Graúna-de-cabeça-amarela

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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Icteridae
Género: Xpanthocephalus
Bonaparte, 1850
Espécie: X. xanthocephalus
Nome binomial
Xanthocephalus xanthocephalus
Bonaparte, 1826
Distribuição geográfica
Distribuição de X. xanthocephalus   Reprodução   Invernante   Residente
Distribuição de X. xanthocephalus
  Reprodução
  Invernante
  Residente

A graúna-de-cabeça-amarela (Xanthocephalus xanthocephalus)[2] é uma espécie de ave pertencente à família Icteridae nativa da América do Norte, ocorre desde o Canadá até o México. É o único membro do gênero Xanthocephalus.[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Medidas[4]

  • Comprimento: 21-26 cm
  • Peso: 44-100 g
  • Envergadura: 42-44 cm

As graúnas-de-cabeça-amarela[5] são consideradas icterídeos relativamente grandes. Seu nome científico deriva da palavras gregas para amarelo, xanthous, e da palavra para cabeça, cephalus.[5] Os adultos têm um bico pontiagudo. O macho adulto é principalmente preto com cabeça e peito amarelos; possuem uma mancha branca debaixo da asas visível apenas em vôo. A fêmea adulta é marrom com garganta e peito amarelos opacos. Os indivíduos imaturos de ambos os sexos são marrons com plumagem amarela mais opaca em comparação com os machos adultos. Os machos imaturos também têm algumas manchas brancas na asa.[6] Se assemelham ao iratauá-pequeno da América do Sul.

Essas aves comem sementes durante a maior parte do ano e insetos durante os meses de verão.[7] Forrageiam especialmente em alagados, nos campos ou no chão; às vezes pegam insetos em vôo. Os girassóis são um dos principais alimentos entre as graúnas-de-cabeça-amarela das Grandes Planícies do Norte, com um estudo indicando que os machos comem mais girassol do que grãos e as fêmeas mais grãos do que o girassol.[8] Alguns métodos de coleta de alimentos envolvem virar pedras, pegar insetos do topo da água e forragear. Os métodos de forrageamento ocorrem em terras altas, com o bando tomando uma formação "rolante" em que as aves voam da parte de trás para a frente do bando para se alimentar. Indivíduos fêmeas alimentam os filhotes principalmente de insetos da ordem Odonata, que inclui as libélulas.[9] Fora do período de nidificação, muitas vezes se alimentam em bandos, muitas vezes com espécies relacionadas.

Incidente[editar | editar código-fonte]

Os meios de comunicação informaram que em 7 de fevereiro de 2022; várias graúnas-de-cabeça-amarela migrando para Chihuahua, México, foram vistas caindo mortas no início da manhã.[3]

Está sendo especulado pela mídia e testemunhas oculares, que os pássaros podem ter morrido após inalar fumaça tóxica de um aquecedor próximo ou por causa de uma sobrecarga de cabos elétricos, ou um rapinante predador os perseguindo.[3]

O misterioso incidente já aconteceu antes, na cidade de Cuauhtémoc, no norte do México.[3]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. BirdLife International (2016). «Xanthocephalus xanthocephalus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22724169A94852992. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22724169A94852992.enAcessível livremente. Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  2. Paixão, P. (2021). Os Nomes Portugueses deas Aves de Todo o Mundo: Projeto de Nomenclatura (PDF) 2.ª ed. [S.l.]: a separata, n.º 1, suplemento d’«a folha» n.º 66. p. 308. ISBN 978-989-33-2134-8. ISSN 1830-7809 
  3. a b c d «Entenda o que levou à morte centenas de pássaros no norte do México». G1. Consultado em 16 de fevereiro de 2022 
  4. «Yellow-headed Blackbird Identification, All About Birds, Cornell Lab of Ornithology». www.allaboutbirds.org (em inglês). Consultado em 30 de setembro de 2020 
  5. a b Twedt, Daniel J. "Ecology of yellow-headed blackbirds."
  6. «Yellow-headed Blackbird Identification, All About Birds, Cornell Lab of Ornithology». www.allaboutbirds.org (em inglês). Consultado em 30 de setembro de 2020 
  7. «Yellow-headed Blackbird Life History, All About Birds, Cornell Lab of Ornithology». www.allaboutbirds.org (em inglês). Consultado em 10 de novembro de 2021 
  8. Twedt, Daniel J., William J. Bleier, and George M. Linz.
  9. Ward, Michael P. (1 de outubro de 2005). «Habitat selection by dispersing yellow-headed blackbirds: evidence of prospecting and the use of public information». Oecologia (em inglês). 145 (4): 650–657. ISSN 1432-1939. doi:10.1007/s00442-005-0179-0