Via XVII
Via XVII | |
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Ponte de Trajano, ponte romana da via XVII em Chaves | |
Nomes alternativos | Via Augusta XVII |
Início da construção | Entre os anos 5 e 2 A.C. |
Função inicial | Via militar |
Função atual | Trilho GR 117 |
Património Nacional | |
Classificação | Imóvel de Interesse Público (Póvoa de Lanhoso) |
Ano | 1940 |
DGPC | 72367 |
Geografia | |
País | Portugal/Espanha |
Cidade | Braga até Astorga |
A Via XVII era uma via romana do Itinerário Antonino que ligava as cidades de Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga) passando pela cidade de Aquae Flaviae (Chaves), num total de 247 milhas romanas (cerca de 365 km). É a mais antiga das vias romanas do noroeste peninsular, sendo edificada no tempo de Augusto entre 5 e 2 a.C.[1] Ainda hoje se preservam 80 miliários desta via, parte deles recolhidos no Museu D. Diogo de Sousa e no Museu da Região Flaviense. A fim de percorrer os caminhos da antiga via, foi criada a Grande Rota 117 de Braga até São Julião de Palácios, Bragança (para Portugal).[2]
Percurso[editar | editar código-fonte]
No itinerário de Antonino são citadas as seguintes etapas (mansões) [nota 1] para a Via XVII, o percurso está também descrito no Itinerário de barro encontrado em Astorga:
Mansio | Milhas romanas entre cada
(1 milha de 1480 m a 1850 m) |
Povoações actuais[1] |
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1 Bracara Augusta | Braga (Portugal) | |
2 Salacia | XX | Castro de Vieira do Minho |
3 Praesidio | XXVI | Castro de Valongo, Vila da Ponte |
4 Caladuno | XVI | Castro de Pedrario, aldeia de Arcos, Cervos |
5 Ad Aquas ou Aquae Flaviae | XVIII | Chaves |
6 Pinetum | XX | Castro de Cabeço da Muralha, Alvarelhos |
7 Reboretum | XXXVI | Castro de Ousilhão, Nunes |
8 Compleutica | XXIX | Castro de Avelãs, Bragança |
9 Veniatia | XV | Castro de La Imena, Figueruela de Arriba |
10 Petavonium | XXVIII | Rosinos de Vidriales, Santibáñez de Vidriales |
11 Argentolium | XV | Tabuyuelo de Jamuz, Quintana y Congosto |
13 Astúrica Augusta | XXIV | Astorga |
Classificação[editar | editar código-fonte]
A via não está classificada no seu todo, mas por pequenas porções como por exemplo na Póvoa de Lanhoso (Imóvel de Interesse Público), em Chaves (Ponte Trajano, Monumento Nacional), e alguns miliários como o de Vilarandelo (Imóvel de Interesse Público).
Fotografias[editar | editar código-fonte]
Via XVII na Póvoa de Lanhoso, Braga
Cópia do Padrão dos Povos na ponte Trajano de Chaves
Miliário em Vilarandelo, Valpaços, Vila Real.
Ponte de Gimonde (Ponte velha), Bragança.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Via XVIII ou Via Nova (Geira)
- Via XIX
- Itinerário de Astorga ou Itinerário de barro.
Bibliografía[editar | editar código-fonte]
- Antonio Rodríguez Colmenero, Santiago Ferrer Sierra e Rubén Álvarez Asorey (2004): Miliarios e outras inscricións víarias romanas do Noroeste hispánico (conventos bracarense, lucense e asturicense) PDF (Galego). Santiago de Compostela: Consello da Cultura Galega.
- A estrada militar romana de Braga a Astorga por Bragança, na revista do Archeologo Português
Notas
- ↑ As mansões eram paragens com estalagens e instalações para viajantes do serviço dos correios romanos (Curso público)
Referências
- ↑ a b Rodríguez Colmenero, Antonio; Ferrer Sierra, Santiago; Álvarez Asorey, Rubén (2004). Consello da Cultura Galega, ed. Miliarios e outras inscricións viarias romanas do Noroeste hispánico (conventos bracarense, lucense e asturicense) (em galego). Santiago de Compostela: [s.n.] ISBN 84-95415-87-9
- ↑ We Braga (ed.). «GR 117 (Via RomanaXVII)». Consultado em 2 de outubro de 2021