Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Fronteira interna alemã

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sinal de aviso de fronteira do lado da Alemanha Ocidental e instalações da Alemanha Oriental em Schlagsdorf, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental

A fronteira interna alemã (em alemão: Innerdeutsche Grenze, Deutsch-Deutsche Grenze, ou informalmente Zonengrenze) foi um extenso sistema de fortificações que percorria os 1382 km de comprimento da fronteira entre a Alemanha Oriental (República Democrática Alemã, ou RDA) e a Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha, ou RFA), estendendo-se do Mar Báltico até à Checoslováquia.

A fronteira estabeleceu-se formalmente em 1 de julho de 1945 separando a Alemanha controlada pelos Aliados e a Zona de ocupação soviética. Junto a ela, mais de um milhão de militares da NATO e do Pacto de Varsóvia aguardaram durante anos um possível rebentamento de um conflito.

Entre 1952 a 1990, durante a Guerra Fria, o sistema fronteiriço foi usado pelo governo da Alemanha Oriental para evitar que os seus cidadãos fugissem para a Alemanha Ocidental. Era formada por cercas, muros, vedações, arame farpado, campos minados, valas e outros obstáculos, sendo patrulhada por cerca de 50 000 militares da Alemanha Oriental com ordens de atirar a matar (a célebre Schießbefehl ou "Ordem 101"), auxiliados por cães de guarda, alarmes elétricos, torres de vigilância e sistemas de armamento automático, face a dezenas de milhares de militares da Alemanha Ocidental, Estados Unidos da América e Reino Unido. Cerca de 1000 pessoas morreram ao tentar atravessar a fronteira durante os seus 45 anos de existência. A fronteira causou enormes alterações na economia e sociedade alemãs, em ambos os lados. Os leste-alemães sofreram em especial restrições draconianas diversas. (leia mais...)