Vilar de Nantes
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Freguesia | ||||
Vilar de Nantes | ||||
Localização | ||||
Localização de Vilar de Nantes em Portugal | ||||
Coordenadas | 41° 42′ 59″ N, 7° 26′ 57″ O | |||
Região | Norte | |||
Sub-região | Alto Tâmega | |||
Distrito | Vila Real | |||
Município | Chaves | |||
Código | 170344 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 7,28 km² | |||
População total (2021) | 1 898 hab. | |||
Densidade | 260,7 hab./km² | |||
Código postal | 5400_580 | |||
Outras informações | ||||
Orago | São Salvador | |||
Sítio | Vilar de Nantes |
Vilar de Nantes é uma freguesia portuguesa do município de Chaves, com 7,28 km² de área[1] e 1898 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 260,7 hab./km².
Povoações
[editar | editar código-fonte]A freguesia é composta pelas povoações de Cascalho, Fonte Carriça, Lombo, Nantes, Santa Ovaia, Seixal, Sobreira, Vale de Zirma e Vilar de Nantes e tem São Salvador como orago.[3]
Toponímia
[editar | editar código-fonte]De acordo com o linguista português, José Pedro Machado, a origem do topónimo desta localidade provém do latim tardio Villa Nantis, que significa «quinta ou herdade de Nanto», pelo que «Nanto» seria o nome de um antigo povoador ou senhor daquelas terras.[4]
Demografia
[editar | editar código-fonte]A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[6] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 337 | 316 | 1079 | 385 |
2011 | 263 | 235 | 1124 | 462 |
2021 | 185 | 186 | 940 | 587 |
Economia
[editar | editar código-fonte]Tradicionalmente, as atividades económicas desenvolvidas pelas gentes da terra contavam com:
- A agricultura, essencialmente para consumo próprio, com a criação de pequenos excedentes para trocas, por vezes diretas, nas feiras locais
- A pecuária, com especial relevância para a criação do porco e do borrego (cordeiro é o termo usado na terra para este animal), sem esquecer os pequenos animais de capoeira, como a galinha, o pato e o coelho
- A cestaria de madeira de Castanho, com a criação de cestos utilitários para o dia-a-dia, trocados muitas vezes nas feiras
- A cerâmica de barro preto, talvez o produto artesanal mais típico da terra, produzindo várias peças de uso corrente nas casas da região, como o pote, a caneca, a malga, o cântaro, os talhotes, etc.
Mais tarde, e aproveitando a abundância e qualidade das argilas do Vale de Chaves e da madeira da região, especialmente da serra do Brunheiro, a nascente de Vilar, desenvolveu-se uma indústria de cerâmica na região, para a produção de materiais de construção, nomeadamente telhas e tijolos.
Hoje em dia, as atividades económicas tradicionais perderam a sua importância, persistindo apenas para consumo próprio ou como expressão cultural e turística, especialmente a loiça de barro preto, e os serviços adquiriram maior importância, essencialmente desenvolvidos na cidade de Chaves. A indústria cerâmica ainda existe, embora em menor expressão.
Património Arquitetónico
[editar | editar código-fonte]- Capela do Senhor da Esperança;
- Igreja Matriz;
- Capela do Divino Espírito Santo;
- Casa dos pais e avós de Camões;
- Ruínas do convento franciscano;
- Capela de Santa Ana;
- Escola primária José Gomes com uma torre sineira.
"Em 1880 a junta Paroquial de Vilar de Nantes faz uma representação a sua majestade o rei D. Carlos I".
Artesanato Local
[editar | editar código-fonte]O artesanato produzido na região conta essencialmente com dois produtos típicos, usados tradicionalmente como utilitários no dia-a-dia e hoje convertido em produtos de índole turística:
- Os cestos de madeira de Castanho bravo, produzidos a partir de castanho previamente humedecido em tanques, para ganhar maleabilidade e facilidade de manipulação
- As peças de barro preto semelhantes na cozedura às produzidas em Bisalhães, sendo as vila-realenses consideradas Património Cultural Imaterial da UNESCO. O barro é retirado das terras do vale de Chaves, nomeadamente da zona designada por lameiros do aeroclube e dos Barreiros das Cerâmicas, amassado e homogeneizado, tradicionalmente por processos manuais, usando como utensílio uma barra de ferro (foice), e trabalhado pelo artífice (artesão conhecido por pucareiro de Vilar) numa roda giratória até obter a peça pretendida. Esta, em seguida, é seca ao ar e cozida em fornos de lenha fechados, a uma temperatura que atinge os 1000 graus Celsius, o que, juntando ao facto de ser abafado produz uma atmosfera redutora provocando a inversão da sílica, o que lhe dá a cor negra ou cinzenta de acordo com a redução provocada, contrariando assim os pensamentos antigos de que a giestas típicas da região como parte do combustível, dá às peças a sua característica cor preta.
Festas e Romarias
[editar | editar código-fonte]- Festa do Divino Espírito Santo, que se realiza sete semanas depois da Páscoa
- Senhora da Esperança, que se realiza em agosto
- Festa de Santa Ana, que se realiza a 29, 30 e 31 de julho
- Festa do São João no Largo do Tanque e também São Martinho
Referências
- ↑ «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013
- ↑ a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos»
- ↑ «Paróquia de Vilar de Nantes». Arquivo Distrital de Vila Real. Consultado em 2 de Novembro de 2013
- ↑ Infopédia. «Nantes | Definição ou significado de Nantes no Dicionário Infopédia de Toponímia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 7 de outubro de 2021
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022