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Narcocultura[editar | editar código-fonte]

O termo narcocultura se refere a influência que o narcotráfico exerce sobre uma sociedade e sua cultura[1]. A narcocultura tem afetado, com particularidades diferentes, cada uma das sociedades que se faz presente. Impondo costumes e uma certa vivência dentro dos espaços que habita, em alguns casos se coloca como tanta força que consegue ditar a ética e a estética dos lugares que habita[2].

Influência na cultura[editar | editar código-fonte]

A narcocultura consegue se difundir em várias frentes culturais como a música, a moda, modo de vida, arquitetura, estética corporal, filmes, programas de tv, etc). Na sua influência, a narcocultura normaliza a violência, o culto as armas e o uso de drogas ilícitas[3]. Segundo o ex-narcotraficante, agora escritor, Andrés López López, as pessoas de uma comunidade afetada pelo narcotráfico muitas vezes encontra na figura de um líder traficante um ídolo, alguém que saiu de uma classe baixa e que conseguiu mudar de vida[4].

Um caso de produto cultural afetado, ou mesmo criado, no contexto da narcocultura são as chamadas narconovelas colombianas[5]. Sua popularidade ultrapassa seus países e chega a públicos internacionais. A visão que essas produções passam é estereotipada, ligando a maior parte das vezes, a imagem do povo colombiano a de narcotraficantes famosos como Pablo Escobar. Essas novelas, somando-se filmes e series, também glorificam essas figuras, os retratando como heróis que vieram de uma realidade difícil para justificar todos os atos que cometeram[6].

No Brasil[editar | editar código-fonte]

Mesmo que o termo e seus impactos possam ser traçados de inicialmente em países como México, Estados Unidos da América e Colômbia[7], podemos a narcoculturas pelo Brasil, principalmente vinculados as facções criminosas e milícias armadas que comandam algumas comunidades pelo país[8].

Essas organizações criminosas, como Comando Vermelho no Rio de Janeiro e o PCC em São Paulo, já tem criado uma identidade nos bairros em que estão presentes. Com milícias fortemente armadas para proteger seus territórios, sua presença já é considerado algo natural aos moradores desses locais.

Um exemplo dessa presença é sobre as músicas, já que essas facções tem suas próprias canções de funk bem difundidas nas suas comunidades que atuam[9]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. ÁLVAREZ, SEBASTIÁN VARGAS (30 de dezembro de 2019). «El Museo Nacional de la Memoria en Colombia». Centro Editorial de la Facultad de Ciencias Humanas de la Universidad Nacional de Colombia: 26–59. Consultado em 5 de julho de 2022 
  2. Pardo León, Jesús Antonio (1 de julho de 2018). «Transformaciones estéticas: la narcocultura, la producción de valores culturales y la validación del fenómeno narco». Calle 14 revista de investigación en el campo del arte (24): 400–409. ISSN 2145-0706. doi:10.14483/21450706.13534. Consultado em 5 de julho de 2022 
  3. «La narcocultura impone su estética». www.publico.es. Consultado em 5 de julho de 2022 
  4. Aguilera Peña, Mario (2020). «Disidencias: ¿rebeldes obstinados, exguerrilleros narcotraficantes o guerrillas ambiguas?». In: Aguilera Peña, Mario; Perea Restrepo, Carlos Mario. Violencias que persisten. el escenario tras los acuerdos de paz. Columbia: Universidad del Rosario. pp. 225–338. ISBN 978-958-784-465-8 
  5. Schmoldt, A.; Benthe, H. F.; Haberland, G. (1 de setembro de 1975). «Digitoxin metabolism by rat liver microsomes». Biochemical Pharmacology (17): 1639–1641. ISSN 1873-2968. PMID 10. Consultado em 5 de julho de 2022 
  6. Parra Restrepo, Juan Camilo (17 de julho de 2020). «Efectos del voto preferente en el comportamiento electoral de los partidos políticos: el caso de las elecciones al senado de la república de Colombia entre 2006 y 2018». Ratio Juris (30). ISSN 2619-4066. doi:10.24142/raju.v15n30a10. Consultado em 5 de julho de 2022 
  7. López, Iván Chaar (dezembro de 2010). «Imágenes de la narcocultura en Puerto Rico». 80 grados+ prensasinprisa (em espanhol). Consultado em 5 de julho de 2022 
  8. «Funk proibidão». Wikipédia, a enciclopédia livre. 2 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de julho de 2022 
  9. Rodrigues, Thiago; Pimenta, Marília; Miranda, Walter Mauricio; Quirino, Júlia (15 de novembro de 2021). «Gobernanza híbrida, violencia urbana y legitimidad en tiempos de pandemia: el caso del Comando Vermelho en el Complexo do Salgueiro, de Río de Janeiro, Brasil». Análisis Político (102): 123–149. ISSN 0121-4705. doi:10.15446/anpol.v34n102.99938. Consultado em 5 de julho de 2022