Villa Medicea della Topaia
A Villa Medicea della Topaia é um palácio italiano situado em Castello, entre Florença e Sesto Fiorentino, a breve distância da Villa Medicea di Castello e da Villa Medicea La Petraia, e representava sobretudo um pavilhão de caça no imenso parque entre as duas villas principais.
A villa foi edificada, sobre um preexistente edifício rústico, por Cosme I, antes de 1550. O próprio grão-duque concedeu o uso desta villa a dois eruditos, Scipione Ammirato e Benedetto Varchi, que aqui escreveram as Storie fiorentine ("histórias florentinas").
Pela descrição de Varchi veio a saber-se como esta villa era tão pequena em relação às outras propriedades, mas completa em todos os elementos de residência senhorial: com um amplo salão central, uma loggetta, uma capela, um mezzanino para o guarda-roupa e a criadagem, uma horta e um jardim com "pratello" (prado).
O nome da villa, não propriamente celebrativo, foi mudado pelos escritores para Cosmiana, em honra do seu mecenas.
Foi usada como pousada até à época de Cosme III, o qual providenciou uma reestruturação geral do edifício, transformando-o num pavilhão de caça e de repouso, onde descansar durante as visitas às vinhas nas herdades de Castello e La Petraia. O grão-duque era apaixonado pelas ciências naturais, mandando instalar aqui uma espécie de jardim botânico, potenciado pelo número e variedade das espécies cultivadas, com o desejo de reunir "todo o tipo de frutos, de citrinos, de uvas e de flores que até agora se puderam encontrar, tanto naturais, como também extravagâncias e bizarros abortos da natureza". Portanto, um lugar também de capriccio segundo o gosto tipicamente barroco da época. No interior da villa mandou reproduzir, pelo pintor Bartolomeo Bimbi, a cópia em tamanho natural de tais plantas.
Também a loggetta central na fachada data deste período, decorada com molduras quadradas ("à serliana"), assim como a pequena gruta que serve de introdução ao nível superior do jardim.
Na primeira metade do século XIX, os Lorena dividiram o edifício em duas partes distintas; uma para uso da corte grão-ducal e a outra para uso da família dos colonos que trabalhavam e cuidavam da herdade.
Vítor Emanuel III, depois dos Saboia terem herdado todas as propriedades das casas reinantes dos antigos estados italianos, na sequência do Risorgimento, cedeu-a ao Estado Italiano em 1919.
Por sua vez, o governo destinou-a à Opera Nazionale Combattenti (Obra Nacional dos Combatentes), pela qual foi vendida novamente a privados, que a conservam em seu poder até hoje. A villa não é visitável pelo público.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Isabella Lapi Bini, Le ville medicee. Guida Completa, Giunti, Florença, 2003.
- Daniela Mignani, Le Ville Medicee di Giusto Utens, Arnaud, 1993.
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