Usuário(a) Discussão:Nuno.Sa IESF

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Revisão da Literatura sobre o Relatório sobre a Lancaster King's School[editar código-fonte]

1. Introdução[editar código-fonte]

O trabalho explanado nas páginas seguintes visa explicitar as fontes que estiveram na origem dos passos que foram dados, pelo grupo de trabalho, na realização do relatório elaborado acerca da Lancaster King’s School. A revisão da literatura incidirá sobre as principais fontes de informação que foram utilizadas na idealização, implementação e execução do relatório supracitado. Durante o processo de recolha de informação foram identificados inúmeros livros, sites, artigos científicos e outras fontes de informação . As fontes foram divididas em várias temáticas que aqui são apresentadas por ordem alfabética:

  • Aprendizagem – a empresa na base do estudo é uma escola de línguas que sempre se pautou por encarar o aluno como centro do processo educativo. Nesse sentido, foi recolhida informação sobre as melhores formas de potenciar a aprendizagem;
  • Ensino – a Lancaster School assenta a sua atividade numa relação aluno-professor que podemos designar como tradicional. É pois necessário direcionar o olhar para outras visões para confirmar se este é o melhor modelo para otimizar a transmissão de informação, ou se por outro lado, existem vantagens numa abordagem distinta;
  • Estratégia – em qualquer organização empresarial há que definir uma estratégia a seguir;
  • Finança da Empresa – esta temática foi crucial na elaboração de várias secções do relatório. Desde o tipo de mercado em que a empresa se encontra, às dinâmicas oferta e procura ou à análise de dados contabilísticos da empresa;
  • Marca – a temática da marca poderia ter sido inserida na análise do marketing, no entanto, as caraterísticas individuais da empresa não o aconselhavam. O facto de terem passado apenas dois a três anos desde o rebranding que a empresa sofreu seria justificação suficiente para apresentar este tema como uma área de análise independente. O facto de haver ainda alguma confusão entre a marca Lancaster King’s School e a marca Lancaster College reforçam esta convicção.
  • Marketing – esta é a temática base de todo o trabalho. Aquela que está diretamente relacionada com a problemática que nos propomos resolver.
  • Método ABP – se o marketing é a temática base do trabalho, o método ABP é a estrutura sobre a qual ele assenta. Numa analogia informática diria que se o marketing é o software que vamos escrevendo, então o método ABP é a linguagem ou o código onde esse software assenta.
  • Sistemas de informação – a empresa apresenta uma dispersão geográfica significativa. Estamos perante nove filiais a reportar para a sede, num total de dez localizações distintas que se pretende estarem em sintonia. Assim sendo, os sistemas de informação impõem-se como área de análise.
  • Situações didáticas – o livro analisado constrói uma ponte entre os vários saberes dentro de um contexto de ensino aprendizagem, fomentando a resolução de problemas como um dos principais veículos didáticos para potenciar o conhecimento.
  • Sustentabilidade nas organizações – existe uma ideia generalizada de que a objetivo ou o end game de uma organização passa pela maximização do lucro, penso que essa ideia está incompleta. Uma qualquer organização pretende a maximização do lucro sim, mas, no longo prazo. Muitas políticas que visam a gratificação imediata iriam destruir a sustentabilidade da empresa no médio / longo prazo e devem portanto ser evitadas.

Tal como referenciado em cima o objetivo desta revisão de literatura é explicar os motivos que estiveram na génese das decisões tomadas pelo grupo na consultoria efetuada na Lancaster King’s School. Aquando das reuniões efetuadas e assim que era estabelecido que seria necessário procurar informação, em determinada área de saber, eram efetuadas buscas para descobrir publicações que nos auxiliariam na prossecução do nosso objetivo de auxiliar a Lancaster School. Este texto é um resumo dessa demanda. 

2. Temas abordados[editar código-fonte]

Vamos então analisar de forma mais elaborada os passos que foram efetuados durante a consultoria à empresa Lancaster King’s School.

2.1. Aprendizagem[editar código-fonte]

Sendo a empresa uma escola de línguas, é intuitivo analisar a temática da aprendizagem. No caso da Lancaster School esse tema ganhou mais relevância por duas questões distintas:

  • um dos principais valores da empresa é a colocação do aluno no centro do processo educativo;
  • um dos principais concorrentes da empresa tem uma filosofia diametralmente oposta em termos de aprendizagem por parte do aluno.

Os livros escolhidos para esta análise foram: Psicologia educacional, (Sprinthall et al. 1993), O mundo da criança (Papalia et al. 2001), Psicologia atual e o desenvolvimento da criança (Vayer et al. 1988), e “Teoria da aprendizagem, práticas de ensino” (Gonçalves, 2001). A questão que se colocava era se a aprendizagem num sistema dito tradicional, com professor e alunos numa sala de aula, potenciava a aprendizagem face à interação entre o aluno e um computador com interações esporádicas com o professor. No contexto específico de uma escola de línguas concluiu-se que como existem preocupações com variáveis como o sotaque e a utilização de princípios fonéticos, seria preferível o método tradicional face à interação com um computador. Ficou assim concluído que do nosso prisma o aluno beneficiaria mais com o método tradicional de aprendizagem. É de notar que esta decisão, por parte da Lancaster School, acarreta custos superiores no longo prazo. Os gastos iniciais que seria necessário despender na aquisição de material informático seriam amortizados rapidamente face aos custos que a empresa suporta com os recursos humanos. O modelo de aprendizagem que a empresa irá empregar, preferencialmente, está então definido. A única questão que ainda se coloca é se será viável a aprendizagem apoiada num sistema informático como sistema complementar. Muitos dos professores que lecionam na Lancaster School também dão aulas no sistema de ensino regular. Assim sendo, torna-se mais complicado abrir cursos durante o período laboral. Poderá a empresa rentabilizar essas horas de subprime através de meios informáticos, sendo que os alunos teriam sempre que frequentar aulas presenciais? Esta será uma questão a ponderar pelos proprietários no futuro próximo.

2.2. Ensino[editar código-fonte]

O ensino enquanto foco da atividade da empresa confunde-se com a temática da aprendizagem em muitos níveis. A diferenciação entre ambos é, por muitas vezes, uma questão de perspetiva. Se encararmos a realidade do ponto de vista da empresa poderemos olhar para um “sistema de ensino”, se por outro lado perspetivarmos a realidade pela ótica do aluno então poderemos fazer referência a um “sistema de aprendizagem”. Como é objetivo da empresa que o foco seja colocado sobre o aluno, então, muitas das publicações foram agrupadas nesse tema. No ensino em si ficaram concentrados os textos relacionados com a evolução histórica do sistema de ensino em Portugal como “Lições de pedagogia geral e de história da educação” (Pimentel Filho, Alberto), o trabalho “Análise das fraquezas e ameaças ao sistema de ensino superior português” (Ferreira Gomes, José, 2003) e os textos relacionados com o ensino enquanto elemento concorrencial da empresa (por ex.º sobre a escola pública). Este tema foi um dos primeiros a ser considerado pelo grupo. Foi encarado, de forma natural, como ponto de partida da análise a realizar. No entanto, quanto mais se ponderava sobre o papel do ensino, em todas as suas vertentes, mais confusa ficava a imagem mental que cada um ia formando durante esses primeiros tempos de trabalho. Como deveria ser classificado por exemplo o ensino público, fornecedor de clientes ou concorrente que retira massa crítica ao sistema? Poderá o ensino público ser ambas as coisas, embora à partida as duas pareçam mutuamente exclusivas? E o que acontece quando subdividimos o ensino por nível de escolaridade? As perguntas sucederam-se em catadupa criando entropia em todo o trabalho. Ficou então decidido que o ensino deveria ser analisado de forma extensa e no máximo de vertentes possíveis. Num trabalho que durou semanas foram pesquisados, trabalhados e expostos dados do ensino utilizando, na sua grande maioria, o repositório de dados que é o site da Pordata . Nesse site foi possível recolher informação com origem no Instituto Nacional de Estatística (INE) , no Ministério da Educação e Ciência ou no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) . Os dados foram recolhidos e analisados por:

  • nível de escolaridade
  • 1º ciclo do Ensino Básico
  • 2º ciclo do Ensino Básico
  • 3º ciclo do Ensino Básico
  • Ensino Secundário
  • Ensino Superior
  • tipo de ensino
  • Ensino Público
  • Ensino Privado
  • Oferta vs. Procura
  • Nº de estabelecimentos (oferta)
  • N.º de alunos (procura)
  • âmbito geográfico
  • Portugal Continental
  • Zona Norte
  • Municípios onde a empresa opera e áreas circundantes

Para além dessas diferenciações foram ainda refletidas as questões relacionadas com as Atividades Enriquecimento Curricular (AEC’s) e a Formação Profissional. A recolha de dados foi extensa, em alguns momentos efetuada ao pormenor, com dados numéricos, gráficos e a sua respetiva análise. Deste trabalho surgiu uma imagem mais clara da envolvente do ensino em Portugal. As alterações demográficas saltaram da teoria para a realidade numérica, as políticas da educação surgiram refletidas nos gráficos como pontos de inflexão de tendências, o sistema anterior em forma piramidal com uma base larga nos níveis de ensino mais baixos e estreito no nível superior transformou-se num sistema muito mais semelhante a um retângulo com um número semelhante (que não igual) de alunos ao longo de todo o processo educacional. A partir deste estudo pudemos identificar ou confirmar oportunidades e ameaças e verificar o poder construtivo ou destrutivo das políticas governamentais. Foi portanto um auxiliar precioso na elaboração das Análises SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats), e da Análise PESTAL (Fatores Políticos, Económicos, Sociais, Tecnológicos, Ambientais e Legais). Para além da literatura exposta em cima foi também recolhida uma série relevante de textos que foram anexados ao trabalho que dizem respeito à privatização do ensino, ao e-learning, às políticas europeias face ao multilinguismo e às políticas nacionais face especificamente ao ensino da língua inglesa. Face à diversidade e extensão da recolha de dados penso ser relevante referi-la nesta revisão:

  • “A privatização da qualidade na educação e as suas privatizações”.
  • “Avaliação Externa das Escolas – Relatório 2010-2011”.
  • “O conceito de CRM aplicado às Instituições de Ensino – SRM Student Relationship Management”.
  • “Do ensino em sala ao E-learning”.
  • “European Language Learning Materials Survey – Portuguese Study Report”.
  • “Imagens das Línguas Estrangeiras de alunos universitários Portugueses ”.
  • “Inventory of Language Certification in Europe – A Report to the European Commission – Diretorate General for Education and Culture”.
  • “Ensino Privado em Portugal: contributo para uma discussão”
  • Instituto Universitário de Lisboa (CIES), “Estudantes à entrada do Secundário – 2010/2011”.
  • Decreto-Lei nº 139/2012.
  • O projeto key for Schools Portugal.
  • Despacho nº 113838-A/2013.

Face a toda esta informação que foi compilada sistematicamente com um trabalho intensivo foi possível identificar algumas realidades que podem ser úteis para o presente ou para o futuro da Lancaster School. Foram identificados potenciais nichos de mercado, como por exemplo, o nicho formado pelos estudantes do ensino superior que, na sua maioria, não têm cursos de línguas nos seus currículos académicos. Mas, também foram identificadas ameaças latentes, por exemplo, as ameaças relacionadas com as iniciativas legislativas por parte do Ministério da Educação e Ciência que podem fazer diminuir em muito o número de potenciais clientes que necessitam de recorrer ao mercado do ensino privado de línguas.

2.3. Estratégia[editar código-fonte]

Em termos de estratégia empresarial foram referenciados dois livros que nos mostram realidades diferentes. A publicação Estratégia – Sucesso em Portugal (Freire, 1997) proporciona uma visão sobre o mercado português e sobre a adequação da estratégia empresarial à realidade nacional. Numa outra vertente foi também referenciado o livro Lean Startup (Ries, 2012) com ideias mais atuais e apresentando uma visão diferente da estratégia empresarial. O título do livro parece indicar que estamos perante uma obra vocacionada especificamente para startups. No entanto, nas suas páginas o autor demonstra como os princípios explicitados são passíveis de ser aplicados na grande maioria das empresas. Em alguns casos até poderão ser aplicados apenas em determinadas áreas de uma organização. As ideias discutidas neste livro são muito interessantes e em alguns momentos, são mesmo radicais. De entre essas ideias tenho que ressalvar:

  • Produto Minimamente Viável (PMV) – noção segundo a qual o produto não deve ser trabalhado até uma forma final, mas deve ser apresentado ao público assim que esteja numa fase minimamente viável. Assim podemos ter feedback dos clientes de forma mais rápida e podemos efetuar um pivot na estratégia numa fase muito mais inicial;
  • métricas de vaidade – vetores analíticos que não deveriam ser utilizados para calcular o sucesso da empresa, mas que o são por vaidade dos gestores;
  • papel do cliente em estudos de mercado – o autor discute a noção de que o cliente por vezes não revela a sua real opinião pois ainda não o pode fazer. O cliente só pode expressar verdadeiramente a sua opinião através de comportamentos e não de respostas a estudos de mercado;
  • Circuito de reação construir, medir, aprender ;

Podemos não concordar com as ideias que são explanados nesta obra. Mas elas têm o condão de nos fazer pensar sobre temas muitos interessantes e questionar variáveis consideradas como verdades absolutas no passado recente.

2.4. Finanças da empresa[editar código-fonte]

As diferentes empresas laboram em diferentes mercados, têm diferentes públicos-alvo, disponibilizam diferentes produtos e diferentes serviços e diferem entre si num número imenso de variáveis. No entanto, todas as empresas têm uma questão em comum. Todas têm que prestar atenção ao seu bem-estar financeiro sob risco de terem de fechar a sua atividade. As principais fontes de informação relativas a este tema foram três livros bastante conceituados na área em questão. Em primeiro lugar o livro que é por muitos considerado como a Bíblia nesta temática, o conhecidíssimo Principles of Corporate Finance (Brealey et al. 1996).

Para além dessa publicação foram também utilizados os livros Princípios de gestão financeira (Menezes, 1987) e o Microeconomia e comportamento (Frank, 1994). Os textos compilados permitiram analisar áreas relacionadas com a interação da oferta e da procura, e com a análise financeira com base em rácios. Neste último ponto também há a destacar o documento Análise de Rácios Financeiros (Bento Farinha, 1994). A análise financeira da empresa foi efetuada através do cálculo do ponto crítico previsional e a análise através de rácios financeiros foi efetuada a partir do cálculo do rácio de liquidez geral, do rácio de autonomia financeira e do return-on-equity. Os rácios foram escolhidos para que pudesse ser efetuada a análise em três níveis distintos:

  • Ao nível da solvabilidade – foi possível analisar a empresa no que diz respeito à sua capacidade de fazer face aos seus compromissos, especialmente os exigíveis no curto prazo;
  • Ao nível do endividamento – permitiu verificar qual o nível de autonomia financeira da empresa;
  • Ao nível da rentabilidade – permitiu verificar qual a taxa a que os capitais próprios da empresa estão a ser remunerados.

2.5. Marca[editar código-fonte]

Como foi extensamente referenciado no relatório a Lancaster King’s School começou como uma franchisada do Lancaster College. No entanto, incompatibilidades entre o franchisador e o franchisado levaram à emancipação da marca. Neste período de turbulência e dores de crescimento a empresa adquire primeiro a denominação de Yellow Exotic e só posteriormente faz a mutação final para a denominação corrente – Lancaster King’s School. Face a esta situação e a imbróglios jurídicos que dela decorreram (que terminaram apenas em dezembro de 2013) foi necessário equiparmos o grupo com literatura respeitante à gestão de marcas. A empresa estava assim a dar um passo precaucional face à possibilidade de haver uma sentença contraditória aos seus interesses, que forçasse a mudança de denominação, e por outro lado face à possibilidade de potenciais problemas no Lancaster College aconselharem ao rebranding para evitar um efeito de contágio. Com esses objetivos em mente foram identificadas três publicações com vista à agregação de informação sobre esta temática: A marca: Avaliação e gestão estratégica, (Serra et al. 1998), Strategic brand management: Building, measuring and managing brand equity (Keller, 2008) e Emotional Branding (Gobé, 2001). Analisada a conjuntura foi delineado que face às recentes alterações na marca da empresa efetuadas há relativamente pouco tempo, não seria aconselhável efetuar um novo rebranding neste momento. No entanto, essa possibilidade não está afastada no médio ou longo prazo. A empresa deve concentrar-se em estimular a fidelização por parte dos clientes. Nesse sentido já estão a ser dados passos para perceber melhor a razão para o elevado número de não renovações de matrículas que ocorrem todos os anos.  

2.6. Marketing[editar código-fonte]

A discussão que o grupo efetuou nos primórdios da consultoria à Lancaster School colocou o marketing como temática central no processo a desenvolver durante o próximo ano. Esse facto originou uma investigação de fontes relacionadas com a temática que focassem os aspetos mais importantes a ponderar e desenvolver. Inicialmente foram identificados dois livros base e que poderiam proporcionar uma visão abrangente do marketing, o Mercator XXI (Lindon et al. 2004) e o Marketing para o século XXI (Kotler, 1999). Como forma introdutória e mais simplificada da temática foi também considerado o livro Manual de introdução ao marketing (Coelho et al. 1998). Para além destas fontes de informação, foram identificadas outras referentes a processos mais específicos dentro do estudo do marketing. De entre estes podemos salientar as obras Plano de marketing, Estratégia em ação (Nunes et al. 2001), Do estudo do Mercado ao Plano de Marketing (Thuilier, 1995), Marketing estratégico (Lambin, 2000), Marketing sustentável (Filho, 2008). Munidos com estas ferramentas, associadas à procura de outras fontes de informação, como sejam os artigos seminais dos temas (Borden e o Marketing-Mix e Pareto e a Curva ABC), foi possível começar a análise da empresa do ponto de vista de variáveis analíticas clássicas do marketing. Neste ponto do percurso foram identificados e discutidos o Marketing-Mix (Borden, 1964), a matriz BCG , o ciclo de vida do produto e a curva ABC (Pareto, 1971). De entre as variáveis explicitadas em cima começaria por falar daquela que acabou por não surgir no trabalho, apesar de ter sido um assunto visitado e revisitado em inúmeras ocasiões – a matriz BCG. Esta matriz, divide os produtos ou serviços de uma empresa em quatro quadrantes distintos. Estes quadrantes são identificados com nomes sugestivos como Dilemas ou Question Marks, Estrelas ou Stars, Vacas Leiteiras ou Cash Cows e Cães Rafeiros ou Dogs.

Os quadrantes da matriz representam produtos com caraterísticas distintas, a saber:

  • Dilemas – produtos ou serviços inseridos num mercado com uma taxa de crescimento elevada e onde não somos líderes de mercado;
  • Estrelas – produtos ou serviços inseridos num mercado em rápido crescimento e onde a empresa é líder de mercado;
  • Vacas Leiteiras – produtos ou serviços inseridos num mercado com uma baixa taxa de crescimento e onde somos líderes de mercado
  • Cães rafeiros – produtos ou serviços inseridos num mercado com uma baixa taxa de crescimento e onde não somos líderes de mercado.

Foi considerado que esta análise produziria uma base informativa interessante sobre o posicionamento no mercado das diferentes línguas lecionadas pela Lancaster School. No entanto, as variáveis necessárias para efetuar esta análise, a taxa de crescimento do mercado onde se insere o produto (ou serviço) e a quota relativa de mercado do produto (ou serviço) são difíceis de calcular pois não existem dados sobre estas realidades. A hipótese de estimar as variáveis por parte da Lancaster School, como agente ativo no mercado em causa, foi ponderada mas, foi considerado que neste momento essa estimativa não garantiria os parâmetros de qualidade necessários para ser incluída no relatório. No entanto, a tentativa de recolha de informação, para garantir uma estimativa mais fidedigna não foi ainda abandonada. A menção da matriz BCG enquanto variável puramente teórica foi abandonada. Penso que essa análise é mais conducente com uma revisão da literatura do que com um relatório que é um documento muito mais prático e empírico. Os outros três pontos supracitados foram inseridos no documento R1. O ciclo de vida foi analisado, para realçar algumas diferenças existentes entre o ciclo de vida de um produto e o ciclo de vida de um serviço (caso da empresa a analisar). O Marketing-Mix e a Curva ABC foram explorados em conformidade com as caraterísticas próprias da empresa tendo permitido que diversas questões aflorassem a partir dessa análise. Com a empresa mais atenta às formas como pode influenciar o comportamento do consumidor tornou-se mais fácil identificar potenciais estratégicas a utilizar no futuro. A literatura também tornou claro que as empresas devem concentrar as suas energias não na maximização das vendas ou prestações de serviços, e por conseguinte nos lucros, mas sim na satisfação dos clientes e portanto na sustentabilidade futura da atividade da firma (este tema será mais desenvolvido no ponto 2.10).

2.7. Método ABP[editar código-fonte]

O método ABP segue uma metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas. O seu nome deriva da tradução da abordagem Problem Based Learning iniciada nos finais da década de 1960, em Ontário no Canadá. Esta metodologia assenta as suas bases numa dinâmica muito particular que põe o aluno no centro do processo. Os alunos são orientados pelo docente e devem por eles próprios reconhecer os problemas, discutir entre si, alinhavar estratégias e recomendações e até mesmo adquirir competências que permitam resolver a questão que está na génese do problema. O livro utilizado para melhor compreender este método foi o “Estudos de caso: O Método ABP Caso Home Concept” (Peixoto et al. 2006) .

2.8. Sistemas de Informação[editar código-fonte]

A Lancaster King’s School tem uma distribuição geográfica significativa com nove filiais, para além da sede, que colocam o diâmetro de ação da empresa em torno dos 275Kms (entre as filiais mais longínquas Fafe e Proença-a-Nova). Havendo a necessidade de controlar a operacionalidade das filiais e sendo virtualmente impossível fazer esse controlo por presença física será necessário fortificar os sistemas informáticos de ligação entre as mesmas. Esta realidade geográfica faz também com que haja uma distância entre os proprietários e os seus clientes. Nesse sentido foram selecionados duas obras que poderiam ajudar os proprietários a considerar a adoção de um CRM (Customer Relationship Management) ou pelo menos a adotar algumas das medidas que costumam estar presentes neste tipo de software. Os textos escolhidos foram “O conceito de CRM aplicado às instituições de ensino - (SRM “Student Relationship Management”)” de Moacyr Galo Júnior e o “CRM: Conceitos e métodos de aplicação no Marketing de relacionamento” (Júnior et al. 2005).

2.9. Situações Didáticas[editar código-fonte]

Sempre com a melhoria da qualidade de ensino em perspetiva foi referenciado o texto de Freitas, J.L.M. Situações Didáticas. In: Machado, SDA et al. (1999). Esta referência insere-se mais uma vez na tentativa contínua, por parte da empresa, em proporcionar aos seus alunos o melhor serviço possível e poderá ser útil para os próprios professores da instituição.

2.10. Sustentabilidade das Organizações[editar código-fonte]

Nos dias que correm quando se pronuncia a palavra “sustentabilidade” pensa-se quase automaticamente no significado da palavra associado à questão ecológica. Mas a sustentabilidade organizacional, embora englobe essa vertente, vai muito para além desse significado mais restrito. A sustentabilidade está relacionada com a capacidade de uma organização de subsistir ao longo do tempo. Durante um período de tempo bastante largo as preocupações das organizações eram direcionadas apenas e só para a maximização do lucro. Segundo esse prisma qualquer tipo de gasto que não fosse essencial para a otimização dos processos produtivos e de vendas era considerado supérfluo e deveria ser evitado. O tempo veio provar que esse tipo de estratégia tende a fracassar no longo prazo. As empresas começam, então, a reconhecer que devem ter atenção a questões ecológicas, devem de fomentar a motivação dos empregados e devem acarinhar os clientes. A ideia central do processo decisório deixa de ser “Como fazer a maior quantidade de dinheiro no mais curto espaço possível?” para ser transformar numa visão de longo prazo onde os custos no presente são aceites se contribuírem para a perpetuação futura da organização. No sentido de proporcionar algum suporte teórico àquilo que se tornou senso comum nos tempos que correm foram referenciados: “Sustentabilidade” de Cristina Brunet Figueiredo em Revista E&PNews, nº3 (2008) e “A sustentabilidade das organizações e a gestão da ética, transparência e responsabilidade social corporativa” de Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D.SC.; Cid Alledi, M.SC.  

3. Considerações finais[editar código-fonte]

Em jeito de conclusão podemos concluir que as obras referenciadas foram bastante importantes durante o processo de consultoria da Lancaster King’s School. Em determinadas situações, o conhecimento sobre determinada temática, já existia dentro das competências dos elementos do grupo. A procura de literatura de suporte foi portanto mais direta pois já existia a noção de quais as obras mais relevantes. Mas existiram também ocasiões onde foi necessário adquirir novos conhecimentos para poder prestar um melhor serviço à empresa no cerne da análise. Nessas ocasiões foi mais complicado conseguir buscar e reconhecer quais as melhores obras para referenciar no trabalho efetuado. Mas essas foram as descobertas mais aliciantes. 

4. Bibliografia e Cibergrafia[editar código-fonte]

4.1. Bibliografia[editar código-fonte]

SPRINTHALL, N; SPRINTHALL, R. (1993) Psicologia educacional. Mcgraw Hill

VAYER, PIERRE; RONCIN, CHARLES (1988) Psicologia Atual e Desenvolvimento da criança. Coleção: Epigénese e desenvolvimento. Instituto Piaget

PAPALIA, DIANE; OLDS, SALLY WENDKOS; FELDMAN, RUTH DUSKIN (2001) O mundo da Criança. 8º Edição. Mc Graw Hill

GONÇALVES, SUSANA. Teorias da aprendizagem, práticas de ensino. ESEC.2001

PIMENTEL FILHO, ALBERTO, 1875- Lições de pedagogia geral e de história da educação / Alberto Pimentel Filho. - 2ª Ed. - Lisboa

GOMES, JOSÉ FERREIRA. Análise das fraquezas e ameaças ao sistema de ensino superior português. Universidade do Porto,2003

FREIRE, A., Estratégia – Sucesso em Portugal. Verbo, 1997. ISBN: 972-22-1829-B;Cota do ISEC: 2ª-1-85.

RIES, ERIC, Lean Startup. Prime Books, 2012. ISBN: 978-989-655-175-9

BREALEY, RICHARD A.; MYERS, STEWART C. (1996) Principles of corporate finance, McGraw Hill, ISBN 0-07-007417-8

MENEZES, H. CALDEIRA; Princípios de Gestão Financeira (1987), Editorial presença

FRANK, ROBERT H.; Microeconomia e comportamento (1994), McGraw Hill, ISBN: 972-9241-38-4

SERRA E., GONZALEZ J., A MARCA - Avaliação e Gestão Estratégica, Editorial Verbo, Lisboa, 1998

KELLER, KEVIN LANE;STRATEGIC BRAND MANAGEMENT – Building, Measuring, and Managing Brand Equity, 3ª Edição: Pearson Prentice Hall, 2008

GOBÉ, MARC “Emotional Branding” Allworth Press New York 2001 ISBN 1-58115-078-4

LINDON D., LENDREVIE J., LÉVY J., DIONÍSIO P., RODRIGUES J., MERCATOR XXI, TEORIA E PRÁTICA DO MARKETING, 10.ª EDIÇÃO, DOM QUIXOTE, LISBOA, 2004

NUNES J., CAVIQUE L., Plano de marketing, estratégia em Ação, Dom Quixote, Lisboa, 2001

FILHO, MAURO BAPTISTA. Marketing Sustentável, CUMS. 2008

KOTLER, PHILIP: Marketing para o Século XXI: Como Criar, Conquistar e Dominar Mercados., 6ª ed. 1999.

LAMBIN, JEAN-JACQUES; Marketing Estratégico. McGraw-Hill, 2000

THUILLIER, PIERRE, Do estudo do Mercado ao Plano de Marketing, Edições Cetop, 1995

COELHO, CASTRO; CORREIA VITOR - Manual de Introdução ao Marketing (1998) ISBN 972-8530-00-5

PEIXOTO, J. P. (2006). Estudos de Caso: O Método ABP Caso Home Concept. Edição Casos do IESF. Espaço Atlântico

JÚNIOR, MOACYR GALO. O conceito de CRM aplicado às instituições de ensino (SRM “Student Relationship")

JÚNIOR, ATLIO GARRAFONI; SANTADE, HÉLIO OLIVA; PIZZINATTO NADIA KASSOUF; FARAH OSVALDO ELIAS. CRM: Conceitos e métodos de aplicação no Marketing de relacionamento. Publicação: revista gestão industrial, N3. 2005.

Freitas, J.L.M. Situações Didáticas. In: MACHADO, S.D.A. et ali (1999)

FIGUEIREDO, CRISTINA BRUNET. Sustentabilidade. Revista E&PNews, nº3 (2008).

OSVALDO LUIZ GONÇALVES QUELHAS, D.SC.; CID ALLEDI, M.SC. A sustentabilidade das organizações e a gestão da ética, transparência e responsabilidade social corporativa.

BORDEN, NEIL H.; “The concept of the Marketing Mix”, Journal of Advertising Research (Junho de 1964), pp. 197-208

GRACIOSO F., Marketing Estratégico; Planeamento Estratégico orientado para o mercado, 6.ª edição, Atlas, Lisboa, 2007

PARETO, VILFREDO; PAGE, ALFRED N. (1971), Translation of Manuale di economia politica ("Manual of political economy"), A.M. Kelley, ISBN 978-0-678-00881-2´

4.2. Cibergrafia[editar código-fonte]

Gesdaq – 11/11/2013 21h37m www.gesdaq.pt

Comissão Europeia de Línguas – 15/11/2013 22h26m http://ec.europa.eu/languages/eu-language-policy/studies_pt.htm

Relatório de Portugal – 16/11/2013 20h34m http://ec.europa.eu/languages/documents/report-portug_en.pdf

Inventory of Language Certification in Europe – 16/11/2013 22h34m http://ec.europa.eu/languages/documents/inventory_en.pdf

50 formas de motivar o estudo – 16/11/2013 23h15m http://ec.europa.eu/languages/documents/lingo-ways_en.pdf

Effects on the European Union Economy of Shortages of Foreign Language Skills in Enterprise (ELAN) – 07/12/2013 14:08m http://ec.europa.eu/languages/documents/elan-effects_en.pdf

Políticas de educação de adultos e o ensino/aprendizagem das línguas estrangeiras – 07/12/2013 15h10m http://ec.europa.eu/education/languages/archive/policy/consult/action_pt.pdf

The main pedagogical principles underlying the teaching of languages to very young learners – 09/12/2013 22h04m http://ec.europa.eu/languages/documents/doc425_en.pdf

Avaliação externa das escolas 2010/2011 – 09/12/2013 23h05m http://www.ige.min-edu.pt/upload%5CRelatorios/AEE_2010_2011_RELATORIO.pdf

Benchmarking e as escolas – 09/12/2013 23h50m http://www.ige.min-edu.pt/site_atividadev2/benchmarking_texto.htm

Ensino Privado em Portugal – Contributo para uma discussão – 10/12/2013 19h54m http://hdl.handle.net/10071/774

Dissertação Mestrado - BSC na Gestão do Desempenho do Ensino Secundário Público – 10/12/2013 21h00m http://hdl.handle.net/10400.2/1709

Desafios para o ensino aprendizagem de línguas e culturas estrangeiras em Portugal – 10/12/2013 21h15m www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC19/19-arquivo.pdf

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