República Popular do Kampuchea
សាធារណរដ្ឋប្រជាមានិតកម្ពុជា / រដ្ឋកម្ពុជា República Popular do Kampuchea/ Estado do Camboja | |||||
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Continente | Ásia | ||||
Região | Sudeste Asiático | ||||
Capital | Phnom Penh | ||||
Governo | República socialista, Estado de partido único (1979 - 1991) | ||||
Chairman¹ | Heng Samrin | ||||
Hun Sen (Premier 1986 - 1993) | |||||
Período histórico | Guerra Fria | ||||
• 10 de Janeiro de 1979 | Fundação | ||||
• 1990 | Retirada das tropas vietnamitas | ||||
• 28 de Maio de 1989 | Eleições | ||||
• 1993 | Monarquia restaurada |
A República Popular de Kampuchea (RPK) foi fundada no Camboja (também conhecido como Kampuchea) pela Frente Unida Nacional para Salvação do Kampuchea, um grupo de esquerdistas cambojanos descontentes com o Khmer Vermelho, depois da derrubada do Kampuchea Democrático, o governo de Pol Pot. Engendrada pela invasão da República Socialista do Vietnã, que derrotara as forças do Khmer Vermelho, a RPK tinha o Vietnã e a União Soviética como seus principais aliados.
Embora tenha obtido um reconhecimento internacional muito limitado, a RPK não conseguiu garantir os auspícios das Nações Unidas devido à intervenção diplomática da China, do Reino Unido, dos Estados Unidos e dos países da ASEAN. O assento do Camboja nas Nações Unidas foi mantido pelo Governo de Coalizão do Kampuchea Democrático, que foi o Khmer Rouge em coalizão com duas facções guerrilheiras não comunistas. No entanto, a República Popular do Kampuchea foi o governo de facto do Camboja entre 1979 e 1993.
A República Popular de Kampuchea foi rebatizada Estado do Camboja (État du Cambodge em francês; Roet Kampuchea em khmer), durante os últimos quatro anos da sua existência na tentativa de atrair a simpatia internacional .[1] Manteve, no entanto, a maior parte da sua liderança e estrutura de partido único, enquanto passava por uma transição, e eventualmente abrindo o caminho para a restauração do Reino do Camboja. A República Popular de Kampuchea / Estado do Camboja existiu como um Estado socialista de 1979 até 1991, ano em que o partido único governista abandonou a sua ideologia marxista-leninista.
A RPK foi criada na sequência da destruição total das instituições do país, sua infraestrutura e sua intelligentsia pelo regime do Khmer Vermelho. Apesar de suas debilidades inerentes e das objeções levantadas contra ele, incluindo a de ser considerado como um "estado fantoche" do Vietnã, além das graves sanções econômicas que lhe foram impostas e de uma debilitante guerra civil, a RPK foi mais forte que seus inimigos [2]. A superação da pobreza extrema e do isolamento internacional foi capaz de levar à reconstrução do Camboja. Alguns autores têm comparado esse período ao 9 Termidor, a revolta de 1794, contra os excessos do Terror, durante a Revolução Francesa.[3]
Ver Também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Michael Leifer, Dictionary of the modern politics of South-East Asia
- ↑ Sorpong Peou, Intervention & change in Cambodia; Towards Democracy?, ISBN 0-312-22717-5 ISBN 978-0-312-22717-3
- ↑ Margaret Slocomb, The People's Republic of Kampuchea, 1979-1989: The revolution after Pol Pot ISBN 978-974-9575-34-5
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Ian Harris, "Buddhism in Extremis: The Case of Cambodia," in Buddhism and Politics in Twentieth-Century Asia, edited by Ian Harris, 54-78 (London, New York: Pinter, 1999). ISBN 1-85567-598-6.
- Evan Gottesman, Cambodia after the Khmer Rouge: Inside the politics of Nation Building.
- Ben Kiernan and Caroline Hughes (eds). Conflict and Change in Cambodia. Critical Asian Studies 34(4) (December 2002).
- Irwin Silber, Kampuchea: The Revolution Rescued, Oakland, 1986
- Michael Vickery, Cambodia : 1975-1982, Boston: South End Press, 1984.
- Toby Alice Volkmann, Cambodia 1990. Special edition. Cultural Survival Quarterly 14(3) 1990.