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Exemplo abaixo:

Fenomenologia existencial[editar | editar código-fonte]

A segunda fase da filosofia de Vicente pode ser classificada como uma Fenomenologia existencial...

Pioneirismo nos estudos heideggerianos no Brasil[editar | editar código-fonte]

Vicente também foi um dos pioneiros nos estudos de Martin Heidegger no Brasil. Em A concepção do homem segundo Heidegger, ele destacou algumas das principais apreciações ontológicas do filósofo alemão. Durante essa fase, Vicente priorizou uma abordagem antropológica, sendo o problema do homem, para ele, considerado de uma perspectiva marcada por um longo, fecundo e refletido diálogo com o pensamento existencial e caracterizado por uma atitude predominantemente humanista com um fundo de sentido e valor do mito e do sagrado.[1] Deve-se levar em conta que a primeira geração de estudiosos de Heidegger no Brasil (composta por Benedito Nunes, Ernildo Stein e Emmanuel Carneiro)[2] foi contemporânea de Vicente, que passou a dedicar ensaios à obra do alemão ainda no ano de 1950.[3] De acordo com José Arthur Giannotti, Vicente, à sua época, foi o estudioso de Heidegger mais importante de São Paulo.[4]

O Mito e o Sagrado[editar | editar código-fonte]

O ano de 1951 marca o início da terceira fase da filosofia de Vicente.[5] Em sua última fase, ele passou a se dedicar ao Aórgico,[6] priorizando os estudos em autores como Schelling, Jakob von Uexküll, Hölderlin e, sobretudo, Martin Heidegger. Vicente recupera a decosultação do ente de Heidegger e interpreta essa desocultação como mitologia.[7]

A originalidade [da minha tese] consiste na tentativa de uma aproximação entre o último Heidegger e a Filosofia da Mitologia de Schelling, cancelando nesta última doutrina a teoria dos deuses terminas e causadores do processo teogônico (...) Procurei dar à experiência do Ser uma tonalidade emocional e pulsional, compreendendo essa experiência como fascinação. A pesença dos Deuses é o traço original do Fascinator, é aquela proto-poesia que condiciona e envolve todas as consecutivas "abertura da palavra". A presença dos Deuses é o oferecer primário que torna tudo o mais pura instância oferecida, puro ente fundado".[7]

Reduções fenomenológicas de Husserl, Heidegger[8] e Vicente.[7]
  Para quem as coisas em questão são levadas de volta pela redução? O que é dado pela redução? Como são dadas as coisas em questão; qual é o horizonte? Até onde vai a redução, o que é excluído?
Primeira redução – transcendental (Husserl) O eu intencional e constituinte Objetos constituídos Por meio de ontologias regionais. Por meio da ontologia formal, as ontologias regionais caem no horizonte da objetividade Exclui tudo o que não se deixa levar de volta à objetividade
Segunda redução – existencial (Heidegger) Dasein: an intentionality broadened to Being-in-the-world and led back to its transcendence of beings through anxiety Os diferentes modos de ser; o "fenômeno do ser" De acordo com o Ser como o fenômeno original e último. De acordo com o horizonte do tempo
Terceira redução – Mítica (Vicente) O Fascinator: o "aórgico", fonte e matriz infinita de possibilidades e poder que se desvela através das "forças trópicas" Os Deuses ou "forças trópicas" De acordo com um universo prototípico-divino instaurado pela matriz insubstancial que seriam as forças trópicas

Referências

  1. «Ética e política no pensamento de Vicente Ferreira da Silva». Revista Cultura. Consultado em 22 de maio de 2017 
  2. A vereda heideggeriana de Benedito Nunes Victor Sales Pinheiro Apresentação do livro Heidegger, de Benedito Nunes (Ed. Loyola, 2017).
  3. Silva, Vicente Ferreira da. Holzwege (Martin Heidegger), Revista Brasileira de Filosofia, São Paulo, v. 1, fasc. 1 e 2, 1950, p. 209-211
  4. Mendes, Ricardo (2000). «Vílem Flusser: uma história do Diabo». Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo: 51 
  5. http://www.revistasisifo.com/2018/11/a-redescoberta-do-mito-ou-poesia-como.html
  6. Vicente Ferreira da Silva, Ideias para um Novo Conceito do Homem. São Paulo, Edição do Autor, 1951; Teologia e Anti-Humanismo. São Paulo, Revista dos Tribunais, 1953, 40 p.
  7. a b c Transcendência do Mundo - Obras completas (2010) p.456
  8. Marion 1998, pp.204-205.