Paliativismo: diferenças entre revisões

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'''Paliativismo''' ou '''cuidados paliativos''' é o conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável que visa oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em [[paciente]]s terminais ou em estágio avançado de determinada [[enfermidade]].<ref>Tempo de envelhecer: percursos e dimensões psicossociais/ organização Ligia Py...[et al.]. - Rio de Janeiro: NAU Editora, 2004.</ref>
'''Paliativismo''' ou '''cuidados paliativos''' é o conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável que visa oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em [[paciente]]s terminais ou em estágio avançado de determinada [[enfermidade]].<ref>Tempo de envelhecer: percursos e dimensões psicossociais/ organização Ligia Py...[et al.]. - Rio de Janeiro: NAU Editora, 2004.</ref>


Segundo a Organização Mundial da Saúde, em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, os “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais” .<ref>WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. 2.ed. Geneva: WHO, 2002.</ref>
São cuidados providos por uma equipe multidisciplinar composta por [[médico]], equipe de [[enfermagem]], [[psicólogo]], [[farmacêutico]], algum profissional ligado ao campo religioso como um [[padre]] ou [[pastor]], [[fisioterapeuta]], [[terapeuta ocupacional]], [[fonoaudiólogo]]. A equipe deve ter como finalidade o alívio da dor, e maximização das habilidades funcionais remanescentes, fazendo com que assim o paciente tenha a maior autonomia e dignidade possíveis, para que ele possa, ao seu modo, se preparar para a [[morte]].

E, para isso, é fundamental a atuação de uma equipe interdisciplinar que ofereça além de um trabalho de qualidade com técnica, os cuidados integrais e humanizados para o paciente e toda sua rede de apoio. <ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/codas/a/xQkHMtHvbdZFDnZzvxbTSHf/?lang=pt |titulo=Contribuições da Fonoaudiologia nos cuidados paliativos e no fim da vida |data=2020-07-31 |acessodata=2021-11-23 |jornal=CoDAS |ultimo=Moreira |primeiro=Márcio José da Silva |ultimo2=Guimarães |primeiro2=Michelle Ferreira |lingua=pt |doi=10.1590/2317-1782/20202019202 |issn=2317-1782 |ultimo3=Lopes |primeiro3=Leonardo |ultimo4=Moreti |primeiro4=Felipe}}</ref>

Destaca-se que, os Cuidados Paliativos, precisam ser compreendidos como uma política pública e se integrar a todos os níveis de complexidade da saúde, para garantir o direito de oferecer uma assistência integral a todas as pessoas que se encontram fora de possibilidade de cura.<ref>{{citar web|primeiro=Andrea Frossard|url=https://www.scielo.br/j/cebape/a/rPmtKfqybLTXdJMTj9hZrvs/?format=pdf&lang=pt|titulo=Os cuidados paliativos como política pública:
notas introdutórias|data=2015}}</ref>


Os cuidados paliativos, baseados nos conceitos da [[Ortotanásia]], se concentram em amenizar os [[sintoma]]s da doença e dar apoio físico e [[psicológico]] ao paciente e à família, integrando diferentes profissionais da área médica, havendo ou não possibilidade de cura. A prática é menos conhecida e utilizada em [[países subdesenvolvidos]].<ref>[http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2048/pdfs/mat%2018.pdf Prática Hospitalar, 2006.]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref><ref>[http://www.antropologia.com.br/res/res28_1.htm Comunidade virtual de antropologia.]</ref>
Os cuidados paliativos, baseados nos conceitos da [[Ortotanásia]], se concentram em amenizar os [[sintoma]]s da doença e dar apoio físico e [[psicológico]] ao paciente e à família, integrando diferentes profissionais da área médica, havendo ou não possibilidade de cura. A prática é menos conhecida e utilizada em [[países subdesenvolvidos]].<ref>[http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2048/pdfs/mat%2018.pdf Prática Hospitalar, 2006.]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref><ref>[http://www.antropologia.com.br/res/res28_1.htm Comunidade virtual de antropologia.]</ref>

Revisão das 16h46min de 23 de novembro de 2021

Paliativismo ou cuidados paliativos é o conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável que visa oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em pacientes terminais ou em estágio avançado de determinada enfermidade.[1]

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, os “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais” .[2]

E, para isso, é fundamental a atuação de uma equipe interdisciplinar que ofereça além de um trabalho de qualidade com técnica, os cuidados integrais e humanizados para o paciente e toda sua rede de apoio. [3]

Destaca-se que, os Cuidados Paliativos, precisam ser compreendidos como uma política pública e se integrar a todos os níveis de complexidade da saúde, para garantir o direito de oferecer uma assistência integral a todas as pessoas que se encontram fora de possibilidade de cura.[4]

Os cuidados paliativos, baseados nos conceitos da Ortotanásia, se concentram em amenizar os sintomas da doença e dar apoio físico e psicológico ao paciente e à família, integrando diferentes profissionais da área médica, havendo ou não possibilidade de cura. A prática é menos conhecida e utilizada em países subdesenvolvidos.[5][6]

História

O cuidado paliativo se confunde historicamente com o termo hospice, que definia abrigos destinados a receber e cuidar de peregrinos viajantes. O relato mais antigo remonta do século V, quando Fabíola, discípula de São Jerônimo, cuidava de viajantes provindos da Ásia, África e dos países do Leste no Hospício do Porto de Roma.[7] Uma ordem religiosa, no século XIX, os resumiu a locais destinados a moribundos na Irlanda e em Londres. O hospice moderno é um conceito relativamente recente que surgiu no Reino Unido após a fundação do St. Cristopher's Hospice, em 1967. Foi fundado por Cicely Saunders, amplamente conhecida como fundadora do movimento do hospice moderno.

O paliativismo tem crescido intensamente nos últimos anos. No Reino Unido, nos anos de 2003 e 2004, cerca 250 mil pessoas foram pacientes da prática nos hospices ou em outros locais de atendimento. Hoje, o tratamento é gratuito e sustentado através de caridade, apesar de já ter sido financiado pela National Health Service.

Nos Estados Unidos, o movimento passou de voluntário, melhorando os cuidados a pessoas que morriam sozinhas, isoladas ou em hospitais, para um significante componente do sistema de saúde. Em 2005, mais de 1,2 milhão de pessoas e suas famílias receberam tratamento paliativo. Esse é o único tratamento cujos benefícios do Medicare inclui remédios, equipamento médico e assistência em tempo integral. A maioria dos cuidados é feita na casa do paciente. É também disponível em diversos ambientes como, casas de enfermagem, prisões, hospitais. Na década 1970, o encontro de Cicely Saunders com Elisabeth Klüber-Ross, nos Estados Unidos, fez com que o Movimento Hospice também crescesse naquele país.[8] Desde então, tem havido um intenso aumento no número de programas, mais de 1200 atualmente. Aproximadamente, 55% dos hospitais com mais de 100 leitos possuem um programa. Nos hospitais, o funcionamento dos cuidados paliativos pode ser caro. Requer tempo e integração de vários profissionais. Além disso, os pacientes podem não ter seguro adequado ou quantia em dinheiro suficiente para cobrir os custos. Assim, estratégias para financiamento de programas de cuidados paliativos se concentram em cortar custos hospitalares, garantindo renda.[9]

Ver também

Referências

  1. Tempo de envelhecer: percursos e dimensões psicossociais/ organização Ligia Py...[et al.]. - Rio de Janeiro: NAU Editora, 2004.
  2. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. 2.ed. Geneva: WHO, 2002.
  3. Moreira, Márcio José da Silva; Guimarães, Michelle Ferreira; Lopes, Leonardo; Moreti, Felipe (31 de julho de 2020). «Contribuições da Fonoaudiologia nos cuidados paliativos e no fim da vida». CoDAS. ISSN 2317-1782. doi:10.1590/2317-1782/20202019202. Consultado em 23 de novembro de 2021 
  4. «Os cuidados paliativos como política pública: notas introdutórias». 2015  line feed character character in |titulo= at position 47 (ajuda); |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  5. Prática Hospitalar, 2006.[ligação inativa]
  6. Comunidade virtual de antropologia.
  7. CORTES, C. C. Historia y desarollo de los cuidados paliativos. In: Marcos G. S. (ed.). Cuidados paliativos e intervención psicossocial em enfermos com cáncer. Las palmas: ICEPS, 1988.
  8. PESSINI, L. Distanásia: até quando investir sem agredir? Bioética, v. 4, p. 31-43, 1996.
  9. Wikipédia inglesa

Ligações externas