Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Palácio Nacional da Pena

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O Palácio visto de Sul.

O Palácio Nacional da Pena, localizado na histórica vila de Sintra, representa uma das melhores expressões do Romantismo do século XIX em Portugal. Este monumento foi mandado construir por D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, que casou com a Rainha Maria II em 1836. Dotado de uma educação muito completa, o futuro Rei Fernando II depressa se apaixonou por Sintra e, enquanto visitava a montanha pela primeira vez, avistou as ruínas do antigo Convento dos Frades Hieronimitas, erguido no reinado de D. João II, sendo substancialmente transformado pelo rei Manuel I de Portugal que, no cumprimento de uma promessa, ordenou a sua reconstrução de raiz, em homenagem a Nossa Senhora da Pena, doando-o de volta à Ordem dos Monges de São Jerónimo.

Com o Terramoto de 1755, que devastou Lisboa e toda a região circundante, o convento da Pena caiu em ruínas. Foram estas ruínas, no topo escarpado da Serra de Sintra, que maravilharam o jovem príncipe D. Fernando que, em 1838, decidiu adquirir o velho convento, toda a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e outras quintas e matas circundantes. Cedo iniciou as obras de consolidação do velho convento, dotando-o de novos acessos em túnel. Em 1840, dois anos antes que Varnhagen desse à estampa a sua colecção de artigos sobre os Jerónimos, o príncipe D. Fernando decide a ampliação do Convento de forma a construir um verdadeiro paço acastelado romântico, residência de verão da família real portuguesa.

O Palácio, em si, é um edifício ecléctico onde a profusão de estilos e o movimento dos volumes são uma invulgar e excepcional lição de arquitectura.