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Usuário(a):Bianca Rançato/Testes

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Ocupação do coletivo Norte Comum no Centro Municipal Hélio Oiticica. Divulgação/ Thiago Diniz

Coletivo Cultural da Cidade do Rio de janeiro, criado em 2011, em encontros para se pensar o mobiliário cultural urbano da cidade, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O grupo começa a ganhar corpo e se expandir, fazendo encontros nos Espaço público no entorno da Universidade, como a Praça Sáenz Peña e outras praças da Tijuca. Fazem, a partir de 2013, uma Ocupação Cultural do Spa Hotel da Loucura, no Instituto Nise da Silveira, no engenho de Dentro, bairro do subúrbio carioca.

O panorâma superficial: amigos que se incomodavam com a viciada oferta cultural para os bairros elitizados da cidade começam a trabalhar a ideia de facilitadores sociais, promovendo arranjos culturais no subúrbio do Rio. Tentando fugir de determinados formatos e padrões de um tendência cultural [[massificada, partem de uma noção de que expressão artística é a ponte imediata do sujeito com o mundo ao seu redor e transformam vontades e reclamações corriqueiras em movimento e mudança, apostando num flerte convicto de cultura-educação.

Com o pensamento de que a Zona Norte (Rio de Janeiro) sempre foi exportadora de Arte - a história cultural da cidade não deixa dúvidas quanto a isto - o Norte Comum transforma espaços e concentra esforços de uma grande rede de colaboradores que, além do “Norte” em comum, têm a ideia de que a cultura da cidade brota por todos os lados e precisa ser estimulada, principalmente nas regiões que são negligenciadas pelas [[políticas públicas sociais. Como se autointitulam “um ponto de encontro entre Teoria e Prática, um espaço de escuta e convivência permeado por fazeres, tendo como caminho a produção e troca de conhecimento para questionar o espaço urbano, mudar as relações humanas, usando a nossa força criativa para a redução das distâncias e desigualdades, usando a arte como ponte entre as pessoas, cidade e ideias”[1] (Norte Comum, Rádio EBC), estes pensadores populares traçam redes de integrações locais com a proposta de um fazer cultural original e coletivo, sempre deixando a semente da troca de conhecimento como a resposta para o estreitamento das visíveis desigualdades principalmente sentidas no extrato econômico-social. A disponibilidade dos equipamentos culturais, concentrados no eixo elitista da cidade, também é um constante apontamento entre os jovens integrantes do Norte comum. A resposta destes cidadãos dionisíacos pela inquietude produtiva de percepções acerca do mundo para tal empecilho espacial? Ocupai o espaço público!

Projeto Ágoras Cariocas

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Bom exemplo desta solução de ocupação é o projeto Ágoras Cariocas[2], do professor e historiador Luiz Antônio Simas[3]. Autor de cinco livros, dentre eles “Pedrinha Miúdinha”[4], que reúne ensaios sobre cultura, história e a herança do sincretismo sacro-africano e sua influência no desenrolar da História do Brasil, Simas acredita que dividindo o conhecimento popular presta um serviço de utilidade pública na construção da identidade da cultura carioca. A ideia original do “Ágoras” é uma espécie de aulão aberto e gratuito nos espaços urbanos, ágoras modernas, que como finalidade primeira tem o objetivo de contar um pouco da história de cada bairro, costurando a memória afetiva do carioca com acontecimentos reais e personagens, o que, em uma análise mais subjetiva, faz surgir o sutil sentimento de pertencimento à própria história.