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O cão, a vaca e a couve

A couve-flor foi obtida pela seleção artificial de espécies de Brassica oleracea

O capitulo inicia-se com uma pergunta intrigante, “Por que demorou tanto para aparecer um Darwin?”. Dawkins em concordância com Ernst Mayr, diz que o fator principal da demora se deu pela existência do Essencialismo tão impregnado na sociedade. Para Platão, a realidade que vemos são formas imperfeitas dos objetos, pois neles há variações do que é considerado ideal. Isso é uma ideia muito frequente no Cristianismo em que há um mundo ideal criado por Deus, onde as coisas são imutáveis e se há variações são consideradas como impuras ou imperfeitas. Darwin, ao trazer a ideia da seleção natural, fez com que houvesse uma revolução ao que se conhecia sobre a diversidade dos seres vivos. O que acontece de fato, é que as espécies mudam gradualmente, de forma sutil, ao longo do tempo, e transmitem essas novas alterações às gerações posteriores. Em um determinado momento esse acúmulo de novas características originam novas e variadas espécies.[1] Neste capítulo, o autor demonstra a interferência do homem na manipulação de características almejadas em plantas e animais de acordo com seus interesses. O título deste capítulo trata dos vários exemplos que o autor utiliza para corroborar a seleção natural como um dos mecanismos por meio do qual a evolução ocorre, valendo-se da exemplificação com seleção artificial. Através da comparação entre espécies, de como uma espécie pode modificar-se ao longo de milhares de gerações e propondo um experimento mental, ele nos leva a fazer um caminho de volta na linha do tempo, chegando ao ponto em que duas espécies distintas colocam-se lado a lado na linha do tempo evolutivo, compartilhando ali um ancestral comum, a qual ele denomina de curva de 180° graus.[2]

O autor ao falar de “como esculpir um reservatório gênico”, mostra como a domesticação faz com que espécies de diferentes reinos sejam moldadas para a sua melhor utilização pelo homem e que Darwin já havia observado isto mesmo sem o conhecimento de genética. Dawkins cita o “neodarwinismo” afirmando não na modelagem do ser e sim na ideia do reservatório gênico e que cada animal que vemos é uma amostra, desse reservatório, do seu tempo. Comparando-os com peças de um jogo, em que seus genes podem ser organizados, seguindo estratégias do interesse do seu jogador. Um bom exemplo que o autor indica são as couves selvagens que deu origem a várias outras que são denominadas couves e a tantas hortaliças como os brócolis, couve-flor entre outras moldadas por técnicas de reprodução seletivas.