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O conversor CC-CC Ćuk no modo de condução descontínua (MCD), assim como outros conversores como SEPIC e Zeta, diferentemente do modo contínuo, neste modo o conversor opera com três etapas. Vale destacar também, que no MCD não há a extinção da corrente nos indutores, como ocorre nos conversores Buck, Boost e Buck-Boost, sendo que durante o intervalo de corrente nula, a corrente no conversor Ćuk assume um valor constante e igual em amplitude entre os indutores, porém em direções opostas.
Assim como no MCC, pode-se definir os períodos de cada etapa como , e .
Pode-se associar com a razão cíclica da chave, desta forma os demais intervalos e são dependentes de .
A primeira e segunda etapa do conversor Ćuk no MCD ocorre da mesma forma como no modo de condução contínua. Sendo assim, nesta etapa há o acionamento da chave e o bloqueio do diodo, que ocasionam a magnetização dos indutores, em que o indutor é magnetizado pela pela energia da fonte e o indutor é magnetizado pela energia do capacitor de acoplamento , que consequentemente é descarregado nesta etapa. Desta forma pela análise utilizando as Leis de Kirchhoff encontra-se as seguintes equações diferenciais
Durante a segunda etapa, ou seja, o intevalo , a chave é bloqueada e o diodo passa a conduzir, bem como há a desmagnetização dos indutores e a carga do capacitor pela energia da fonte. Portanto pela análise obtem-se as equações a seguir:
A terceira etapa, agora presente no MCD, a chave e o diodo são bloqueados e uma corrente constante () circula na malha que envolve os indutores, que devido ao valor de corrente constante, a tensão nos indutores é nula. Novamente, pela análise encontra-se:
Para a obtenção das correntes e tensões, é encontrar e estabelecer algumas relações, tais como a tensão no capacitor de acoplamento , que assim como no MCC, a tensão será:
Através das equações da tensão nos indutores é possível determinar a corrente em cada etapa e esboçar a forma de onda da corrente no indutor, sendo assim as correntes no indutor são dadas a seguir:
O valor mínimo de corrente dos indutores pode ser calculado com base na corrente do capacitor de acoplamento [1], o capacitor . Especificamente através da corrente média do capacitor, pelas áreas dos triângulos pode-se encontrar a expressão:
Resolvendo para encontra-se:
O ganho estático pode ser encontrado através da corrente média no diodo. A corrente média no diodo será a corrente média de saída, dado que a corrente média no capacitor é nula, a corrente deve circular pelo diodo [2].
Substituindo , e , e rearranjando os termos encontra-se:
Pela análise, encontra-se a seguinte soma das tensões:
Sendo assim, sabendo que a tensão média em regime permanente dos indutores é nula, a tensão média em em regime permanente pode ser dada por:
O ganho estático do conversor Zeta, assim como de outros conversores, pode ser encontrado pela relação de tensão média no indutor, pois a tensão média no indutor em regime permanente é nula, desta forma pode-se escrever: [3][2]
Rearranjando-se os termos encontra-se o ganho estático.
O ganho estático também pode ser obtido do mesmo modo através da relação de tensão no inditor .
Dada a característica de fonte de corrente na entrada do conversor Cuk, ou seja um indutor em séria com a entrada, a corrente no indutor é a própria corrente média de entrada.
Devido à caracteristica de fonte de corrente, a corrente média no indutor será a própria corrente média de saída.
A corrente média no diodo () pode ser encontrada através de sua integral:
É possível simplificar a equação substituindo e deixar em função da ondulação de corrente (), deste modo encontra-se:
A corrente média na chave () também pode ser encontrada pela sua integral:
De forma semelhante à realizada para a corrente média no diodo, fazendo as substituições dos termos, deixando em função da ondulção de corrente (), a corrente média na chave pode ser dada por:
A ondulação de tensão no capacitor de acoplamento pode ser encontrada por meio da variação de carga no capacitor. A variação pode ser determinada através da integral da corrente durante uma das etapa, neste caso optou-se pela segunda etapa, sendo assim a corrente no capacitor é igual à corrente .
A plicando na equação:
Por fim, a ondulação de tensão de saída pode ser determinada da mesma forma como feita para o conversor boost. Sendo assim, a ondulação de tensão no capacitor de saída pode ser encontrada pela variação de carga, sabendo que:
→
sendo a variação de carga no capacitor, é a variação de tensão de saída e é a capacitância. A variação de carga no capacitor pode ser considerada a integral da corrente no capacitor durante uma das etapas de operação. Desta forma, optando pela primeira etapa, que por simplificação da análise, pode-se considerar a corrente constante, a integral da corrente neste período será