Usuário(a):Ana Clara Andari/Testes/Q62063619, Obra de arte
| Morro com casario | |
|---|---|
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| Autor | Eliseu Visconti |
| Data | 1917 |
| Técnica | tinta a óleo, madeira |
| Dimensões | 12,5 centímetro x 21,7 centímetro |
Morro com casario é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1917.[1]O cenário sugere uma paisagem vista em sua estadia na França[2]. É uma das obras do período impressionista[3], neste período o pintor permanecia em Paris e realizava paisagens do vilarejo Saint-Hubert[4], onde morava. Atualmente encontra-se em uma coleção particular, mas possui procedências do Leilão da Century’s Arte em 2014 (Rio de Janeiro), e na Pinakotheke Cultural em 2017 (Rio de Janeiro).
Descrição[editar | editar código-fonte]
A obra foi produzida com tinta a óleo, madeira.Suas medidas são: 12,5 centímetros de altura e 21,7 centímetros de largura.[1]
Faz parte de coleção particular. Eliseu Visconti[5] apesar de muitas vezes ter retratado os morros de Teresópolis[6] e do Rio de Janeiro[7], essa obra mostra um casario em seu sopé diferente das registradas no Brasil. Expõe provavelmente uma vista conhecida durante sua carreira de pintor, na Europa, conservando nua determinada parte da madeira.
Contexto[editar | editar código-fonte]
Durante o período de 1901 e 1920 Visconti fica entre a França e o Brasil, ao saber da gravidez de Louise em 1901, o artista planeja uma exposição na Escola Nacional de Belas Artes[8] com o intuito de conseguir dinheiro para encontrar a amada na Europa. Logo depois sua filha Yvonne nasce em Saint-Humbert, e ainda sem dinheiro Eliseu prepara outra apresentação em no salão nobre do Banco Construcor Agrícola em 1903, e apesar do movimento a venda de quadros não foi um sucesso a ponto de Visconti conseguir voltar para França.
No mesmo ano o pintor participa do concurso de selos abertos coordenados pela Casa da Moeda[9] e em julho de 1904 retorna a Academia Julian[10] na Europa. Um ano depois apresenta seus trabalhos no Salão de Paris[11], fato que acarreta em seu triunfo como pintor, sendo convidado a realizar a decoração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro[12]. No começo de 1906 traz seu esboço ao Brasil e firma o contrato em fevereiro do mesmo ano, durante isso Visconti também seria eleito para 1ª Cadeira de Pintura da Escola Nacional de Belas Artes[13]. Em 1907 retorna ao Brasil com o intuito de orientar a colocação dos painéis no Theatro, entretanto um atraso no projeto preocupa o artista, e o leva a pedir que Louise e sua filha que viessem a seu encontro.
Em 1908 Eliseu concorre na Exposição Nacional[14] e obtém o Grande Prêmio em Pintura e a Medalha de Ouro em Artes Aplicadas, e no início de novembro embarca novamente para a França, na qual, pouco tempo depois oficializaria sua união e em seguida voltaria para o Brasil. O segundo filho de Visconti, Tobis nasce em 1910, e sua ocupação entre 1907 e 1913 girava em torno do magistério, o qual, renunciaria ao final deste período. No mesmo ano recebe a encomenda da decoração do foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro[15], e em junho volta a Europa com Louise e seus dois filhos, e cerca de cinco meses depois regressa ao Brasil.
Em abril de 1916, Visconti volta para França a bordo do Vapor Frisia[16] com o intuito de ficar com sua família, e durante todo o percurso o artista relata em seu caderno todos os incidentes e reflexões ao longo do trajeto. Eliseu permanece na Europa até 1920, realizando paisagens impressionistas de Saint-Hubert. A família morou na França entre 1913 e 1920, alternando sua permanência entre o vilarejo e Paris. Posteriormente se mudariam para Montparnasse[17], o bairro dos artistas, na Square Delambre[18], no entanto a família continuava indo para Saint-Hubert nos finais de semana.
Análise[editar | editar código-fonte]
A obra conta com pinceladas soltas e rápidas, e com parte da madeira descoberta. A pintura retrata um morro com prováveis casas na parte inferior do quadro, por tratar de uma obra impressionista[19] a luz e o movimento estão presentes, indicando que Visconti a produziu pela manhã e ao ar livre, assimilando as variações de cores da paisagem.
O Projeto Eliseu Visconti está localizado no atelier da Mem de Sá[20], e a pintura encontra-se ao lado de outras obras em fotografia, como Mulher num parque, Petrópolis[21]. Originárias de negativos em vidro essa e demais obras foram digitalizadas pelo Instituto Moreira Salles[22] em 2017
Referências
- ↑ a b https://eliseuvisconti.com.br/obra/P492
- ↑ «França». Wikipédia, a enciclopédia livre. 9 de novembro de 2019
- ↑ «Impressionismo». Wikipédia, a enciclopédia livre. 27 de setembro de 2019
- ↑ «Saint-Hubert». Wikipédia, a enciclopédia livre. 29 de dezembro de 2013
- ↑ «Eliseu Visconti». Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de setembro de 2019
- ↑ «Teresópolis». Wikipédia, a enciclopédia livre. 20 de outubro de 2019
- ↑ «Rio de Janeiro». Wikipédia, a enciclopédia livre. 5 de novembro de 2019
- ↑ «Escola Nacional de Belas Artes». Wikipédia, a enciclopédia livre. 16 de julho de 2019
- ↑ «Casa da Moeda do Brasil». Wikipédia, a enciclopédia livre. 28 de outubro de 2019
- ↑ «Academia Julian». Wikipédia, a enciclopédia livre. 27 de outubro de 2017
- ↑ «Salon de Paris». Wikipédia, a enciclopédia livre. 1 de setembro de 2018
- ↑ «Theatro Municipal do Rio de Janeiro». Wikipédia, a enciclopédia livre. 1 de outubro de 2019
- ↑ «Escola Nacional de Belas Artes». Wikipédia, a enciclopédia livre. 16 de julho de 2019
- ↑ «Exposição Nacional de 1908 | Brasiliana Fotográfica». Consultado em 19 de novembro de 2019
- ↑ «Theatro Municipal do Rio de Janeiro». Wikipédia, a enciclopédia livre. 1 de outubro de 2019
- ↑ «Novo Milênio: Rota de Ouro e Prata - Navios: o 'Frisia'». www.novomilenio.inf.br. Consultado em 18 de novembro de 2019
- ↑ «Montparnasse». Wikipédia, a enciclopédia livre. 10 de setembro de 2017
- ↑ «Square Delambre». Wikipédia (em francês). 24 de maio de 2019
- ↑ «Impressionismo». Wikipédia, a enciclopédia livre. 27 de setembro de 2019
- ↑ «P492». Eliseu Visconti. Consultado em 19 de novembro de 2019
- ↑ «P915». Eliseu Visconti. Consultado em 19 de novembro de 2019
- ↑ «Site do Instituto Moreira Salles». Instituto Moreira Salles. Consultado em 19 de novembro de 2019
