Era Pós-Genômica: diferenças entre revisões

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Em [[Genómica|genômica]], a '''era''' '''pós-genômica''' <sup>([[português brasileiro]])</sup> ou '''pós-genómica''' <sup>([[português europeu]])</sup> refere-se ao período de tempo após a conclusão do [[Projeto Genoma Humano]] até os dias atuais. O nome refere-se ao fato de que a epistemologia genética da ciência contemporânea progrediu além da visão centrada no [[gene]] da era genômica anterior. <ref>{{Citar periódico |titulo=The case of the gene: Postgenomics between modernity and postmodernity |data=2015-07-01 |número=7 |ultimo=Perbal |primeiro=Laurence |paginas=777–781 |doi=10.15252/embr.201540179 |pmc=4515116 |pmid=26056161 |volume=16 |journal=EMBO Reports}}</ref> É definido pela ampla disponibilidade tanto da sequência do genoma humano quanto dos genomas completos de muitos organismos modelo. <ref>{{Citar livro|título=Health Informatics|ultimo=Meystre|primeiro=Stephane M.|ultimo2=Narus|primeiro2=Scott P.|ultimo3=Mitchell|primeiro3=Joyce A.|data=2012|editora=Springer London|localização=London|páginas=113–131|capitulo=Clinical Research in the Postgenomic Era|doi=10.1007/978-1-84882-448-5_7|isbn=9781848824478}}</ref>
Em [[Genómica|genômica]], a '''era''' '''pós-genômica''' <sup>([[português brasileiro]])</sup> ou '''pós-genómica''' <sup>([[português europeu]])</sup> refere-se ao período de tempo após a conclusão do [[Projeto Genoma Humano]] até os dias atuais. O nome refere-se ao fato de que a epistemologia genética da ciência contemporânea progrediu além da visão centrada no [[gene]] da era genômica anterior. <ref>{{Citar periódico |titulo=The case of the gene: Postgenomics between modernity and postmodernity |data=2015-07-01 |número=7 |ultimo=Perbal |primeiro=Laurence |paginas=777–781 |doi=10.15252/embr.201540179 |pmc=4515116 |pmid=26056161 |volume=16 |journal=EMBO Reports}}</ref> É definido pela ampla disponibilidade tanto da sequência do genoma humano quanto dos genomas completos de muitos organismos modelo. <ref>{{Citar livro|título=Health Informatics|ultimo=Meystre|primeiro=Stephane M.|ultimo2=Narus|primeiro2=Scott P.|ultimo3=Mitchell|primeiro3=Joyce A.|data=2012|editora=Springer London|localização=London|páginas=113–131|capitulo=Clinical Research in the Postgenomic Era|doi=10.1007/978-1-84882-448-5_7|isbn=9781848824478}}</ref>


A era pós-genômica é caracterizada por uma [[mudança de paradigma]], na qual novas pesquisas genéticas derrubaram muitos [[dogmas]] sobre a maneira como os genes influenciam os [[Fenótipo|fenótipos]], assim como sobre a própria definição de "gene". <ref>{{Citar periódico |titulo=Postgenomics, uncertain futures, and the familiarization of susceptibility genes |data=June 2011 |número=11 |ultimo=Chilibeck |primeiro=Gillian |ultimo2=Lock |primeiro2=Margaret |paginas=1768–1775 |doi=10.1016/j.socscimed.2010.01.053 |pmc=4993211 |pmid=20570031 |ultimo3=Sehdev |primeiro3=Megha |volume=72 |journal=Social Science & Medicine}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://dukespace.lib.duke.edu/dspace/bitstream/10161/12648/1/Charney%20-%202012%20-%20Behavior%20genetics%20and%20postgenomics.pdf |titulo=Behavior genetics and postgenomics |data=October 2012 |número=5 |ultimo=Charney |primeiro=Evan |paginas=331–358 |doi=10.1017/S0140525X11002226 |pmid=23095378 |volume=35 |hdl-access=free |journal=Behavioral and Brain Sciences}}</ref>
A era pós-genômica é caracterizada por uma [[mudança de paradigma]], na qual novas pesquisas genéticas derrubaram muitos [[dogmas]] sobre a maneira como os genes influenciam os [[Fenótipo|fenótipos]], assim como sobre a própria definição de "gene". <ref>{{Citar periódico |titulo=Postgenomics, uncertain futures, and the familiarization of susceptibility genes |data=June 2011 |número=11 |ultimo=Chilibeck |primeiro=Gillian |ultimo2=Lock |primeiro2=Margaret |paginas=1768–1775 |doi=10.1016/j.socscimed.2010.01.053 |pmc=4993211 |pmid=20570031 |ultimo3=Sehdev |primeiro3=Megha |volume=72 |journal=Social Science & Medicine}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://dukespace.lib.duke.edu/dspace/bitstream/10161/12648/1/Charney%20-%202012%20-%20Behavior%20genetics%20and%20postgenomics.pdf |titulo=Behavior genetics and postgenomics |data=October 2012 |número=5 |ultimo=Charney |primeiro=Evan |paginas=331–358 |doi=10.1017/S0140525X11002226 |pmid=23095378 |volume=35 |hdl-access=free |journal=Behavioral and Brain Sciences}}</ref> Isso inclui a criação da disciplina de [[genômica funcional]], que analisa genomas inteiros de organismos e, a partir disso, analisa funções de genes e proteínas.<ref>{{Citar periódico |titulo=Protein function in the post-genomic era |data=June 2000 |número=6788 |ultimo=Eisenberg |primeiro=David |ultimo2=Marcotte |primeiro2=Edward M. |paginas=823–826 |doi=10.1038/35015694 |pmid=10866208 |ultimo3=Xenarios |primeiro3=Ioannis |ultimo4=Yeates |primeiro4=Todd O. |volume=405 |journal=Nature}}</ref> Também envolve grandes mudanças na forma como pesquisas científicas são conduzidas e seus resultados divulgados, com iniciativas de [[ciência aberta]] permitindo que a criação de conhecimento ocorra fora do ambiente tradicional, o laboratório.<ref>{{Citar periódico |titulo=Designing a post-genomics knowledge ecosystem to translate pharmacogenomics into public health action |data=2012-11-29 |número=11 |ultimo=Dove |primeiro=Edward S. |ultimo2=Faraj |primeiro2=Samer A. |paginas=91 |doi=10.1186/gm392 |pmc=3580424 |pmid=23194449 |ultimo3=Kolker |primeiro3=Eugene |ultimo4=Özdemir |primeiro4=Vural |volume=4 |journal=Genome Medicine}}</ref> Isso levou a um amplo debate sobre se a melhor maneira de conduzir pesquisas genômicas é em pequena ou grande escala.<ref>{{Citar periódico |url=https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/genomics/ |titulo=Genomics and Postgenomics |data=2016 |acessodata=2018-06-16 |publicado=Metaphysics Research Lab, Stanford University |ultimo=Guttinger |primeiro=Stephan |ultimo2=Dupré |primeiro2=John |editor-nome2=Edward N.}}</ref>


Logo depois que os primeiros resultados do Projeto Genoma Humano foram anunciados, em 2000, os pesquisadores previram que esses resultados levariam a um tratamento individualizado e diagnósticos mais precisos para doenças humanas. <ref>{{Citar periódico |titulo=Dissecting Human Disease in the Postgenomic Era |data=2001-02-16 |número=5507 |ultimo=Peltonen |primeiro=Leena |ultimo2=McKusick |primeiro2=Victor A. |paginas=1224–1229 |doi=10.1126/science.291.5507.1224 |pmid=11233446 |volume=291 |journal=Science}}</ref> Mais recentemente, pesquisadores sugeriram que a forma como as doenças humanas são classificadas precisa ser atualizada, levando em conta os resultados do PGH. <ref>{{Citar periódico |titulo=Human disease classification in the postgenomic era: A complex systems approach to human pathobiology |data=2007-01-01 |número=1 |ultimo=Loscalzo |primeiro=Joseph |ultimo2=Kohane |primeiro2=Isaac |paginas=124 |doi=10.1038/msb4100163 |pmc=1948102 |pmid=17625512 |ultimo3=Barabasi |primeiro3=Albert-Laszlo |volume=3 |journal=Molecular Systems Biology}}</ref>
Logo depois que os primeiros resultados do Projeto Genoma Humano foram anunciados, em 2000, os pesquisadores previram que esses resultados levariam a um tratamento individualizado e diagnósticos mais precisos para doenças humanas. <ref>{{Citar periódico |titulo=Dissecting Human Disease in the Postgenomic Era |data=2001-02-16 |número=5507 |ultimo=Peltonen |primeiro=Leena |ultimo2=McKusick |primeiro2=Victor A. |paginas=1224–1229 |doi=10.1126/science.291.5507.1224 |pmid=11233446 |volume=291 |journal=Science}}</ref> Mais recentemente, pesquisadores sugeriram que a forma como as doenças humanas são classificadas precisa ser atualizada, levando em conta os resultados do PGH. <ref>{{Citar periódico |titulo=Human disease classification in the postgenomic era: A complex systems approach to human pathobiology |data=2007-01-01 |número=1 |ultimo=Loscalzo |primeiro=Joseph |ultimo2=Kohane |primeiro2=Isaac |paginas=124 |doi=10.1038/msb4100163 |pmc=1948102 |pmid=17625512 |ultimo3=Barabasi |primeiro3=Albert-Laszlo |volume=3 |journal=Molecular Systems Biology}}</ref>

Revisão das 23h19min de 29 de agosto de 2022

Em genômica, a era pós-genômica (português brasileiro) ou pós-genómica (português europeu) refere-se ao período de tempo após a conclusão do Projeto Genoma Humano até os dias atuais. O nome refere-se ao fato de que a epistemologia genética da ciência contemporânea progrediu além da visão centrada no gene da era genômica anterior. [1] É definido pela ampla disponibilidade tanto da sequência do genoma humano quanto dos genomas completos de muitos organismos modelo. [2]

A era pós-genômica é caracterizada por uma mudança de paradigma, na qual novas pesquisas genéticas derrubaram muitos dogmas sobre a maneira como os genes influenciam os fenótipos, assim como sobre a própria definição de "gene". [3][4] Isso inclui a criação da disciplina de genômica funcional, que analisa genomas inteiros de organismos e, a partir disso, analisa funções de genes e proteínas.[5] Também envolve grandes mudanças na forma como pesquisas científicas são conduzidas e seus resultados divulgados, com iniciativas de ciência aberta permitindo que a criação de conhecimento ocorra fora do ambiente tradicional, o laboratório.[6] Isso levou a um amplo debate sobre se a melhor maneira de conduzir pesquisas genômicas é em pequena ou grande escala.[7]

Logo depois que os primeiros resultados do Projeto Genoma Humano foram anunciados, em 2000, os pesquisadores previram que esses resultados levariam a um tratamento individualizado e diagnósticos mais precisos para doenças humanas. [8] Mais recentemente, pesquisadores sugeriram que a forma como as doenças humanas são classificadas precisa ser atualizada, levando em conta os resultados do PGH. [9]

Referências

  1. Perbal, Laurence (1 de julho de 2015). «The case of the gene: Postgenomics between modernity and postmodernity». EMBO Reports. 16 (7): 777–781. PMC 4515116Acessível livremente. PMID 26056161. doi:10.15252/embr.201540179 
  2. Meystre, Stephane M.; Narus, Scott P.; Mitchell, Joyce A. (2012). «Clinical Research in the Postgenomic Era». Health Informatics. London: Springer London. pp. 113–131. ISBN 9781848824478. doi:10.1007/978-1-84882-448-5_7 
  3. Chilibeck, Gillian; Lock, Margaret; Sehdev, Megha (June 2011). «Postgenomics, uncertain futures, and the familiarization of susceptibility genes». Social Science & Medicine. 72 (11): 1768–1775. PMC 4993211Acessível livremente. PMID 20570031. doi:10.1016/j.socscimed.2010.01.053  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. Charney, Evan (October 2012). «Behavior genetics and postgenomics» (PDF). Behavioral and Brain Sciences. 35 (5): 331–358. PMID 23095378. doi:10.1017/S0140525X11002226  |hdl-access= requer |hdl= (ajuda); Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. Eisenberg, David; Marcotte, Edward M.; Xenarios, Ioannis; Yeates, Todd O. (June 2000). «Protein function in the post-genomic era». Nature. 405 (6788): 823–826. PMID 10866208. doi:10.1038/35015694  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. Dove, Edward S.; Faraj, Samer A.; Kolker, Eugene; Özdemir, Vural (29 de novembro de 2012). «Designing a post-genomics knowledge ecosystem to translate pharmacogenomics into public health action». Genome Medicine. 4 (11). 91 páginas. PMC 3580424Acessível livremente. PMID 23194449. doi:10.1186/gm392 
  7. Guttinger, Stephan; Dupré, John (2016). «Genomics and Postgenomics». Metaphysics Research Lab, Stanford University. Consultado em 16 de junho de 2018  |nome2= sem |sobrenome2= em Editors list (ajuda)
  8. Peltonen, Leena; McKusick, Victor A. (16 de fevereiro de 2001). «Dissecting Human Disease in the Postgenomic Era». Science. 291 (5507): 1224–1229. PMID 11233446. doi:10.1126/science.291.5507.1224 
  9. Loscalzo, Joseph; Kohane, Isaac; Barabasi, Albert-Laszlo (1 de janeiro de 2007). «Human disease classification in the postgenomic era: A complex systems approach to human pathobiology». Molecular Systems Biology. 3 (1). 124 páginas. PMC 1948102Acessível livremente. PMID 17625512. doi:10.1038/msb4100163