Um Segredo Esquecido para Atear Paixões

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Um Segredo Esquecido para Atear Paixões
Um Segredo Esquecido para Atear Paixões.JPG
Capa do livro em sua primeira edição.
Autor(es) Sílvia Raposo
Idioma português
País Portugal Portugal
Gênero poesia
Ilustrador Sílvia Raposo
Editora Chiado Editora
Lançamento 2015
Páginas 112
ISBN 9789895145089
Edição brasileira
Editora Chiado Editora
Páginas 112

Um Segredo Esquecido para Atear Paixões é uma obra de poesia da escritora portuguesa Sílvia Raposo, publicada em 2015 e integrada na colecção Prazeres Poéticos.[1]

Aos olhos da autora[editar | editar código-fonte]

"Para mim a escrita é um lugar que permite reescrever a história, possibilitando contá-la como seu sujeito, procurando assim escapar às memórias de carácter hegemónico. Acredito no carácter militante das expressões artísticas ao assumir que através da poesia um gigantesco abcesso social pode ser vazado e que as artes ainda têm a capacidade de ser um espaço marginal e periférico, tornando-se zona de refúgio e um lugar onde nos é possível exercer a capacidade crítica."

Resumo/contexto da obra literária[editar | editar código-fonte]

Um Segredo Esquecido para Atear Paixões: Quotidianos pitorescos, românticos e poéticos escritos no feminino é uma obra poética da escritora, dramaturga e produtora da Companhia Vidas de A a Z, Sílvia Raposo[2] que foi lançada a 4 de Setembro de 2015.[3] Trata-se de uma obra poética, escrita no feminino que percorre questões existenciais e sociopolíticas, numa abordagem inovadora e político-consciente da poesia contemporânea.[4] Faz referência a temas como a violência doméstica, a imigração forçada, conflitos armados, a crise europeia, mas também instiga o leitor a embarcar em histórias de amor. Uma visão pictórico-critica sobre as sociedades, numa poesia além-fronteiras que se propõe a atear as mais variadas paixões.[5]

As apresentações literárias foram acompanhadas de vários momentos de declamação, interpretados pela Companhia Profissional de Teatro Vidas de A a Z, numa simbiose artística entre a arte poética e performativa.[6][7]

O lançamento da obra realizou-se na Livraria Desassossego no dia 4 de Setembro, tendo como oradores convidados o Dr. Prof. Armando Nascimento Rosa e o investigador Jorge Trigo.[8] A obra foi apresentada também noutros espaços literários, nomeadamente, na Ler Devagar,[9] Biblioteca Municipal D. Dinis, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva[10] e Biblioteca de São Lázaro.

Excertos[editar | editar código-fonte]

“Rosto de inúmeras faces que o espelho reflecte, só habitam um vidro lustroso e antigo, mas no reduto da escrita encaro-as de novo... São um gesto desferido na paixão ardente, uma chama que ateia o corpo febril, um frio indigesto que se esfria no ventre, noites que narradas são mais do que mil. E nela me encontro, sem dó ou avale, de face velada em formosos mantos, num húmido hammãm, sobre novos rostos, sobre uma luz filtrada por novos encantos... Entre véus vermelhos, sobre vãs vielas, sobre novos espelhos, sobre cidadelas... Em paletas tintas de viçosas cores, em velhos perfumes, em novos sabores... Em olhares vazios, em chamas que espreitam, candelabros mancos que em mim se endireitam... Em corpos temperados, velados em críticas, em amores manchados, em cúpulas políticas... Por cravos e caules, em paixões despertas, em beijos cansados, em danças incertas... Em velhas fachadas, em noites brilhantes, em banhos de mel, manhãs carpidantes... ”

“Não são nossas as menções/A história cumpriu-se atrás/Mas herdamos nós de Camões/O olho que em Ceuta jaz.”

“Um jornal encarta notícia recente/ Num castiço tampo de mesa pousado/ Já partiu mais gente, já partiu mais gente/ Do jardim à beira mal plantado.”

Nota breve sobre a autora[editar | editar código-fonte]

Ficheiro:Escritora Sílvia Raposo.JPG
A autora Sílvia Raposo.

Sílvia Raposo nasceu em Lisboa, em 1993. É antropóloga de formação e iniciou-se na escrita poética por incentivo do seu avô José Raposo. É investigadora na área da antropologia, sendo que no âmbito académico empreendeu diversos projectos de investigação sobre o papel do teatro enquanto instrumento de resistência política.[11] Integra a produção e o elenco da companhia teatral Vidas de A a Z. Autodidata, sempre foi apaixonada pelas artes, desde a poesia, à pintura, ao desenho, ao teatro e às artes gráficas.[5] Enquanto dramaturga escreveu, em coautoria com Mónica Gomes, as peças VIDAS DE A a Z: Viver 100 vidas em que vidas que não vivem,[12] Amar ou Não Há Tragédia Sem Comédia[13] e Eu Sou Mediterrâneo: um espectáculo sobre a banalidade do mal[14]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Casa del libro - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». Consultado em 25 de novembro de 2012 
  2. «"Dezanove - Vidas de A a Z». 30 de Maio de 2014. Consultado em 23 de Novembro de 2015 
  3. «"Bertrand - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 30 de Maio de 2014. Consultado em 5 de Janeiro de 2016 
  4. «"Amazon - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 1 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de Janeiro de 2016 
  5. a b «"Biblioteca Municipal de Odivelas - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 1 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de Janeiro de 2016 
  6. «"Câmara Municipal de Odivelas - Apresentação da obra Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 1 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de Janeiro de 2016 
  7. «"TV Guadiana - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 30 de Maio de 2014. Consultado em 5 de Janeiro de 2016 
  8. «"Chiado Editora - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 1 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de Janeiro de 2016 
  9. «"Livraria Ler Devagar - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 1 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de Janeiro de 2016. Arquivado do original em 12 de maio de 2016 
  10. «"BLCS - Um Segredo Esquecido para Atear Paixões». 1 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de Janeiro de 2016 
  11. «"Chiado Editora - Sílvia Raposo». 30 de Maio de 2014. Consultado em 5 de Janeiro de 2016 
  12. «"Câmara Municipal de Sintra - Vidas de A a Z no Cacem». 28 de Agosto de 2014. Consultado em 23 de Novembro de 2015 
  13. «"Vendas Novas Não Há Tragédia Sem Comédia - Com transmissão em directo pela TV Guadiana». 23 de Setembro de 2015. Consultado em 23 de Novembro de 2015 
  14. «"Vidas de A a Z - Eu Sou Mediterrâneo». 1 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de Janeiro de 2016 
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