Aníbal Mattos: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Dbastro (discussão | contribs)
m ajustes usando script
Adicionei referências sobre a atuação no campo da paleontologia.
Linha 1: Linha 1:
{{Mais notas|data=setembro de 2019}}
{{Mais notas|data=setembro de 2019}}
{{Info/Biografia/Wikidata}}
{{Info/Biografia/Wikidata}}
'''Aníbal Mattos''' ([[Vassouras]], [[26 de outubro]] de [[1886]] - [[Belo Horizonte]], 26 de junho de [[1969]]) foi um [[Pintura|pintor]], [[Crítica de arte|crítico]], escritor, teatrólogo, historiador, promotor cultural e professor de artes.<ref>{{citar web|url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2552/anibal-mattos|titulo=Aníbal Mattos|data=|acessodata=|publicado=Itau Cultural|ultimo=|primeiro=}}</ref> Além disso, se interessava pela paleontologia, tendo explorado e coletado material arqueológico e fóssil em inúmeras grutas na região da Lapinha e da serra do Cipó.
'''Aníbal Pinto de Mattos''' ([[Vassouras]], [[26 de outubro]] de [[1886]] - [[Belo Horizonte]], 26 de junho de [[1969]]) foi um [[Pintura|pintor]], [[Crítica de arte|crítico]], escritor, teatrólogo, historiador, promotor cultural e professor de artes.<ref>{{citar web|url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2552/anibal-mattos|titulo=Aníbal Mattos|data=|acessodata=|publicado=Itau Cultural|ultimo=|primeiro=}}</ref> Além disso, se interessava pela paleontologia, tendo explorado e coletado material arqueológico e fóssil em inúmeras grutas na região de Lagoa Santa, Confins, Lapinha e da serra do Cipó. Atuou em diferentes sociedades artísticas, científicas, culturais e esportivas em Minas Gerais, sendo, inclusive, presidente do Clube Atlético Mineiro.<ref>{{citar web |ultimo=https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_presidentes_do_Clube_Atl%C3%A9tico_Mineiro |url=https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_presidentes_do_Clube_Atl%C3%A9tico_Mineiro |titulo=Lista de presidentes do Clube Atlético Mineiro}}</ref>


== História==
== História==
Provinha de uma família tradicionalmente ligada às Artes Plásticas. Dois de seus irmãos também se tornaram artistas reconhecidos, dentre eles Antonino Pinto de Mattos, escultor e autor do monumento [[Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados|Heróis da Laguna]], na praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro. Mais tarde, dois de seus filhos Haroldo Mattos e Maria Ester Mattos -- bem como dois dos seus bisnetos -- Raquel Versieux e Leonardo Versieux -- desenvolveram carreiras artísticas. [http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa23243/haroldo-mattos Haroldo Mattos] foi professor de desenho da Escola de Belas Artes da UFMG.<ref name=":1" /> Na década de 1930, atuou como professor na Escola Normal Modelo, que 28 de fevereiro de 1946 passou a chamar-se Instituto de Educação de Minas Gerais por meio do decreto 1.666.
Provinha de uma família tradicionalmente ligada às Artes Plásticas. Dois de seus irmãos também se tornaram artistas reconhecidos, dentre eles Antonino Pinto de Mattos, escultor e autor do monumento [[Monumento aos Heróis de Laguna e Dourados|Heróis da Laguna]], na praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro. Outro irmão, Adalberto Mattos, foi gravador de medalhas, formado na Escola Nacional de Belas Artes, professor do Liceu de Artes e Ofícios e de outras escolas técnicas, além de crítico de arte em diversas revistas<ref>{{citar periódico |titulo=Por que estudar a literatura artística brasileira? Considerações sobre as artes de tradição europeia nos séculos XIX e início do XX |jornal=LaborHistórico |publicado=UFRJ |ultimo=Brancato |primeiro=João Victor Rossetti |pagina=https://revistas.ufrj.br/index.php/lh/article/view/31935}}</ref>.
[[Ficheiro:O jovem Aníbal Mattos.jpg|miniaturadaimagem|O jovem Aníbal Mattos]]


Aníbal Mattos estudou na [[Escola Nacional de Belas Artes]] do Rio de Janeiro, e lá teve como professores [[João Batista da Costa]], [[João Zeferino da Costa]] e Daniel Bérard. Em 1917, se transferiu para Belo Horizonte por conta de um convite de Bias Fortes. Durante os anos seguintes dominou com sua personalidade produtiva e inquieta o pacato cenário das artes mineiras.<ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Fonseca|primeiro=Monica|data=2006|titulo=O salão Bar Brasil de 1936: antevisões do modernismo nas artes plásticas em Belo Horizonte|url=|jornal=II Encontro de História da Arte -- IFCH/ UNICAMP|volume=|via=}}</ref> Partidário de uma arte clássica e acadêmica, via com cautela os avanços do [[Modernismo no Brasil|Modernismo]] em [[Minas Gerais]]. Fernando Pedro Silva atribui boa parte do ambiente conservador da Belo Horizonte da época à sua atuação conservadora tanto como crítico e quanto como professor.<ref>{{citar periódico|ultimo=SILVA|primeiro=Fernand oPedro|data=1989|titulo=Aspectos das artes em Belo Horizonte nos anos de 1920 e 1930|url=|jornal=Revista do Departamento de História|volume=8|via=}}</ref> Porém, o impacto e importância de Mattos como grande agitador cultural vem sendo reavaliado em novas pesquisas.


Mais tarde, dois de seus oito filhos – Haroldo Mattos e Maria Ester Mattos – bem como dois dos seus bisnetos – Raquel Versieux e Leonardo Versieux – desenvolveram carreiras artísticas. [http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa23243/haroldo-mattos Haroldo Mattos] foi professor de desenho da Escola de Belas Artes da UFMG.<ref name=":1" />
Suas pinturas se concentravam no ambiente do interior, retratando, principalmente, paisagens típicas do cenário rural ou ambiente natural. Também são frequentes as cenas marinhas e, mais raramente, a figura humana.<ref name=":1" /><ref>{{citar livro|título=Aníbal Mattos e seu tempo|ultimo=ÁVILA|primeiro=Cristina|editora=Prefeitura Municipal de Belo Horizonte|ano=|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>

Na década de 1930, atuou como professor na Escola Normal Modelo, que 28 de fevereiro de 1946 passou a chamar-se Instituto de Educação de Minas Gerais por meio do decreto 1.666.

Aníbal Mattos estudou na [[Escola Nacional de Belas Artes]] do Rio de Janeiro, e lá teve como professores [[João Batista da Costa]], [[João Zeferino da Costa]] e Daniel Bérard. Em 1917, se transferiu para Belo Horizonte por conta de um convite de [[Bias Fortes (desambiguação)|Bias Fortes]]. Durante as décadas seguintes, dominou com sua personalidade produtiva e inquieta o pacato cenário das artes mineiras.<ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Fonseca|primeiro=Monica|data=2006|titulo=O salão Bar Brasil de 1936: antevisões do modernismo nas artes plásticas em Belo Horizonte|url=|jornal=II Encontro de História da Arte -- IFCH/ UNICAMP|volume=|via=}}</ref> Partidário de uma arte acadêmica, via com cautela os avanços do [[Modernismo no Brasil|Modernismo]] em [[Minas Gerais]]. Fernando Pedro Silva atribui boa parte do ambiente conservador da Belo Horizonte da época à sua atuação conservadora tanto como crítico e quanto como professor.<ref>{{citar periódico|ultimo=SILVA|primeiro=Fernand oPedro|data=1989|titulo=Aspectos das artes em Belo Horizonte nos anos de 1920 e 1930|url=|jornal=Revista do Departamento de História|volume=8|via=}}</ref> Porém, o impacto e importância de Mattos como grande promotor cultural vem sendo reavaliado em novas pesquisas.

Suas pinturas se concentravam no ambiente do interior, retratando, principalmente, paisagens típicas do cenário rural ou ambiente natural, sendo grande parte delas pintadas ao vivo, ao ar livre, durante diferentes viagens em busca por paisagens nas redondezas de Belo Horizonte. Também são frequentes as cenas marinhas e, mais raramente, a figura humana.<ref name=":1" /><ref name=":2">{{citar livro|título=Aníbal Mattos e seu tempo|ultimo=ÁVILA|primeiro=Cristina|editora=Prefeitura Municipal de Belo Horizonte|ano=|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>

É patrono da cadeira de número 96 do [[Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais]]<ref>{{Citar web |url=https://ihgmg.org.br/sme/conteudoinstitucional/menuesquerdo/SandBoxItemMenuPaginaConteudo.ew?idPaginaItemMenuConteudo=7674 |acessodata=2021-08-19 |website=ihgmg.org.br}}</ref>, do qual foi presidente entre os anos de 1939-1943.

No campo da paleontologia, Mattos se dedicou a estudar as grutas da região de Lagoa Santa, dedicando-se à escavação de sítios arqueológicos<ref>{{Citar periódico |url=http://link.springer.com/10.1007/978-3-030-35940-9_1 |titulo=History of Research in the Lagoa Santa Karst |data=2020 |acessodata=2021-08-19 |publicado=Springer International Publishing |ultimo=Auler |primeiro=Augusto S. |editor-sobrenome=S. Auler |editor-nome=Augusto |local=Cham |paginas=1–11 |lingua=en |doi=10.1007/978-3-030-35940-9_1 |isbn=978-3-030-35939-3 |editor-sobrenome2=Pessoa |editor-nome2=Paulo}}</ref> e escrevendo obra muito citada "O homem de Lagoa Santa". Como membro da Academia de Ciências de Minas Gerais juntou-se ao grupo liderado por Harold Walter, Arnaldo Cathoud, Josaphat Penna, e escavou sítios na região entre 1930 e 1960. Um grande número de esqueletos humanos foi obtido de suas intervenções arqueológicas, que foram curados na década de 1990 no Laboratório de Estudos Evolutivos e Ecológicos Humanos da Universidade de São Paulo (LEEEH-USP), sendo depois depositados no Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais, que foi atingido por grave incêndio em 2020. A incorporação de material coletado por Mattos ao Setor de Arqueologia do referido Museu da UFMG foi conduzida com descaso e grande parte do material mal acondicionado provavelmente se perdeu<ref>{{Citar periódico |url=https://periodicos.ufmg.br/index.php/mhnjb/article/view/6276 |titulo=Histórico do Setor de Arqueologia do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG |data=2014 |acessodata=2021-08-19 |jornal=Arquivos do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG |número=2 |ultimo=Prous |primeiro=André |lingua=pt |issn=2525-6084}}</ref>. Aníbal Mattos foi responsável pela primeira grande síntese brasileira dos estudos na região de Lagoa Santa, colocando-a no contexto da ocupação do continente, graças ao seu livro "A raça de Lagoa Santa"<ref>{{citar livro|título=A raça de Lagoa Santa: velhos e novos estudos sobre o homem fóssil americano|ultimo=MATTOS|primeiro=Anibal Pinto de|editora=Companhia Editora Nacional|ano=1941|local=São Paulo}}</ref> <ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/bgoeldi/a/T3kC8V7R79x4MsMW3gXpPZk/?lang=pt |titulo=História das pesquisas bioarqueológicas em Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil |data=2017-Sep-Dec |acessodata=2021-08-19 |jornal=Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas |ultimo=Da-Gloria |primeiro=Pedro |ultimo2=Neves |primeiro2=Walter Alves |paginas=919–936 |lingua=pt |doi=10.1590/1981.81222017000300014 |issn=1981-8122 |ultimo3=Hubbe |primeiro3=Mark}}</ref>Ainda escreveu uma biografia de Peter Wilhelm Lund, a quem idealizou uma homenagem por meio de uma cápsula do tempo, enterrada em local duvidoso, no centro de Belo Horizonte<ref>{{Citar web |ultimo=Minas |primeiro=Estado de |ultimo2=Minas |primeiro2=Estado de |url=https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/06/16/interna_gerais,1277151/misterio-onde-esta-arca-com-tesouro-historico-enterrada-em-bh.shtml |titulo=Mist�rio: onde est� arca com tesouro hist�rico enterrada em BH? |data=2021-06-16 |acessodata=2021-08-19 |website=Estado de Minas |lingua=pt-BR}}</ref>. As contribuições da Academia de Ciências de Minas Gerais ao campo da arqueologia e paleontologia e da redescoberta das pesquisas de Lund, só agora no século XXI, começam a ser reconhecidas, pois muito do que foi escrito até então por paleontólogos subsequentes desconsidera o contexto histórico, científico, da formação acadêmica e de financiamento que esse grupo de naturalista enfrentou. Independente da metodologia científica amadora, esse grupo de deu significativa contribuição ao resgate desse patrimônio paleontológico mineiro<ref>{{Citar periódico |url=http://link.springer.com/10.1007/978-3-319-57466-0_6 |titulo=The Minas Gerais Academy of Sciences: Lund’s Inheritors |data=2017 |acessodata=2021-08-19 |publicado=Springer International Publishing |ultimo=da Silva Costa |primeiro=Fernando Walter |editor-sobrenome=Da-Gloria |editor-nome=Pedro |local=Cham |paginas=83–95 |lingua=en |doi=10.1007/978-3-319-57466-0_6 |isbn=978-3-319-57465-3 |editor-sobrenome2=Neves |editor-nome2=Walter A. |editor-sobrenome3=Hubbe |editor-nome3=Mark}}</ref>.
[[Ficheiro:Aníbal Mattos em trabalho de campo.jpg|miniaturadaimagem|Aníbal Mattos em trabalho de campo]]


==Modernismo ==
==Modernismo ==
Aníbal Mattos foi um protagonista do desenvolvimento artístico em Minas Gerais. Apesar de ser citado como um acadêmico, seu papel como criador da base estética e de um ambiente cultural fortalecido, com inúmeras exposições coletivas e formação de associações e sociedades artísticas na pacata capital mineira vem sendo revisto e novos estudos têm o apontado como uma peça importante, pavimentando o caminho para a própria chegada do modernismo em Minas Gerais. Mattos é citado por Cristina Ávila como peça fundamental na apresentação da artista modernista [[Zina Aita]], que integrou o movimento da Semana de 1922. Em 1936, a exposição organizada por Mattos no Teatro Municipal foi confrontada com o mais bem-sucedido [[Salão do Bar Brasil]]. Essa segunda exposição, apesar da resistência que encontrou, marcou o [[Modernismo]] em Minas Gerais. Apesar disso, nunca houve ressentimento contra a figura de Mattos por parte dos Modernistas, muito pelo contrário, em termos pessoais, ele parece ter sido uma pessoa bastante querida.<ref>{{citar periódico|ultimo=FÍGOLI|primeiro=Leonardo Hipólito|data=2014|titulo=A invenção das artes plásticas em Belo Horizonte|url=http://www.fafich.ufmg.br/revistasociedade/index.php/rts/issue/archive|jornal=TEORIA e SOCIEDADE|volume=Número especial: Antropologias e Arqueologias, hoje.|via=}}</ref> Mais tarde, foi a união dos Modernistas com os Academicistas, seguidores de Aníbal Mattos, que deu origem ao [[Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte]].<ref>{{citar livro|título=Eu sonhava viajar sem saber aonde ia...Entre Bruxelas e Belo Horizonte: itinerários da escultora Jeanne Louise Milde de 1900 a 1997|ultimo=RODRIGUES|primeiro=RITA LAGES|editora=Dissertação de Mestrado em História - FAFICH/ UFMG|ano=2001|local=Belo Horizonte|páginas=178|acessodata=}}</ref>
Aníbal Mattos foi um protagonista do desenvolvimento artístico em Minas Gerais. Apesar de ser citado como um acadêmico, seu papel como criador da base estética e de um ambiente cultural fortalecido e rico, com inúmeras exposições coletivas e formação de associações e sociedades artísticas na pacata capital mineira vem sendo revisto e novos estudos têm o apontado como uma peça fundamental, pavimentando o caminho para a própria chegada do modernismo em Minas Gerais<ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUBD-8M4G86 |titulo=A emergência do campo artístico em Belo Horizonte: décadas de 20 e 30 |data=2011-06-03 |acessodata=2021-08-19 |ultimo=Guimaraes |primeiro=Joao Ivo D. M. Pinheiro Duarte}}</ref><ref name=":3">{{Citar periódico |url=https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistatrespontos/article/view/3257 |titulo=Arte e política em Belo Horizonte: uma análise da produção das décadas que antecederam o modernismo plástico mineiro |data=2009 |acessodata=2021-08-19 |jornal=Revista Três Pontos |ultimo=Ayer |primeiro=Cláudia |ultimo2=Rodrigues |primeiro2=Raquel |lingua=pt |issn=2525-4693}}</ref>. Mattos é citado por Cristina Ávila como responsável pela apresentação da artista modernista [[Zina Aita]], que integrou o movimento da Semana de 1922<ref name=":3" /><ref name=":2" />. Seu filho, Haroldo Mattos, estudou com [[Guignard|Alberto da Veiga Guignard]], na famosa Escola do Parque, centro do ensino da pintura modernista em Belo Horizonte.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/1453 |titulo=A administração JK em Belo Horizonte e o diálogo com as artes plásticas e a memória: um laboratório para sua ação nos anos 1950 e 1960. |data=2007 |acessodata=2021-08-19 |jornal=Artcultura |número=14 |ultimo=Cedro |primeiro=Marcelo |lingua=en |issn=2178-3845}}</ref> Em 1936, a exposição organizada por Mattos no Teatro Municipal foi confrontada com o mais bem-sucedido [[Salão do Bar Brasil]]. Essa segunda exposição, apesar da resistência que encontrou, marcou o [[Modernismo]] em Minas Gerais. Apesar disso, nunca houve ressentimento contra a figura de Mattos por parte dos Modernistas, muito pelo contrário, em termos pessoais, ele parece ter sido uma pessoa bastante querida.<ref>{{citar periódico|ultimo=FÍGOLI|primeiro=Leonardo Hipólito|data=2014|titulo=A invenção das artes plásticas em Belo Horizonte|url=http://www.fafich.ufmg.br/revistasociedade/index.php/rts/issue/archive|jornal=TEORIA e SOCIEDADE|volume=Número especial: Antropologias e Arqueologias, hoje.|via=}}</ref> Mais tarde, foi a união dos Modernistas com os Academicistas, seguidores de Aníbal Mattos, que deu origem ao [[Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte]].<ref>{{citar livro|título=Eu sonhava viajar sem saber aonde ia...Entre Bruxelas e Belo Horizonte: itinerários da escultora Jeanne Louise Milde de 1900 a 1997|ultimo=RODRIGUES|primeiro=RITA LAGES|editora=Dissertação de Mestrado em História - FAFICH/ UFMG|ano=2001|local=Belo Horizonte|páginas=178|acessodata=}}</ref>
==Legado institucional==
==Legado institucional==
Aníbal Mattos foi um dos fundadores da [[Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais|Escola de Arquitetura e Belas Artes da Universidade de Minas Gerais]] da qual se tornou professor. Atuou, também, como fundador da Biblioteca Mineira de Cultura, das Edições Apollo e do Centro de Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Mineiro, tendo lutado pela fundação de museus históricos locais em [[Ouro Preto]], [[Diamantina]], [[São João del-Rei|São João Del Rei]] e Belo Horizonte. Foi, ainda, membro do [[Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais]] e, em 1936, presidente da [[Academia Mineira de Letras]].<ref name=":1">{{citar periódico|ultimo=VIVAS|primeiro=Rodrigo|data=2011|titulo=Aníbal Mattos e as Exposições Gerais de Belas Artes em Belo Horizonte.|url=http://www.dezenovevinte.net/artistas/rv_am.htm|jornal=19&20, Rio de Janeiro|volume=v. VI, n. 3|via=}}</ref>
Aníbal Mattos foi um dos fundadores da [[Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais|Escola de Arquitetura e Belas Artes da Universidade de Minas Gerais]] da qual se tornou professor<ref>{{Citar periódico |url=https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistatrespontos/article/view/3257 |titulo=Arte e política em Belo Horizonte: uma análise da produção das décadas que antecederam o modernismo plástico mineiro |data=2009 |acessodata=2021-08-19 |jornal=Revista Três Pontos |ultimo=Ayer |primeiro=Cláudia |ultimo2=Rodrigues |primeiro2=Raquel |lingua=pt |issn=2525-4693}}</ref>. Atuou, também, como fundador da Biblioteca Mineira de Cultura, das Edições Apollo e do Centro de Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Mineiro, tendo lutado pela fundação de museus históricos locais em [[Ouro Preto]], [[Diamantina]], [[São João del-Rei|São João Del Rei]] e Belo Horizonte. Foi, ainda, membro e presidente do [[Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais]] e, em 1936, presidente da [[Academia Mineira de Letras]].<ref name=":1">{{citar periódico|ultimo=VIVAS|primeiro=Rodrigo|data=2011|titulo=Aníbal Mattos e as Exposições Gerais de Belas Artes em Belo Horizonte.|url=http://www.dezenovevinte.net/artistas/rv_am.htm|jornal=19&20, Rio de Janeiro|volume=v. VI, n. 3|via=}}</ref>


Aníbal Mattos publicou diversos livros, tanto sobre arte e monumentos histórico culturais, quanto peças teatrais e literais, em prosa ou verso:
Aníbal Mattos publicou diversos livros, tanto sobre arte (incluindo desenho e arte indígena) e monumentos histórico culturais, quanto peças teatrais e literais, em prosa ou verso:


O Sábio Dr. Lund e a Pré-História Americana (1933); Mestre Valentim e Outros Estudos (1934); Arte Colonial Brasileira (1936); Monumentos Históricos, Artísticos e Religiosos de Minas Gerais (1935); História da Arte Brasileira (1937); Das Origens da Arte Brasileira (1937); Pré-História Brasileira (1938); Peter Wilhelm Lund no Brasil (1941); Arqueologia de Belo Horizonte (1947); O Homem das Cavernas em Minas Gerais (1961).
O Sábio Dr. Lund e a Pré-História Americana (1933); Mestre Valentim e Outros Estudos (1934); Arte Colonial Brasileira (1936); Monumentos Históricos, Artísticos e Religiosos de Minas Gerais (1935); História da Arte Brasileira (1937); Das Origens da Arte Brasileira (1937); Pré-História Brasileira (1938); Peter Wilhelm Lund no Brasil (1941), A raça de Lagoa Santa (1941); Arqueologia de Belo Horizonte (1947); O Homem das Cavernas em Minas Gerais (1961).


Como teatrólogo, recebeu o primeiro lugar no concurso aberto de peças históricas, com a peça Bárbara Heliodora, promovido pela empresa José Loureiro, RJ (1914). Recebeu ainda a medalha de prata, ENBA (1916); medalha de bronze, SNBA (1925); grande medalha de prata, SNBA (1926). Em 1933 foi condecorado pelo governo italiano com a Cruz da Cavalaria da Coroa por sua peça teatral Anita Garibaldi e, em 1934-35, recebeu o Prêmio de Teatro da Academia Brasileira de Letras, RJ. Em 1960 recebeu medalha de bronze comemorativa do centenário de nascimento de João Pinheiro, no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Em 1965, recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte e, em 1967, o diploma de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à cidade de Belo Horizonte em prol do seu desenvolvimento artístico.
Como teatrólogo, recebeu o primeiro lugar no concurso aberto de peças históricas, com a peça Bárbara Heliodora, promovido pela empresa José Loureiro, RJ (1914). Recebeu ainda a medalha de prata, ENBA (1916); medalha de bronze, SNBA (1925); grande medalha de prata, SNBA (1926). Em 1933 foi condecorado pelo governo italiano com a Cruz da Cavalaria da Coroa por sua peça teatral Anita Garibaldi e, em 1934-35, recebeu o Prêmio de Teatro da Academia Brasileira de Letras, RJ. Em 1960 recebeu medalha de bronze comemorativa do centenário de nascimento de João Pinheiro, no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Em 1965, recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte e, em 1967, o diploma de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à cidade de Belo Horizonte em prol do seu desenvolvimento artístico.

Revisão das 14h29min de 19 de agosto de 2021

Aníbal Mattos
Aníbal Mattos
Nascimento 26 de outubro de 1886
Vassouras
Morte 26 de junho de 1969
Belo Horizonte
Cidadania Brasil
Ocupação pintor

Aníbal Pinto de Mattos (Vassouras, 26 de outubro de 1886 - Belo Horizonte, 26 de junho de 1969) foi um pintor, crítico, escritor, teatrólogo, historiador, promotor cultural e professor de artes.[1] Além disso, se interessava pela paleontologia, tendo explorado e coletado material arqueológico e fóssil em inúmeras grutas na região de Lagoa Santa, Confins, Lapinha e da serra do Cipó. Atuou em diferentes sociedades artísticas, científicas, culturais e esportivas em Minas Gerais, sendo, inclusive, presidente do Clube Atlético Mineiro.[2]

História

Provinha de uma família tradicionalmente ligada às Artes Plásticas. Dois de seus irmãos também se tornaram artistas reconhecidos, dentre eles Antonino Pinto de Mattos, escultor e autor do monumento Heróis da Laguna, na praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro. Outro irmão, Adalberto Mattos, foi gravador de medalhas, formado na Escola Nacional de Belas Artes, professor do Liceu de Artes e Ofícios e de outras escolas técnicas, além de crítico de arte em diversas revistas[3].

O jovem Aníbal Mattos


Mais tarde, dois de seus oito filhos – Haroldo Mattos e Maria Ester Mattos – bem como dois dos seus bisnetos – Raquel Versieux e Leonardo Versieux – desenvolveram carreiras artísticas. Haroldo Mattos foi professor de desenho da Escola de Belas Artes da UFMG.[4]

Na década de 1930, atuou como professor na Escola Normal Modelo, que 28 de fevereiro de 1946 passou a chamar-se Instituto de Educação de Minas Gerais por meio do decreto 1.666.

Aníbal Mattos estudou na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, e lá teve como professores João Batista da Costa, João Zeferino da Costa e Daniel Bérard. Em 1917, se transferiu para Belo Horizonte por conta de um convite de Bias Fortes. Durante as décadas seguintes, dominou com sua personalidade produtiva e inquieta o pacato cenário das artes mineiras.[5] Partidário de uma arte acadêmica, via com cautela os avanços do Modernismo em Minas Gerais. Fernando Pedro Silva atribui boa parte do ambiente conservador da Belo Horizonte da época à sua atuação conservadora tanto como crítico e quanto como professor.[6] Porém, o impacto e importância de Mattos como grande promotor cultural vem sendo reavaliado em novas pesquisas.

Suas pinturas se concentravam no ambiente do interior, retratando, principalmente, paisagens típicas do cenário rural ou ambiente natural, sendo grande parte delas pintadas ao vivo, ao ar livre, durante diferentes viagens em busca por paisagens nas redondezas de Belo Horizonte. Também são frequentes as cenas marinhas e, mais raramente, a figura humana.[4][7]

É patrono da cadeira de número 96 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais[8], do qual foi presidente entre os anos de 1939-1943.

No campo da paleontologia, Mattos se dedicou a estudar as grutas da região de Lagoa Santa, dedicando-se à escavação de sítios arqueológicos[9] e escrevendo obra muito citada "O homem de Lagoa Santa". Como membro da Academia de Ciências de Minas Gerais juntou-se ao grupo liderado por Harold Walter, Arnaldo Cathoud, Josaphat Penna, e escavou sítios na região entre 1930 e 1960. Um grande número de esqueletos humanos foi obtido de suas intervenções arqueológicas, que foram curados na década de 1990 no Laboratório de Estudos Evolutivos e Ecológicos Humanos da Universidade de São Paulo (LEEEH-USP), sendo depois depositados no Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais, que foi atingido por grave incêndio em 2020. A incorporação de material coletado por Mattos ao Setor de Arqueologia do referido Museu da UFMG foi conduzida com descaso e grande parte do material mal acondicionado provavelmente se perdeu[10]. Aníbal Mattos foi responsável pela primeira grande síntese brasileira dos estudos na região de Lagoa Santa, colocando-a no contexto da ocupação do continente, graças ao seu livro "A raça de Lagoa Santa"[11] [12]Ainda escreveu uma biografia de Peter Wilhelm Lund, a quem idealizou uma homenagem por meio de uma cápsula do tempo, enterrada em local duvidoso, no centro de Belo Horizonte[13]. As contribuições da Academia de Ciências de Minas Gerais ao campo da arqueologia e paleontologia e da redescoberta das pesquisas de Lund, só agora no século XXI, começam a ser reconhecidas, pois muito do que foi escrito até então por paleontólogos subsequentes desconsidera o contexto histórico, científico, da formação acadêmica e de financiamento que esse grupo de naturalista enfrentou. Independente da metodologia científica amadora, esse grupo de deu significativa contribuição ao resgate desse patrimônio paleontológico mineiro[14].

Aníbal Mattos em trabalho de campo

Modernismo

Aníbal Mattos foi um protagonista do desenvolvimento artístico em Minas Gerais. Apesar de ser citado como um acadêmico, seu papel como criador da base estética e de um ambiente cultural fortalecido e rico, com inúmeras exposições coletivas e formação de associações e sociedades artísticas na pacata capital mineira vem sendo revisto e novos estudos têm o apontado como uma peça fundamental, pavimentando o caminho para a própria chegada do modernismo em Minas Gerais[15][16]. Mattos é citado por Cristina Ávila como responsável pela apresentação da artista modernista Zina Aita, que integrou o movimento da Semana de 1922[16][7]. Seu filho, Haroldo Mattos, estudou com Alberto da Veiga Guignard, na famosa Escola do Parque, centro do ensino da pintura modernista em Belo Horizonte.[17] Em 1936, a exposição organizada por Mattos no Teatro Municipal foi confrontada com o mais bem-sucedido Salão do Bar Brasil. Essa segunda exposição, apesar da resistência que encontrou, marcou o Modernismo em Minas Gerais. Apesar disso, nunca houve ressentimento contra a figura de Mattos por parte dos Modernistas, muito pelo contrário, em termos pessoais, ele parece ter sido uma pessoa bastante querida.[18] Mais tarde, foi a união dos Modernistas com os Academicistas, seguidores de Aníbal Mattos, que deu origem ao Salão Municipal de Belas Artes de Belo Horizonte.[19]

Legado institucional

Aníbal Mattos foi um dos fundadores da Escola de Arquitetura e Belas Artes da Universidade de Minas Gerais da qual se tornou professor[20]. Atuou, também, como fundador da Biblioteca Mineira de Cultura, das Edições Apollo e do Centro de Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Mineiro, tendo lutado pela fundação de museus históricos locais em Ouro Preto, Diamantina, São João Del Rei e Belo Horizonte. Foi, ainda, membro e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e, em 1936, presidente da Academia Mineira de Letras.[4]

Aníbal Mattos publicou diversos livros, tanto sobre arte (incluindo desenho e arte indígena) e monumentos histórico culturais, quanto peças teatrais e literais, em prosa ou verso:

O Sábio Dr. Lund e a Pré-História Americana (1933); Mestre Valentim e Outros Estudos (1934); Arte Colonial Brasileira (1936); Monumentos Históricos, Artísticos e Religiosos de Minas Gerais (1935); História da Arte Brasileira (1937); Das Origens da Arte Brasileira (1937); Pré-História Brasileira (1938); Peter Wilhelm Lund no Brasil (1941), A raça de Lagoa Santa (1941); Arqueologia de Belo Horizonte (1947); O Homem das Cavernas em Minas Gerais (1961).

Como teatrólogo, recebeu o primeiro lugar no concurso aberto de peças históricas, com a peça Bárbara Heliodora, promovido pela empresa José Loureiro, RJ (1914). Recebeu ainda a medalha de prata, ENBA (1916); medalha de bronze, SNBA (1925); grande medalha de prata, SNBA (1926). Em 1933 foi condecorado pelo governo italiano com a Cruz da Cavalaria da Coroa por sua peça teatral Anita Garibaldi e, em 1934-35, recebeu o Prêmio de Teatro da Academia Brasileira de Letras, RJ. Em 1960 recebeu medalha de bronze comemorativa do centenário de nascimento de João Pinheiro, no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Em 1965, recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte e, em 1967, o diploma de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à cidade de Belo Horizonte em prol do seu desenvolvimento artístico.

É homenageado com nomes de ruas em Belo Horizonte, no Bairro Santo Antônio, e na capital Paulista.

Referências

  1. «Aníbal Mattos». Itau Cultural 
  2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_presidentes_do_Clube_Atl%C3%A9tico_Mineiro. «Lista de presidentes do Clube Atlético Mineiro» 
  3. Brancato, João Victor Rossetti. «Por que estudar a literatura artística brasileira? Considerações sobre as artes de tradição europeia nos séculos XIX e início do XX». UFRJ. LaborHistórico: https://revistas.ufrj.br/index.php/lh/article/view/31935 
  4. a b c VIVAS, Rodrigo (2011). «Aníbal Mattos e as Exposições Gerais de Belas Artes em Belo Horizonte.». 19&20, Rio de Janeiro. v. VI, n. 3 
  5. Fonseca, Monica (2006). «O salão Bar Brasil de 1936: antevisões do modernismo nas artes plásticas em Belo Horizonte». II Encontro de História da Arte -- IFCH/ UNICAMP 
  6. SILVA, Fernand oPedro (1989). «Aspectos das artes em Belo Horizonte nos anos de 1920 e 1930». Revista do Departamento de História. 8 
  7. a b ÁVILA, Cristina. Aníbal Mattos e seu tempo. [S.l.]: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte 
  8. ihgmg.org.br https://ihgmg.org.br/sme/conteudoinstitucional/menuesquerdo/SandBoxItemMenuPaginaConteudo.ew?idPaginaItemMenuConteudo=7674. Consultado em 19 de agosto de 2021  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  9. Auler, Augusto S. (2020). S. Auler, Augusto; Pessoa, Paulo, eds. «History of Research in the Lagoa Santa Karst». Cham: Springer International Publishing (em inglês): 1–11. ISBN 978-3-030-35939-3. doi:10.1007/978-3-030-35940-9_1. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  10. Prous, André (2014). «Histórico do Setor de Arqueologia do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG». Arquivos do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (2). ISSN 2525-6084. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  11. MATTOS, Anibal Pinto de (1941). A raça de Lagoa Santa: velhos e novos estudos sobre o homem fóssil americano. São Paulo: Companhia Editora Nacional 
  12. Da-Gloria, Pedro; Neves, Walter Alves; Hubbe, Mark (2017-Sep-Dec). «História das pesquisas bioarqueológicas em Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas: 919–936. ISSN 1981-8122. doi:10.1590/1981.81222017000300014. Consultado em 19 de agosto de 2021  Verifique data em: |data= (ajuda)
  13. Minas, Estado de; Minas, Estado de (16 de junho de 2021). [https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/06/16/interna_gerais,1277151/misterio-onde-esta-arca-com-tesouro-historico-enterrada-em-bh.shtml «Mist�rio: onde est� arca com tesouro hist�rico enterrada em BH?»]. Estado de Minas. Consultado em 19 de agosto de 2021  replacement character character in |titulo= at position 5 (ajuda)
  14. da Silva Costa, Fernando Walter (2017). Da-Gloria, Pedro; Neves, Walter A.; Hubbe, Mark, eds. «The Minas Gerais Academy of Sciences: Lund's Inheritors». Cham: Springer International Publishing (em inglês): 83–95. ISBN 978-3-319-57465-3. doi:10.1007/978-3-319-57466-0_6. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  15. Guimaraes, Joao Ivo D. M. Pinheiro Duarte (3 de junho de 2011). «A emergência do campo artístico em Belo Horizonte: décadas de 20 e 30». Consultado em 19 de agosto de 2021 
  16. a b Ayer, Cláudia; Rodrigues, Raquel (2009). «Arte e política em Belo Horizonte: uma análise da produção das décadas que antecederam o modernismo plástico mineiro». Revista Três Pontos. ISSN 2525-4693. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  17. Cedro, Marcelo (2007). «A administração JK em Belo Horizonte e o diálogo com as artes plásticas e a memória: um laboratório para sua ação nos anos 1950 e 1960.». Artcultura (em inglês) (14). ISSN 2178-3845. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  18. FÍGOLI, Leonardo Hipólito (2014). «A invenção das artes plásticas em Belo Horizonte». TEORIA e SOCIEDADE. Número especial: Antropologias e Arqueologias, hoje. 
  19. RODRIGUES, RITA LAGES (2001). Eu sonhava viajar sem saber aonde ia...Entre Bruxelas e Belo Horizonte: itinerários da escultora Jeanne Louise Milde de 1900 a 1997. Belo Horizonte: Dissertação de Mestrado em História - FAFICH/ UFMG. 178 páginas 
  20. Ayer, Cláudia; Rodrigues, Raquel (2009). «Arte e política em Belo Horizonte: uma análise da produção das décadas que antecederam o modernismo plástico mineiro». Revista Três Pontos. ISSN 2525-4693. Consultado em 19 de agosto de 2021 

Ligações externas

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2552/anibal-mattos

https://criticadeartebh.com/category/anibal-mattos-2/