Usuário(a):Pâmella Campos/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Meus Testes[editar | editar código-fonte]

Abolicionismo nos Estados Unidos

Texto 01 – A Wikipédia é uma enciclopédia[editar | editar código-fonte]

Dia: 27/03 -> Fonte: SALSANO, Alfredo. Enciclopédia. In: ROMANO, Ruggiero (coord.) Enciclopédia Einaudi. Vol. 41: Conhecimento. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2000, p. 369-432.

A ideia principal do texto, como já enunciada no título, trata justamente da formação, definição e construção do que conhecemos hoje como enciclopédia. O autor evolui e problematiza ao fim, a necessidade de se pensar a enciclopédia não como mero inventário, mas de identificarmos nela a natureza crítica, a complexidade de sua estrutura organizacional. Acima disso, devemos compreender que há variadas propostas de enciclopédias, e suas diversas criações partem da necessidade de se corresponder uma demanda. A palavra enciclopédia é de origem grega, e em sua etimologia, comporta um significado próximo a "educação circular", ou seja conhecimento geral, bem como a Wikipedia propõe. Inicialmente o autor discute o que é a enciclopédia no sentido prático, que dentro de seu raciocínio, e em concordância com ele, significa a pretensão de unificar a heterogeneidade dos processos de conhecimento, a fim de realizar uma síntese integralizada, organizada e concatenada. Os desafios se tornam presentes na medida em que a classificação e as propostas de seleção para se fabricar essa enciclopédia começam a surgir. O modelo de enciclopédia ao qual estamos familiarizados, surgiu no século XVIII, período conturbado no sentido de compreender e determinar às categorias de conhecimento seu devido espaço. Havia um conflito entre estabelecer uma plataforma de conhecimentos que agregassem as ditas ciências, dotadas de sistematização e racionalidade, e as artes ou os outros conhecimentos voltados para fatos da existência, que Hegel afirma, pejorativamente, serem determinadas por acidentes e não mediante a razão. Essa noção mais antiga e fechada às concepções de síntese do saber se manifesta através da enciclopédia filosófica, que se contrapunha às enciclopédias francesa e inglesa, amplamente influenciadas pela visão baconiana, tendo uma postura mais integradora às artes. Dentro dessa perspectiva de nomear e categorizar assuntos de relevância, o autor traz à tona os parâmetros para a definição de um tema, em sua maioria diziam respeito a identificação do espaço social dos intelectuais da época, o que configura um quadro elitista e acadêmico em geral. Para somar ainda a essas problematizações, o autor insere o conceito de conservação e transmissão, ideias correlativas ao espaço físico e intelectual, biblioteca e escola. É na biblioteca que a organização dos conhecimentos se instaura e corrobora para as complicações entre hierarquias e o sistema das ciências, isso ainda na Idade Média. A escola por sua vez, nesse contexto trazia consigo, antes do século XVIII, a enciclopédia como uma ideia de preocupações didáticas associadas à transmissão de conhecimentos, e não a compêndio. O texto é finalizado deixando a questão sobre essa suposta rede de conhecimento proposta pela organização concatenada de possíveis enciclopédias, após a superação das hierarquias e da categorização dos saberes. O conceito de Árvore é exposto, a ideia da complementação das partes para se compreender o todo numa pesquisa, e sua evolução para a ideia de rede. A Wikipédia, tão vasta e rica, pode ser inserida nesse exemplo. Ela enfrenta inúmeras dificuldades por conta da possibilidade que ela oferece: o compartilhamento de inúmeras questões que fazem jus ao conhecimento geral humano. Porém, quando essas questões são inseridas nessa plataforma, se encontram limitadas a um espaço de atuação, ainda individual, e que necessita saber definir o recorte específico que atenda a uma demanda, algo que remonte o conceito de relevância num espaço social e também de notoriedade. Logo a proposta de uma enciclopédia é justamente manter este caráter organizacional, pois seu compromisso está em divulgar obras e conteúdos de utilidade, relevância e notoriedade de caráter social. Ela não tem como objetivo ser um espaço de criação e de pesquisas inéditas e revolucionárias, longe disso, seu papel se dá nesse perfil de rede que aparentemente atenua os limites do saber.

Texto 02 – Imparcialidade e verificabilidade[editar | editar código-fonte]

Dia: 03/04-> Fonte: DE FARIA PEREIRA, Mateus Henrique. Nova direita? Guerras de memória em tempos de Comissão da Verdade (2012-2014). Varia Historia, v. 31, n. 57, p. 863-902, 2015.

Após a leitura deste texto e a discussão em aula, a ideia que me vem a mente sobre o artigo é basicamente a de um guia do que não fazer em um trabalho de cunho acadêmico informativo. As questões que o texto trouxe à tona foram a escrita muito mais voltada para a defesa de um ponto de vista como opinião, do que como um recurso para se fazer valer os argumentos propostos, aquilo que chamamos de militância. Quando se trata de uma divulgação de conhecimento relativa aos moldes do padrão Wikipédia, tal comportamento não deve ser manifesto. O texto é problemático justamente porque expõe de maneira agressiva a vertente política na qual o autor discorda. Se tal conteúdo fosse utilizado nesta plataforma, o artigo estaria infringindo automaticamente o segundo pilar da Wikipédia, que trata, categoricamente, do exercício da imparcialidade enquanto enciclopédia. A questão se torna ainda mais problemática se pensarmos no nosso ofício de historiador. Como elaborar uma escrita advinda de um recorte que sucede uma subjetividade daquele que o faz? Por se tratar de uma plataforma que tem a proposta de enciclopédia, estas questões se tornam relativamente mais simples, do que se situadas num contexto de pesquisa inédita acadêmica - que não faria o menor sentido dentro desta metodologia proposta pela Wikipédia -. A resposta se dá através da amostragem das variadas correntes, das diversas perspectivas, e ainda as diferentes abordagens teóricas de determinado tema. É como se a nossa função, enquanto elaboradores de um artigo nesta enciclopédia e ainda historiadores, fosse o de corroborar e adicionar a maior possibilidade de interpretações sobre o tema que escolhermos. Devemos retirar as posições que nos levam a fazer perguntas históricas, implicadoras em métodos e hipóteses próprias para serem respondidas. Ou seja, muito mais vale o acúmulo de assuntos, ainda que contrastantes, sobre determinado tópico, do que uma posição unilateral e irredutível de quem se propôs a escrever sobre um tema aberto nesta plataforma. Logo, não se trata de elaborar argumentos para defender uma questão, se trata tão somente de informação útil, precisa, que possua relevância e que seja na medida do possível clara e objetiva. Não há espaço para a defesa de questões políticas, ideológicas ou de qualquer outro cunho, se trata de definição e consistência no sentido de haver um arcabouço de fontes que compreenda o significado proposto pelo autor do artigo.

Texto 03 - Interpretação de texto[editar | editar código-fonte]

Dia: 10/04 Fonte: NEHMY, Rosa Maria Quadros, & Paim, Isis. (1998). A desconstrução do conceito de "qualidade da informação". Ciência da Informação, 27(1)

A discussão da aula em conjunto com o texto abordou o problemático conceito de qualidade da informação. Dentro da plataforma Wiki tal debate se faz necessário, uma vez que a clareza, a confiabilidade e a estrutura de texto que comporta a informação é indispensável para que o conteúdo seja transmitido. Entretanto, os conceitos pelos quais um texto informativo é julgado, varia de grupo social, institucional e ambiente sociocultural. Pensando nisso, a autora percorre o trajeto pelo qual a literatura permeia as Ciências da Informação, visto que esta possui como forma principal de comunicação a escrita, dessa maneira conceitos referentes ao literário, passaram a empregar sentido às questões relativas à informação. A problematização se faz completa quando percebemos que tais valores, sejam eles técnicos ou puramente acadêmicos para designar qualidade, num sentido de excelência a uma informação, se torna completamente subjetivo, uma vez que dependendo do grupo ou indivíduo que você fornecer tal comunicado, pode representar ou não relevância, confiabilidade e excelência. Apesar de concordar piamente com isto, a autora Rosa Maria, conclui seu texto de maneira multifacetada, não se assegurando em nenhum tipo de resposta, apenas expõe a complexidade de se atribuir valores a questões muito maiores e mais densas do que estruturas engessadas e inertes, algo muito distante do que conhecemos por informação neste século.

Texto 04 - Técnicas de redação[editar | editar código-fonte]

Dia: 17/04 -> Fonte:

Texto 05 - Copyright[editar | editar código-fonte]

Dia: 24/04 ->Fonte:

Texto 06 – A comunidade da Wikipédia[editar | editar código-fonte]

Data: 08/05 -> Fonte:

Texto 07 - Documentário - Truth in Numbers[editar | editar código-fonte]

Data: 15/05 -> Fonte:

Texto 08 Wikimedia Commons e outros projetos[editar | editar código-fonte]

Data: 22/05 -> Fonte:

Laboratório de Escrita: Exercício[editar | editar código-fonte]

"O 'grande despertar' do século XVIII definitivamente ajudou a configurar a nova direção religiosa que se faria sentir no século XIX. Essa mudança de orientação, que significou de fato uma mudança de valores, terminaria por levar a uma visão de mundo religiosa nova: a partir de então ser religioso passou a significar viver o cotidiano de acordo com preceitos de Deus, numa constante busca não só da salvação individual, mas também da redenção da Nação. Como observa Davis é impossível entender a emergência de um movimento abolicionista forte no século XIX sem considerar a base evangélica que remonta ao revivalismo dos Quackers da década de 1740: O ethos dos Quackers foi uma enorme influência para os batistas, metodistas e presbiterianos, principais denominações que foram influenciadas pelo movimento revivalista de 1740." P. 57 [1]

"Já Franklin Frazier (1963) afirmava a descontinuidade causada pela escravidão, que teria rompido as bases sociais da religião africana, considerando que o cristianismo é que teria possibilitado a coesão da comunidade negra."P.1[2]

"Enquanto igreja estabelecida, a Igreja Anglicana foi conivente com o comércio de escravos em que a Inglaterra esteve envolvida desde o século XVI, e só mudaria oficialmente de posição na segunda metade do século XIX, após as gestões das sociedades abolicionistas. A primeira organização antiescravista inglesa surgiu em 1783 em função dos esforços dos dissidentes quaquers; não partiu da igreja oficial formada pela alta burguesia e pela aristocracia, interessadas na manutenção do rentável comércio. Granville Sharp e os seus companheiros passaram a ser designados jocosamente como santinhos, no entanto continuaram a sua luta antiescravista."P. 7-8 [3]

A partir da leitura dos textos em questão, pude desenvolver ligações que legitimam a religião protestante como um difusor dos ideais abolicionistas, fortemente atrelados - no caso norteamericano - à moral e à ética. Começando pela autora Angela Randolpho, podemos constatar que a questão abolicionista se coloca para sociedade a partir da construção da Nação. A identidade norteamericana estava sendo formada, a princípio, com características rígidas que não englobavam os negros escravizados. Havia uma demanda para ser considerado cidadão, entre elas: ser anglo saxão, protestante e livre. Além disso, a escravidão, enquanto prática econômica confrontava duramente os valores puritanos e consequentemente os da Constituição - igualdade, liberdade e persecução da felicidade. Era nítido o conflito ideológico diante às práticas culturais e econômicas que se colocavam sobre o nascimento da nação, por conta disso, o posicionamento das igrejas protestantes do século XIX se torna incisivo, a fim de assegurar suas práticas espirituais, bem como apagar de sua nação as heranças africanas associadas à escravidão.

Em sequência, temos Sérgio Brissac que compõe seu texto citando Franklin Frazier. Após o período de Guerra Civil e da Abolição, um novo desafio é colocado. As igrejas que inicialmente detinham um discurso abolicionista, colocavam como solução a repatriação dos escravizados à África, porém o contingente de escravos, e a estrutura econômica, principalmente do sul agroexportador, tornava inviável a perda massiva de mão de obra. Sendo assim, torna-se uma tarefa da igreja, incluir os negros libertos na comunidade norteamericana. Para isso a conversão ao protestantismo é crucial, finalizando o processo com a cisão das heranças religiosas africanas.

Concluindo com Elizete da Silva, podemos problematizar ainda a origem do movimento abolicionista na América. O discurso de liberdade e de fim da escravatura permeia inicialmente seitas cristãs, como foi o caso da quacker, composta por pessoas não inseridas na elite, fato que configura o quadro conflituoso da época. As grandes denominações protestantes detinham em seu corpo de membros escravagistas e latifundiários, que não concordavam com a condenação da escravidão como pecado. Essa discussão se perdurou até o momento em que estas pequenas seitas se posicionaram e cobraram de seus membros o abandono de tais práticas. O movimento chamado no texto de Angela como "Revivalismo" se estabeleceu nos Estados Unidos inicialmente em 1758 através dos quacker, e retornou com maior presença e incisão no século XIX, quando as grandes denominações protestante se posicionaram contra práticas escravistas, influenciou não só o comportamento de religiosos, mas embasou posicionamentos políticos e discursos fora da esfera religiosa.