Usuário(a):Isidioneto/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Cultura compartilhada pelos municípios de Ribeirão Grande e Capão Bonito, pode ser representada pelas comunidades dos bairros Ferreira dos Matos e Sitio Velho, através do Fandango de Tamanco Cuitelo.

O Brasil possui um folclore riquíssimo, sendo impossível entrar em detalhes aqui; pode-se outrossim elencar algumas categorias mais comuns, dando-lhes um ou outro exemplo. Muitas expressões têm uma presença nacional, ou quase isso, como o carnaval, as farras de boi, as festas juninas, as cavalhadas, a festa do divino e as lendas do curupira, do saci pererê e da mula sem cabeça; outras, são restritas a regiões e estados ou mesmo a pequenas comunidades esquecidas pelo progresso, como os fandangos de tamancos do interior de São Paulo ou a lenda da Teiniaguá no Rio Grande do Sul.[1] Num mundo capitalista e dominado pela indústria cultural que incentiva o consumo de produtos culturais pré-fabricados com o único objetivo de obter lucros, é raro encontrarmos tradições que representam efetivamente os costumes e as raízes de determinados povoados. Mesmo enfrentando o poder econômico dos barões da cultura, há 50 anos um tradicional grupo cultural se mantém ativo em sua essência. Praticamente remando sozinho num segmento cada vez mais industrializado, o Grupo Fandango de Tamanco Cuitelo vem a cinco décadas formando gerações e gerações com o sa-pateado que por onde se apresenta, encanta a plateia já acostumada com as peças artificiais do mercado quase que americanizado.[2]


Origem[editar | editar código-fonte]

Leucochloris albicollis, espécie de Beija-flor, conhecido pelo nome vulgar de CUITELO

Fundado em 1964 por Pedro Vilarino Ferreira, o Fandango de Tamanco Cuitelo deu seus primeiros passos em apresentações nos antigos povoados rurais de Capão Bonito e Ribeirão Grande. Alguns bairros ainda existem como Ferreira dos Matos, Ana Benta, Sítio Velho e Ribeirão dos Cruzes. Outros se transformaram em núcleos urbanos como o Bairro dos Nunes.[2] Este é um grupo formado por moradores dos bairros Ferreira dos Matos e Sitio Velho, zona rural de Ribeirão Grande e Capão Bonito, seu propósito é favorecer o resgate e possibilitar aos jovens e as crianças dos bairros, a valorização da arte, dos valores e da cultura caipira, através do Fandango de Tamanco.[3] Embora o Fandango de Tamanco Cuitelo tenha sido formado no ano de 1964, pelo Srº Pedro Vilarino Ferreira(1919-1986), que tinha o Apelido de CUITELO[4], foi apenas no ano de 2008 que o grupo formalizou-se, sendo assim criada a Associação Cultural Caipira Cuitelo, com isso, o Fandango de Tamanco Cuitelo passa a ser uma associação com importante representatividade social, com a possibilidade de atuar influenciando de forma positiva vários segmentos sociais e políticos da região.

Porque o Fandango de Tamanco?[editar | editar código-fonte]

O Fandango de Tamanco, simboliza a união para os moradores desta região, nas décadas de 60,70 e 80, o Fandango de Tamanco era atração também em festas religiosas, casamentos e nos populares puxirões, onde a comunidade se reunia para realizar trabalhos coletivos nas lavouras e no final da noite, comemorava o rendimento do dia saboreando o tradicional arroz com frango e curtindo a dança de tamanco.[2] O Fandango de Tamanco é um dos estilos de Fandango que fazem parte da Cultura de São Paulo, é uma dança centenária, ela é cantada e sapateada, e apenas homens podem participar.[5] De origem espanhola, chegou ao Brasil por volta de 1770, com a vinda dos portugueses da Ilha dos Açores, que se instalaram no sul do país. Em terras tupiniquins, o Fandango de Tamanco, ganhou elementos de danças indígenas, hoje faz parte da cultura caipira do interior paulista e teve como seus percursores os tropeiros. As músicas e coreografias falam sobre o dia a dia no campo e sobre a natureza[6].

Importância do Fandango de Tamanco Cuitelo para a região[editar | editar código-fonte]

Agora com o status de associação cultural, a Associação Cultural Caipira Cuitelo, além de ser um grupo cultural que tem como principal objetivo manter a tradição e através dela fortalecer a união, valores e costumes da população local, desempenha importante papel na sociedade local, atuando ativamente com responsabilidade civil e social, participando de importantes segmentos sociais, como por exemplo, o Conselho Consultivo da Floresta Nacional de Capão Bonito[7] e parceria no Programa Rede de Cidadania Ativa do município de Capão Bonito[8], entre outros debates de cunho social da região, especificamente nos municípios de Ribeirão Grande e Capão Bonito.


Referências

  1. FOLCLORE BRASILEIRO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2014, Pagina visitada em 26 de setembro de 2014.
  2. a b c Tradicional Grupo de Fandango comemora 50 anos: Jornal O Expresso, Pagina visitada em 26 de setembro de 2014.
  3. ONG Olho d'agua do Panema, Pagina visitada em 09 de setembro de 2014.
  4. Portal Sistema Ambiental Paulista, Pagina visitada em 20 de setembro de 2014.
  5. RURAL Centro, Pagina visitada em 10 de setembro de 2014.
  6. Portal do Jornal Cruzeiro do Sul, Pagina visitada em 10 de setembro de 2014.
  7. Portal Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Pagina visitada em 18 de setembro de 2014.
  8. Portal Prefeitura de Capão Bonito, Pagina visitada em 18 de setembro de 2014.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Categoria:Cultura de São PauloCategoria:Associações regionais do BrasilCategoria:Folclore do Brasil