Usuário(a):Ana Clara Benetti/Otite média

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Otite média: implicações para o desenvolvimento da linguagem[editar | editar código-fonte]

Introdução[editar | editar código-fonte]

A Otite média é uma das doenças infecciosas que mais acomete crianças, essa é uma inflamação na orelha média que pode ser causada por infecção (viral ou bacteriana); fatores anatômicos (disfunção da tuba auditiva, fenda palatina e fenda palatina submucosa); imaturidade e deficiência imunológica; alergia; hipertrofia e infecções das adenoides; refluxo gastroesofágico; entre outros. É uma infecção que afeta principalmente lactentes e crianças pequenas, sendo menos frequente em crianças maiores e adolescentes e mais raro em adultos. [1]

Estudos indicam que crianças ao redor de três anos de idade podem ser divididas em três grupos: aquelas livres de infecção; as que podem apresentar ocasionalmente episódios de otite media; e um grupo que pode ser denominado como "propensos a otite", esses estão sujeitos a repetidos episódios de otite media. A definição de "propensa a otite" varia de acordo com alguns autores, sendo necessário três a seis episódios por períodos variados para se encaixar nesse grupo. Existem também fatores de risco para crianças serem ou não consideradas no grupo "propensos a otite", como, por exemplo, sexo masculino, infecção precoce, recorrente história de otite em irmãos, estar na creche, exposição a fumaça de cigarro em casa e não ter recebido o aleitamento materno. O maior numero de episódios de otite media ocorrem entre seis e 18 meses de idade e que, crianças até três anos apresentam pouca possibilidade de apresentar episódios severos e/ou recorrentes. [2]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Em crianças com otite média aguda os sinais e sintomas podem não ser específicos, incluindo febre, irritabilidade, cefaléia, vômitos e diarréia. A otalgia é o sintoma mais comum observado. Em crianças pequenas pode-se observar também a irritabilidade ou o “puxar a orelha”, especialmente quando associados à febre, esses podem ser os únicos indicativos de dor. [3]

Temos também a otite média secretora, essa é aparentemente assintomática, “silenciosa” e, na grande maioria das vezes, não reconhecida pelos pais. A queixa principal da criança maior é a diminuição da audição ou uma sensação de “orelha tampada”, em casos raros também podendo ser acompanhada de tontura. Dependendo da idade em que ocorre, a otite média secretora pode provocar alterações no desenvolvimento cognitivo e da linguagem, já que, a presença de efusão na orelha média geralmente resulta em perda auditiva, temos como consequência a rigidez da Membrana timpânica pela diminuição de ar na cavidade da orelha externa, perdemos a capacidade de responder a sons de frequência baixa. A manutenção do quadro de alteração na ventilação da cavidade timpânica faz com que o fluido comece a ocupar espaço aéreo, e assim a audição se torna prejudicada em todas as frequências.

O grau da perda auditiva em indivíduos com otite media secretora varia muito, podendo ser encontrados "limiares normais" até perdas significativas em torno de 50 a 60 dBNA (classificadas como "perdas moderadas").

Manifestações clínicas e diagnóstico[editar | editar código-fonte]

O diagnóstico da otite média na criança é determinado pela história e exame físico, incluindo a otoscopia pneumática. A história deve avaliar fatores do meio ambiente e outros dados como a data do início dos sintomas, tratamentos prévios e o grau de aderência a esses tratamentos. O exame da cabeça e pescoço é também essencial para identificar condições associadas ou predisponente para otite média como a obstrução nasal ou anomalias craniofaciais que afetam a orelha média. Exames audiométricos e imitanciometria são utilizados para avaliação auditiva na otite média secretora. Na Otite média aguda e secretora, ao realizar a audiometria tonal encontram-se perdas auditivas condutivas que podem variar de acordo com a gravidade da otite média secretora. A impedanciometria avalia o grau de resistência da membrana timpânica. Ela confirma a presença de secreção na orelha média ou a existência de pressão negativa na otite média secretora. Os métodos de avaliação utilizados para determinar acuidade auditiva variam dependendo da capacidade da criança em participar dos testes. [4]

A perda auditiva na otite média[editar | editar código-fonte]

As perdas auditivas de grau "leve", nem sempre são fáceis de detectar em crianças, principalmente as menores. Entretanto a perda condutiva, mesmo que leve, pode provocar abafamento to do som, essa alteração pode provocar não só a dificuldade de ouvir em crianças, mas também a dificuldade de perceber os detalhes que uma informação sonora pode trazer. O meio mais eficiente para a identificação desse problema é o exame timpanométrico, cerca de 50% das crianças sem sinais clínicos de otite média, apresentaram no exame curvas timpanométricas alteradas. Assim, o uso da imitanciometria em crianças deve ser confiável e valioso para o tratamento clínico e educacional. Já que os primeiros quatro anos de vidas são críticos para o desenvolvimento da fala e linguagem, portanto, a identificação de perdas auditivas é muito importante.

Otite média e sua relação com a aquisição e o desenvolvimento da linguagem[editar | editar código-fonte]

A otite média com efusão (OME – caracterizada pela presença crônica de secreção na cavidade da orelha média [5] e sua perda auditiva relacionada têm sido associadas ao atraso no desenvolvimento da linguagem, principalmente se a doença for recorrente ou de longa duração. Por meio da literatura é possível evidenciar que os primeiros 3 anos de vida de uma criança são primordiais e críticos para a aquisição e desenvolvimento da linguagem. Vários fatores podem prejudicar esse desenvolvimento, como por exemplo, um período mais curto de aleitamento materno, o ingresso precoce em creches e a convivência com grande número de crianças na mesma creche/escola são alguns dos fatores que aumentaram a incidência de otites médias na infância.[6]

O desenvolvimento da linguagem se inicia precocemente, mesmo no período pré-natal a criança já é capaz de reconhecer vozes e sons da fala. Sabe-se que existe um padrão universal para a aquisição da linguagem, ou seja, os fonemas, sílabas e a prosódia (pronúncia das palavras) parecem surgir na mesma sequência e na mesma idade em todas as línguas já estudadas. Porém esse desenvolvimento se torna mais específico para cada idioma.[7]

O processo maturacional da função auditiva ocorre em conjunto com o processo maturacional do desenvolvimento da fala e das habilidades de linguagem (atenção, memória de trabalho, acesso ao léxico, dentre outras), as principais consequências das otites médias e da perda auditiva sobre a linguagem nessas crianças são erros fonéticos, articulação da fala e dificuldade para compreensão da leitura.

Crianças com perda auditiva na faixa etária de um a três anos têm maior dificuldade para aquisição da linguagem, apresentando menor percepção dos sons da fala que contenham consoantes mudas ou fricativas como por exemplo, /s/ e /z/, apresentando frequentemente erros fonéticos na pronúncia de /l/ e /r/, tendo como causa a hipoacusia (perda da audição) condutiva leve – ainda que unilateral – provocada pelas otites médias. Durante essas infecções, a criança recebe estímulos sonoros distorcidos, o que explica a ocorrência dos erros fonéticos. Cerca de 80% das crianças têm pelo menos um episódio de OMS (otite média crônica supurativa) até os oito anos de idade e quando afetadas aproximadamente 55% têm perda auditiva leve nas frequências da fala (médias e altas frequências)[8].

O tratamento adequado das otites médias nos três primeiros anos de vida é fundamental, pois é a fase de maior desenvolvimento da linguagem. Por volta dos 18 meses, o vocabulário da criança apresenta em média, 50 palavras, atingindo 1.000 palavras até os 3 anos. Essa expansão não depende somente da integridade do sistema auditivo, abrangendo também a estimulação e comunicação com as outras crianças e adultos que convivem[9].

A preocupação com as consequências das otites médias na infância principalmente em relação à aquisição da linguagem chegou a modificar o padrão de cirurgias otorrinolaringológicas utilizadas, tornando a timpanocentese - realização de uma pequena incisão no tímpano para aspirar a secreção da orelha média - com inserção de tubo de ventilação o procedimento mais comum nas crianças de diversos países.

A privação sensorial decorrente da otite média secretora pode gerar impacto social evidente, além de se verificar uma habilidade reduzida de detectar sons objetivos em ambientes ruidosos nas crianças maiores que apresentaram OMS[10]. Portanto, a prevenção, diagnóstico, acompanhamento e intervenção precoce das otites, principalmente as que acometem as crianças nos primeiros anos de vida é fundamental e todos os recursos devem ser utilizados com o objetivo de detectar possíveis perdas auditivas decorrentes das doenças otológicas.

Considerando esses dados, acredita-se que as otites médias e a consequente perda auditiva nos três primeiros anos de vida possam ter efeito duradouro, comprometendo não apenas a aquisição da linguagem nesse período crucial, mas também o futuro desenvolvimento e aprendizado escolar da criança.[11]

Efeitos da otite média sobre as habilidades auditivas e sobre a linguagem[editar | editar código-fonte]

A integridade do sistema auditivo, desde a porção periférica até a central, é um fator fundamental e tido como pré-requisito, no que se refere a aquisição e desenvolvimento da linguagem[12]. As experiências auditivas nas quais a criança vivencia nos primeiros anos de vida possuem uma correlação com o desenvolvimento das habilidades auditivas, para que a criança possa desenvolver a percepção da fala de maneira adequada [13]. Isso acontece porque as experiências auditivas da criança podem ocasionar mudanças ao sistema nervoso central,  por conta da plasticidade neural, sendo assim, a exposição a estímulos auditivos poderão interferir na resposta do córtex auditivo diante dos sons[14].

Habilidades auditivas[editar | editar código-fonte]

As habilidades auditivas são responsáveis por preparar o sistema nervoso para o processamento de informações sonoras, elas possuem como base a atenção e memória[15].

Habilidades auditivas [16] [17] [18]
Detecção A primeira habilidade a ser desenvolvida. Corresponde a habilidade de detectar presença ou ausência do som.
Discriminação Compreende a habilidade de diferenciar dois ou mais estímulos, se são iguais ou diferentes.
Reconhecimento Configura a habilidade de fazer associações, identificar, classificar e nomear um som.
Compreensão Representa a habilidade de entender, compreender a fala.

Os efeitos que a otite média pode trazer sobre as habilidades auditivas e por consequência sobre a linguagem estão relacionados com o caráter dessa condição, tendo em vista que ela pode provocar uma perda auditiva leve flutuante, que caracteriza uma perda auditiva momentânea, oscilando com a audição normal, além do abafamento do som[19] [20]. Estes devem ser destacados como uns dos fatores prejudiciais ao sistema auditivo central, dado o processo de desenvolvimento e maturação que ele passa nos primeiros anos de vida, que depende também da estimulação auditiva e exposição a fontes sonoras. A inconsistência no recebimento das informações sonoras pode causar um impacto prejudicial na primeira habilidade auditiva adquirida: detecção dos sons[21].

Essa instabilidade no recebimento das informações e ainda a privação sensorial auditiva que pode ocorrer com as crianças que apresentam o quadro de otite média na infância poderão se refletir no desenvolvimento global da criança,  especialmente na  linguagem, pois, esta é dependente dos processos auditivos normais, visto que a fala é processada a partir da audição[22] [23].  

Desse modo, a otite média poderá afetar não apenas a detecção, mas a localização sonora, discriminação, percepção, compreensão da fala na presença de ruído e memória dos sons, além do prejuízo na assimilação das experiências auditivas, o que  também poderá interferir na expressão da linguagem, pois a criança pode ter um acesso prejudicado ao padrão de fala, e por consequência, prejuízos na integração dessas habilidades que favorecem sua comunicação[24]. Além disso, a riqueza dos detalhes que podem ser transmitidos por meio da informação sonora,  pode ser de maior dificuldade perceptiva para tais e a distorção dos sons recebidos pode ocasionar erros fonéticos [25] [26]

Por fim, verifica-se a necessidade de atenção e tratamento ao quadro de otite média na infância, principalmente nos três primeiros anos de vida, visto que estes são essenciais para a aquisição e desenvolvimento de linguagem das crianças[27].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Schochat, Eliane (1996). Processamento Auditivo. Col: Série: Atualidades em Fonoaudiologia. [S.l.]: Editora Lovise. pp. 107–115 
  2. Balbani, Aracy P.S.; Montovani, Jair C. (12 de março de 2003). «Impacto das otites médias na aquisição da linguagem em crianças»: 6. Consultado em 28 de junho de 2022 
  3. Ribeiro Caixão, Patrícia Helena. «OTITE MÉDIA: IMPLICAÇÕES DA LINGUAGEM NA PRIMEIRA INFÂNCIA». Revista Científica Multidisciplinar UNIFLU: 13. Consultado em 26 de junho de 2022 
  4. Rotta Pereira, Maria Beatriz; Dias Ramos, Berenice. «Otite média aguda e secretora» (PDF). Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria: 30. Consultado em 27 de junho de 2022 
  5. Becker, Celso G.; Silva, Alcino L. da; Guimarães, Roberto E. S.; Becker, Helena M. G.; Barra, Iolanda M.; Oliveira, Wanessa D. (agosto de 2003). «Tratamento cirúrgico da otite média com efusão: tubo de ventilação versus aplicação tópica de mitomicina C». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (4): 513–519. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/s0034-72992003000400012. Consultado em 28 de julho de 2022 
  6. Klausen, Olav (janeiro de 2000). «Lasting Effects of Otitis Media with Effusion on Language Skills and Listening Performance». Acta Oto-Laryngologica (em inglês) (543): 73–76. ISSN 0001-6489. doi:10.1080/000164800454026. Consultado em 28 de julho de 2022 
  7. Balbani, Aracy P.S.; Montovani, Jair C. (outubro de 2003). «Impacto das otites médias na aquisição da linguagem em crianças». Jornal de Pediatria (5). ISSN 0021-7557. doi:10.1590/s0021-75572003000500005. Consultado em 28 de julho de 2022 
  8. Reis Borges, Leticia. «Avaliação do sistema nervoso auditivo central nas crianças com histórico de otite média». Consultado em 28 de julho de 2022 
  9. PARADISE, JACK L. (novembro de 1998). «Otitis media and child development: should we worry?». The Pediatric Infectious Disease Journal (11): 1076–1083. ISSN 0891-3668. doi:10.1097/00006454-199811000-00038. Consultado em 28 de julho de 2022 
  10. Gois, Francesco, Renata Cantisani di Nery, Claudio de (13 de agosto de 2008). Relação da otite média secretora com o crescimento craniofacial e as características oclusais. [S.l.]: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP. OCLC 691650090 
  11. Ruben, R.J. (outubro de 1999). «Persistency of an effect: otitis media during the first year of life with nine years follow-up». International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology: S115–S118. ISSN 0165-5876. doi:10.1016/s0165-5876(99)00145-7. Consultado em 28 de julho de 2022 
  12. Luiz, Cyntia Barbosa Laureano; Garcia, Michele Vargas; Perissinoto, Jacy; Goulart, Ana Lucia; Azevedo, Marisa Frasson de; Universidade Federal de São Paulo, Brazil; Universidade Federal de Santa Maria, Brazil; Universidade Federal de São Paulo, Brazil (dezembro de 2016). «Relação entre as habilidades auditivas no primeiro ano de vida e o diagnóstico de linguagem em prematuros». Revista CEFAC (6): 1316–1322. ISSN 1516-1846. doi:10.1590/1982-021620161864616. Consultado em 28 de julho de 2022 
  13. Comerlatto, Mariane Perin da Silva (23 de maio de 2016). «Habilidades auditivas e de linguagem de crianças usuárias de implante coclear: análise dos marcadores clínicos de desenvolvimento». São Paulo. doi:10.11606/t.5.2016.tde-20052016-142644. Consultado em 28 de julho de 2022 
  14. Jesus, Evellyn Silva Azevedo de; Silva, Isabella Monteiro de Castro (2019). «Influência da musicalização infantil nas habilidades auditivas de pré-escolares». Audiology - Communication Research: e2156. ISSN 2317-6431. doi:10.1590/2317-6431-2019-2156. Consultado em 28 de julho de 2022 
  15. Santos, Juliana Nunes; Lemos, Stela Maris Aguiar; Rates, Silmar Paulo Moreira; Lamounier, Joel Alves (dezembro de 2008). «Habilidades auditivas e desenvolvimento de linguagem em crianças». Pró-Fono Revista de Atualização Científica: 255–260. ISSN 0104-5687. doi:10.1590/S0104-56872008000400009. Consultado em 29 de julho de 2022 
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  20. Colella-Santos, Maria Francisca; Bragato, Gisele Rasera; Martins, Paula Maria Faria; Dias, Amanda Ballarin (dezembro de 2009). «Triagem auditiva em escolares de 5 a 10 anos». Revista CEFAC: 644–653. ISSN 1516-1846. doi:10.1590/S1516-18462009000800013. Consultado em 29 de julho de 2022 
  21. Williams, Elizabeth Matilda Oliveira; Denucci, Moniki Aguiar Mozzer; Rodrigues, Ilma Alessandra Lima Cabral; De Siqueira Barreto, Patrícia Helena Ribeiro Caixão (23 de setembro de 2021). «Linguagem: primeira infância x implicações da otite média / Language: early childhood x implications of otite media». Brazilian Journal of Development (9): 92413–92424. ISSN 2525-8761. doi:10.34117/bjdv7n9-416. Consultado em 29 de julho de 2022 
  22. Comerlatto, Mariane Perin da Silva (23 de maio de 2016). «Habilidades auditivas e de linguagem de crianças usuárias de implante coclear: análise dos marcadores clínicos de desenvolvimento». São Paulo. doi:10.11606/t.5.2016.tde-20052016-142644. Consultado em 29 de julho de 2022 
  23. Sobreira, Ana Carolina de Oliveira; Capo, Bianca Maria; Santos, Thássia Silva Dos; Gil, Daniela (fevereiro de 2015). «Desenvolvimento de fala e linguagem na deficiência auditiva: relato de dois casos». Revista CEFAC (1): 308–317. ISSN 1516-1846. doi:10.1590/1982-021620152314. Consultado em 29 de julho de 2022 
  24. Williams, Elizabeth Matilda Oliveira; Denucci, Moniki Aguiar Mozzer; Rodrigues, Ilma Alessandra Lima Cabral; De Siqueira Barreto, Patrícia Helena Ribeiro Caixão (23 de setembro de 2021). «Linguagem: primeira infância x implicações da otite média / Language: early childhood x implications of otite media». Brazilian Journal of Development (9): 92413–92424. ISSN 2525-8761. doi:10.34117/bjdv7n9-416. Consultado em 29 de julho de 2022 
  25. Colella-Santos, Maria Francisca; Bragato, Gisele Rasera; Martins, Paula Maria Faria; Dias, Amanda Ballarin (dezembro de 2009). «Triagem auditiva em escolares de 5 a 10 anos». Revista CEFAC: 644–653. ISSN 1516-1846. doi:10.1590/S1516-18462009000800013. Consultado em 29 de julho de 2022 
  26. Eliane., Schochat, (1996). Processamento auditivo. [S.l.]: Lovise. OCLC 46757208 
  27. Balbani, Aracy P.S.; Montovani, Jair C. (outubro de 2003). «Impacto das otites médias na aquisição da linguagem em crianças». Jornal de Pediatria (em inglês) (5). ISSN 0021-7557. doi:10.1590/S0021-75572003000500005. Consultado em 29 de julho de 2022