Tribunal Revolucionário do Povo

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O Tribunal Revolucionário do Povo (em quemer: តុលាការប្រជាជនបដិវត្តន៍) foi um tribunal estabelecido pela República Popular do Kampuchea em 1979 para julgar os líderes do Khmer Vermelho Pol Pot e Ieng Sary in absentia por genocídio.[1]

Julgamento e veredicto[editar | editar código-fonte]

O tribunal começou sete meses após a derrubada do Kampuchea Democrático e foi composto por advogados cambojanos e internacionais. O tribunal foi realizado no Chaktomuk Theatre de Phnom Penh e as transcrições dos procedimentos foram disponibilizadas em khmer, francês e inglês. O tribunal ouviu o depoimento de 39 testemunhas durante cinco dias. O veredicto, proferido em 19 de agosto de 1979, considerou os dois líderes do Khmer Vermelho culpados de genocídio, os condenou à morte e ordenou o confisco de suas propriedades.[1]

Defesa[editar | editar código-fonte]

Percepções do julgamento[editar | editar código-fonte]

Naquela época, muitos países ocidentais liderados pelos Estados Unidos rejeitavam a República Popular do Kampuchea como um Estado fantoche do Vietnã e o tribunal como uma farsa judicial.[2]

Depois do julgamento[editar | editar código-fonte]

Ieng Sary recebeu um perdão real do rei Norodom Sihanouk em 1996 em troca de sua deserção para o governo. Pol Pot morreu em 1998, pouco depois de ser colocado em prisão domiciliar por seu vice, Ta Mok.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Robbie Corey Boulet (18 de agosto de 2009). «The world's first genocide trial, 30 years on». The Phnom Penh Post 
  2. See Hurst Hannum, 'International Law and Cambodian Genocide: The Sounds of Silence', (1989) 11 Human Rights Quarterly 82