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A Capela Nossa Senhora Santana é o monumento mais antigo subsistente em Ilhéus, a qual foi construída no século XVI. As terras do Engenho de Sant'Ana pertenceram a Mem de Sá, que as recebeu do primeiro donatário, Jorge de Figueiredo.[1]

Sua filha, Cond. de Linhares, por sua vez, doou 12 léguas em quadra aos Jesuítas, que as transformaram em duas fazendas: Inês e Sant'Ana, na qual se instalou o engenho de Santana. Nesta propriedade foi construída a Capela de Santana, um relevante exemplar de arquitetura religiosa rural. O engenho dos Jesuítas produzia não apenas açúcar, como beneficiava algodão, cacau e arroz com força hidráulica.

Capela rural, provavelmente do século XVI. Apresenta características comuns às capelas dos dois primeiros séculos de colonização: partido em “T” (incompleto), “espadaña” e copiar. Até recentemente, um dos exemplares mais antigos de partido em “T” conhecidos era a primitiva Igreja de N. S. da Palma, em Salvador, iniciada em 1630.

Situa-se à margem esquerda do rio Santana ou Rio do Engenho que, no local, apresenta corredeiras. De seu adro, emoldurada por exuberante vegetação, avistam-se pequenas elevações e o povoado, muito pobre, antiga sede do Engenho de Sant'Ana. Atrás do grupo Escolar encontram-se as ruínas das antigas construções do Engenho.

Inventário de 1810, a igreja capela do engenho com a capela-mor e sacristia coberta de novo e o corpo concertado e reparado novamente com seu arco cruzeiro e o alpendre da pedra de cantaria feita toda de pé de pedra e cal com um novo alicerce. A parte de fora com seu púlpito de madeira e couro da mesma e escada de pau.

A capela atual mantém as mesmas características. Sua fachada é marcada pela presença do copiar e da "espadaña". Sobre o copiar existe um óculo central. O interior é pobre, sem forro. Existem na sacristia nichos e uma janela conversadeira. São de pedra: pia batismal, duas pias de água benta e bacia do púlpito. O altar é pobre, mas conserva bela imagem de Senhora Sant'Ana. Outras imagens: S. Benedito e Senhor dos Passos. Registra-se, ainda, alguns castiçais de bronze.[2]

  1. Soub, José Nazal (2010). Minha Ilhéus. [S.l.]: Via Litterarum 
  2. Bahia, Secretaria (1988). IPAC-BA. Salvador: Governo do Estado da Bahia