Vênus de Dolní Věstonice

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Vênus de Dolní Věstonice

A Vênus de Dolní Věstonice (em tcheco: Věstonická Venuše) é uma estatueta de terracota de uma figura feminina (Vênus), datada entre 29000 a.C. e 25000 a.C. (manufaturas gravettenses), que foi encontrada no sitio arqueológico de Dolní Věstonice paleolítico situado na aldeia homônima (a sul de Brno, na República Tcheca).

Esta conhecida Vênus apareceu nas primeiras campanhas. Mede 111 milímetros de altura (embora faltem parte das extremidades inferiores), e 43 mm de largura. Esta estatueta poderia ser uma das evidências mais antigas da cerâmica. Tem a cabeça sem pormenor algum, exceto duas incisões que poderiam representar os olhos. Os braços apenas são esboçados, por outro lado os grandes peitos, o umbigo e a linha inguinal foram elaborados com muito detalhe. Embora perdesse os pés, parece que teve um extremo inferior pontiagudo.

Os últimos estudos chegaram a localizar uma impressão digital (marcada na argila antes da cocção) que, aparentemente, pertenceu a um menino dentre sete e quinze anos (porém, não se acredita que fosse o autor).

As escavações, além disso, poderiam tirar à luz a oficina de um artista paleolítico, pois esta figura é uma mais entre centenas que apareceram na segunda moradia (ursos, mamutes, cavalos, raposas, rinocerontes, mesmo uma coruja; além de outras figuras femininas, algumas muito estilizadas) com mais de 2000 bolas de argila sem moldar:[1]

Conservação[editar | editar código-fonte]

A Vênus de Dolní Věstonice está no Museu de Brno. Devido à sua delicadeza, não é exposta ao público, mas apenas uma réplica.

No mesmo sítio de Dolní Věstonice apareceram várias esculturas de marfim, entre elas vários rostos muito realistas,[2] bem como um boneco masculino articulado.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. RIPOLL PERELLÓ, Eduardo: Historia del arte (n.º 3: El arte paleolítico), p. 98. Madrid: Historia 16, 1989. ISBN 84-7679-157-7.
  2. Tal é a sua perfeição que durante muito tempo foram consideradas falsificações. Contudo, uma análise de espectrometria de massas realizada pelo Centro de Tecnologia Espacial da Universidade de Kansas (Estados Unidos), determinou a sua autenticidade e a sua antiguidade de 26 000 anos

Ver também[editar | editar código-fonte]