, colocando fim à Guerra de sucessão de Castela (1479-1480) e posteriormente ratificado na cidade castelhana de Toledo, a 6 de Março de 1480.

História

Portugal, na qualidade de principal Estado monárquico empenhado no reconhecimento de direitos sobre as ilhas atlânticas e a costa africana durante a década de 1470, ao seu final viu-se enfrentado uma série de conflitos com o reino vizinho. Uma vez concluída, na península Ibérica, uma guerra favorável a Castela, os representantes de ambos os Estados firmaram um acordo de paz.

Além de formalizar o fim das hostilidades (pelo qual Joana, a Beltraneja, e seu tio e marido Afonso V de Portugal, desistiam para sempre das suas pretensões ao trono de Castela), o Tratado continha outras cláusulas concernentes à política de projeção externa de ambos os países, num momento em que os dois reinos competiam pelo domínio do Oceano Atlântico e das terras até então descobertas na costa africana.

Por essas cláusulas, Portugal obtinha o reconhecimento do seu domínio sobre a ilha da Madeira, o Arquipélago dos Açores, o de Cabo Verde e a costa da Guiné, enquanto que Castela recebia as ilhas Canárias (exploradas por Diego Garcia de Herrera em 1476), renunciando a navegar ao Sul do cabo Bojador, ou seja, do Paralelo 27 no qual se encontravam as próprias ilhas. Regulamentava também as áreas de influência e de expansão de ambas as coroas pelo Reino Oatácida de Fez, no Norte de África.

O Tratado foi o primeiro do género, que regulamentava a posse de terras ainda não descobertas. Refletia os anseios de Portugal, interessado em garantir direitos sobre a costa da Mina e o Golfo da Guiné, e no prosseguimento da sua exploração da costa africana, na premissa de que por aquela via se conseguiria a esperada passagem para as Índias.

Ver também

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