Usuário(a):NufBR/Christian Volk
Christian Christian Volk (* 23. Setembro de 1979 em Donauwörth, Alemanha ) é um cientista político alemão e professor no Instituto de Ciências Sociais da Universidade Humboldt de Berlim. Seu trabalho se dedica a teoria política e filosofia, em especial teoria democrática e social, mas também teoria jurídica e constitucional. Sua pesquisa se concentra na transformação da ordem política (com foco especial em protesto em ordens democráticas) e na transformação global da sociedade e do Estado, bem como no pensamento político de Hannah Arendt. [1] Junto com a professora Bethania Assy da Faculdade de Direito da PUC-Rio, Christian Volk é coordenador do Projeto "Spheres of Citizenship in Rio de Janeiro and Berlin: Rights, Frontiers, Agencies" financiado pela CAPES em parceria com o DAAD
Vida e formação acadêmica[editar | editar código-fonte]
Depois de se formar no ensino médio em Donauwörth na Bavária, Christian Volk estudou ciência política , economia e história econômica e social na RWTH Aachen University de 1999 a 2004. [2] De 2005 a 2008, ele trabalhou em sua dissertação com o apoio financeiro da Fundação Acadêmica Nacional Alemã e foi pesquisador visitante na Universidade de Yale e na New School for Social Research, onde foi supervisionado em particular por Seyla Benhabib e Andrew Arato. Volk recebeu seu doutorado em 2010 (defendido em fevereiro de 2009) sob orientação de Helmut König na RWTH Aachen University com uma tese sobre o conceito de direito em Hannah Arendt (aprovado summa cum laude). Em outubro de 2013, sua tese foi reconhecida como trabalho inovador nas ciências humanas e sociais pelo programa Humanities International. De 2009 a 2010, ele trabalhou como pesquisador no colégio de pos-gradução “Constituição além do estado” na Universidade Humboldt em Berlim financiado pela DFG. Após isso, trabalhou como pesquisador pós-doc e coordenador científico no projeto de pesquisa Dissidência Internacional (Internationale Dissidenz) na Goethe University Frankfurt de 2010 a 2011 junto com Christopher Daase e Nicole Deitelhoff . De 2011 a 2015, Volk chefiou o projeto de pesquisa da DFG “O Conceito de Soberania na Constelação Transnacional” . Desde 2018, Volk coordena o projeto de pesquisa “Protesto e Ordem: Teoria democrática, política contenciosa e a transformação democracia ocidental“ financiado pelo conselho Europeu de Pesquisa (ERC). Volk foi professor e pesquisador visitante, em diversas universidades como no Centro inter-universitário europeu para Direitos Humanos e Democratização EUC (Veneza / Itália), na Radzyner Law School (Israel), no Hannah Arendt Center ( Bard College / EUA), na Universidade do Colorado ( EUA) e no Centro de Ciências Sociais de Berlin (Wissenschaftszentrum Berlin - WZB).Em 2012, Volk foi nomeado professor de teoria política na Universidade de Trier. Em 2015 assumiu a cátedra de Política e Direito da Universidade Livre de Berlim no prestigioso Instituto Otto Suhr de Ciência Política onde permaneceu até 2020. Em agosto de 2020 Volk sucedeu Herfried Münkler ocupando a cátedra de Teoria Política do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Humboldt de Berlim onde permanece desde então.
Pesquisa[editar | editar código-fonte]
Christian Volk compreende teoria política fundamentalmente como uma ciência crítica de interpretação e significação. Para ele, construir teorias significa analisar as condições e o contexto da da ação política, determinando os significados da prática política e resumindo os resultados em um sistema coerente de significações. [3]
1º Foco da pesquisa: Protesto político e a mudança na forma de democracia[editar | editar código-fonte]
O foco da pesquisa de Christian Volk está na análise e crítica dos processos sociais, jurídicos e políticos da ordem democrática moderna. Em particular, seu interesse se concentra na determinação do significado e na classificação normativa de protestos políticos. Em suas publicações, Christian Volk analisa como o funcionamento da ordem democrática influencia a formação de protesto e de que forma os protestos desafiam a ordem democrática. Para Volk os protestes criam tanto potencialidades para o aprimoramento da democracia, como riscos de retrocessos.
2º Foco de pesquisa: processos globais de formação da ordem e suas críticas[editar | editar código-fonte]
Outro foco de pesquisa de Christian Volk encontra-se na área da teoria política internacional e trata do fenômeno da formação da ordem e sua crítica no contexto dos processos de delimitação, integração e diferenciação da convivência social, econômica, jurídica, cultural e política que são comumente associados ao termo “ globalização ”. Junto com Thorsten Thiel, Christian Volk é editor da série 'Teoria Política Internacional' na Editora Nomos.
3º Foco de pesquisa: o pensamento político de Hannah Arendt[editar | editar código-fonte]
Por muitos anos, Volk se dedicou intensamente a estudar o pensamento de Hannah Arendt e publicou vários livros, já traduzidos para o Inglês.Christian Volk é reconhecido mundialmente como um dos maiores especialistas no pensamento de Hannah Arendt. Seu trabalho sobre o papel, a função e o significado do direito no pensamento de Hannah Arendt foi premiado pela associação de editoras alemã como trabalho inovador. Volk defende a tese de que a questão do direito é central para o pensamento de Arendt, abrindo o espaço no qual a interação política pode ser realizada. Essa perspectiva analítica tornou o pensamento de Arendt compatível com importantes questões da filosofia jurídica e da teoria constitucional e recebeu grande atenção internacional. Seyla Benhabib, professora da Universidade de Yale, elogiou Volk como "um dos intérpretes de Arendt mais originais e dedicados de sua geração", que em seu livro "[...] lidou com alguns dos aspectos mais incompreendidos do pensamento de Arendt - nomeadamente sua concepção sobre a lei e o constitucionalismo", fornecendo, assim, uma nova perspectiva sobre Arendt. [4] Em seu livro Julgamentos em tempos sombrios (Urteilen in dunklen Zeiten), publicado em 2005, ele submete as reflexões de Arendt em " Eichmann em Jerusalém ", um dos livros mais polêmicos da segunda metade do século 20 Século, a uma análise aprofundada. Como centro de sua reflexão está a conexão entre a tese da banalidade do mal, que Arendt explica em seu relatório de julgamento, e a construção da modernidade. [5]
Principais publicações[editar | editar código-fonte]
Livros[editar | editar código-fonte]
- Arendtian Constitutionalism. Law, Politics, and the Order of Freedom, Bloomsbury Publishers, Oxford 2015 ISBN 978-1849465847 .
- Die Ordnung der Freiheit. Recht und Politik im Denken Hannah Arendts, Nomos Verlag, Baden-Baden 2010, ISBN 978-3-8329-5058-3 .
- Urteilen in dunklen Zeiten. Eine neue Lesart von Hannah Arendts "Banalität des Bösen", Lukas Verlag, Berlin 2005, ISBN 978-3-936872-54-5
Volumes editados[editar | editar código-fonte]
- Formwandel der Demokratie (hg. v. Winfried Thaa u. Christian Volk), Nomos Verlag, Baden-Baden 2018 (Schriftenreihe der Sektion Politische Theorie und Ideengeschichte der Deutschen Vereinigung für Politische Wissenschaft, hg. v. Prof. Dr. Ina Kerner und Prof. Dr. Regina Kreide, Band 36), ISBN 978-3-8487-5410-6..
- Die Aktualität des Republikanismus (hg. v. Thorsten Thiel u. Christian Volk), Schriftenreihe ‚Staatsverständnisse‘ (Reihenherausgeber Rüdiger Voigt), Nomos Verlag, Baden-Baden 2016, ISBN 978-3-8452-6222-2.
- Der Begriff der Souveränität in der transnationalen Konstellation (hg. v. Christian Volk u. Friederike Kuntz), Nomos Verlag, Baden-Baden 2014 (Schriftenreihe Internationale Politische Theorie, hg. v. Christian Volk u. Thorsten Thiel, Band 1), ISBN 978-3-8487-1598-5.
- Macht und Widerstand in der globalen Politik (hg. v. Julian Junk u. Christian Volk), Nomos Verlag, Baden-Baden 2013, ISBN 978-3-8487-0164-3.
- Ambivalenzen der Ordnung. Der Staat im Denken Hannah Arendts, Schriftenreihe ‚Staat - Souveränität - Nation‘ (hg. v. Julia Schulze-Wessel, Samuel Salzborn u. Christian Volk), Springer VS, Wiesbaden 2013, ISBN 978-3-531-19829-3.
Artigos científicos[editar | editar código-fonte]
- The Problem of Sovereignty in Globalized Times. In: Law, Culture and the Humanities, online first 2019, S. 1–23.
- On a radical democratic theory of political protest: potentials and shortcomings. In: Critical Review of International Social and Political Philosophy, online first 2018, S. 1–23.
- Enacting a parallel world: Political protest against the transnational constellation. In: Journal of International Political Theory, online first 2018, S. 1–19.
- Towards a Critical Theory of the Political. In: Philosophy and Social Criticism, 42 (6) 2016, S. 549–575.
- Hannah Arendt and the constitutional theorem of de-hierarchization. Origins, Consequences, Meaning. In: Constellations, 22 (2) 2015, S. 175–187.
- Hannah Arendt und die Kritik der Macht. In: Deutsche Zeitschrift für Philosophie, 61 (4) 2013, S. 505–528.
- Zwischen Entpolitisierung und Radikalisierung. Zur Theorie von Demokratie und Politik in Zeiten des Widerstands. In: Politische Vierteljahresschrift, 54 (1) 2013, S. 75–110.
- Why Global Constitutionalism does not live up to its promises. In: Goettingen Journal of International Law, 4 (2) 2012, S. 551–573.
- From nomos to lex. Hannah Arendt on Law, Politics, and Order. In: Leiden Journal of International Law, 23 (4) 2010, S. 759–779.
- Stalinism, Memory and Commemoration. Russia’s dealing with the past. In: New School Psychology Bulletin, Special Issue on Memory, 6 (2) 2009, S. 50–58.
- Hannah Arendt über das Böse und die Zukunft des Politischen. In: Internationale Zeitschrift für Philosophie 16 (1) 2006, S. 52–77.
- »Wo das Wort versagt und das Denken scheitert«. Überlegungen zu Hannah Arendts Eichmann-Charakterisierung. In: Aschkenas. Zeitschrift für Geschichte und Kultur der Juden, 16 (1), S. 195–227.
Links da web[editar | editar código-fonte]
Página inicial da cátedra de Teoria Política da Universidade Humboldt de Berlim
Artigos de jornal[editar | editar código-fonte]
- Hannah Arendts begriff der Weltlosigkeit erhellt die Gegenwart. In: NZZ, 10. November 2019.
- Distanzierung ist nicht alles. In: taz, 11. Juli 2017.
- Diagnose mit zwei zentralen Fehlern. In: taz, 25. Februar 2017.
- Warum Streit und Debatte in der Erinnerungspolitik nötig sind. In: NZZ, 1. März 2013.
- Von Stalin und anderen Helden. In: NZZ, 8. Oktober 2012.
Participações em Rádios e Podcast[editar | editar código-fonte]
- Christian Volk über Recht und Protest, Law & Society Podcast, Integrative Research Institute Law & Society (LSI), Beitrag vom 10. Oktober 2020.
- Die Pflicht, gegen Unrecht aufzubegehren. Martin Luther King und der zivile Ungehorsam, Deutschlandfunk Kultur, Beitrag vom 1. April 2018.
fontes[editar | editar código-fonte]
- ↑ Volk, Christian. «Curriculum Vitae» (PDF)
- ↑ Lebenslauf Christian Volk Auch die folgenden Informationen in diesem Abschnitt wurden aus diesem Lebenslauf entnommen.
- ↑ [1] Auch die folgenden Informationen zum Forschungsschwerpunkt wurden der Homepage des Lehrbereichs „Theorie der Politik“ entnommen, sofern nicht anders zitiert.
- ↑ Arendtian Constitutionalism. Law, Politics and the Order of Freedom - Hart Publishing Eigene Übersetzung aus dem Englischen.
- ↑ «Urteilen in dunklen Zeiten - Lukas Verlag für Kunst- und Geistesgeschichte». Consultado em 2 de fevereiro de 2021
[[Categoria:Homens]]
[[Categoria:Nascidos em 1979]]
[[Categoria:Alemães]]
[[Categoria:Cientistas políticos]]
[[Categoria:Professores da Universidade Humboldt de Berlim]]
[[Categoria:Teorias políticas]]