Saltar para o conteúdo

Cuscuta racemosa: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Acrescentei mais informações sobre a espécie baseadas em estudos recentes. Apesar de estar tudo referenciado, não consegui fazer as referências aparecerem na seção de referências como uma lista.
Linha 1: Linha 1:
{{info/Taxonomia
{{info/Taxonomia
| nome = ''Cuscuta racemosa''
| nome = ''Cuscuta racemosa'' Mart.
| cor = lightgreen
| cor = lightgreen
| imagem = Cuscuta racemosa1.jpeg
| imagem = Cuscuta racemosa1.jpeg
Linha 10: Linha 10:
| família = [[Convolvulaceae]]
| família = [[Convolvulaceae]]
| género = '''''Cuscuta'''''
| género = '''''Cuscuta'''''
| género_autoridade = [[L.]]
| subdivisão_nome = Espécies
| espécie = '''C. racemosa'''
| subdivisão = <center>Ver texto
| binomial = ''Cuscuta racemosa''
| binomial_autoridade = [[Mart.]]
}}
}}
{{Correlatos|
{{Correlatos|
Linha 18: Linha 20:
}}
}}


'''''Cuscuta racemosa''''' é uma espécie vegetal do gênero ''[[Cuscuta]]'' considerado [[parasita]], é popularmente chamada de '''cipó-chumbo'''<ref name="SouzaPeixoto1995">{{cite book|author1=Julio Seabra Inglez Souza|author2=Aristeu Mendes Peixoto|author3=Francisco Ferraz de Toledo|title=Enciclopédia agrícola brasileira: C-D|url=https://books.google.com/books?id=RCyZWhMgTiAC&pg=PT340|year=1995|publisher=EdUSP|isbn=978-85-314-0460-3|page=340}}</ref><ref name="flbr">Simão-Bianchini, R.,Ferreira, P.P.A. 2015. [http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB6984 ''Cuscuta in Lista de Espécies da Flora do Brasil'']. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
'''''Cuscuta racemosa''''' '''Mart.''' é uma planta [[parasita]] da família [[Convolvulaceae]]. Ela é popularmente chamada de '''cipó-chumbo'''<ref name="SouzaPeixoto1995">{{cite book|author1=Julio Seabra Inglez Souza|author2=Aristeu Mendes Peixoto|author3=Francisco Ferraz de Toledo|title=Enciclopédia agrícola brasileira: C-D|url=https://books.google.com/books?id=RCyZWhMgTiAC&pg=PT340|year=1995|publisher=EdUSP|isbn=978-85-314-0460-3|page=340}}</ref><ref name="flbr">Simão-Bianchini, R.,Ferreira, P.P.A. 2015. [http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB6984 ''Cuscuta in Lista de Espécies da Flora do Brasil'']. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)</ref>, '''fios-de-ovos'''<ref name="flbr"/>, '''cipó-dourado'''<ref name="flbr"/>, '''aletria'''<ref name="flbr"/>, '''cuscuta'''<ref name="flbr"/> e '''espaguete'''<ref name="flbr"/>
BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)</ref>, '''fios-de-ovos'''<ref name="flbr"/>, '''cipó-dourado'''<ref name="flbr"/>, '''aletria'''<ref name="flbr"/>, '''cuscuta'''<ref name="flbr"/> e '''espaguete'''<ref name="flbr"/>. No Brasil, geralmente é encontrada parasitando plantas ornamentais<ref>{{citar livro|título=Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais|ultimo=Lorenzi|primeiro=Harri|editora=Plantarum|ano=2008|local=Nova Odessa|páginas=640|isbn=8586714275}}</ref>.

Como todas as espécies do [[Género (biologia)|gênero]], a ''C. racemosa'' não possui raízes nem folhas verdadeiras, e não há registro de que seja capaz de fazer fotossíntese<ref name=":0">{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/abb/a/cn4JHQbCzq4bbyS3L6HMwPS/?lang=en |título=Localised photosynthetic pigments in the node of a holoparasitic plant: support for shoot growth? |data=2022-02-04 |acessodata=2023-04-16 |periódico=Acta Botanica Brasilica |ultimo=Parise |primeiro=André Geremia |ultimo2=Basso |primeiro2=Luis Felipe |paginas=698–702 |lingua=en |doi=10.1590/0102-33062020abb0302 |issn=0102-3306 |ultimo3=Oliveira |primeiro3=Ricardo Padilha de |ultimo4=Reissig |primeiro4=Gabriela Niemeyer}}</ref> para sobreviver [[Autotrofismo|autotroficamente]]. Consequentemente, ela depende inteiramente de seus hospedeiros para sobreviver, sendo considerada uma planta [[Holoparasitismo|holoparasita]]. No entanto, ''C. racemosa'' pode produzir clorofilas quando não está conectada a uma planta hospedeira<ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpls.2021.594195 |título=Detection of Different Hosts From a Distance Alters the Behaviour and Bioelectrical Activity of Cuscuta racemosa |data=2021 |acessodata=2023-04-16 |periódico=Frontiers in Plant Science |ultimo=Parise |primeiro=André Geremia |ultimo2=Reissig |primeiro2=Gabriela Niemeyer |doi=10.3389/fpls.2021.594195/full |issn=1664-462X |ultimo3=Basso |primeiro3=Luis Felipe |ultimo4=Senko |primeiro4=Luiz Gustavo Schultz |ultimo5=Oliveira |primeiro5=Thiago Francisco de Carvalho |ultimo6=de Toledo |primeiro6=Gabriel Ricardo Aguilera |ultimo7=Ferreira |primeiro7=Arlan Silva |ultimo8=Souza |primeiro8=Gustavo Maia}}</ref><ref name=":0" />. Além disso, a espécie produz carotenoides como [[Betacaroteno|β-caroteno]] e [[licopeno]] que lhe conferem sua caracterítica cor dourada.<ref name=":1" /><ref name=":0" />

A ''C. racemosa'' é usada na medicina popular para combater problemas intestinais e no fígado, além de ser utilisada como diurética e anti-inflamatória<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/rbfar/a/FN4qRy454gjtGdXLV4F95xJ/?lang=en |título=Phytochemical study and evaluation of the antimicrobial activity and cytotoxicity of Cuscuta racemosa |data=2011-02 |acessodata=2023-04-16 |periódico=Revista Brasileira de Farmacognosia |ultimo=Ferraz |primeiro=Helena O. |ultimo2=Silva |primeiro2=Magali G. |paginas=41–46 |lingua=en |doi=10.1590/S0102-695X2011005000005 |issn=0102-695X |ultimo3=Carvalho |primeiro3=Rui |ultimo4=Suffredini |primeiro4=Ivana B. |ultimo5=Kato |primeiro5=Edna T. M. |ultimo6=Arakaki |primeiro6=Fernanda |ultimo7=Bacchi |primeiro7=Elfriede M.}}</ref>.

Como todas as plantas, a ''C. racemosa'' possui uma atividade [[Bioelectricidade|bioelétrica]] intrínseca. Quando na presença de outras espécies de plantas, foi observado que essa atividade muda de acordo com a espécie que está proxima à cuscuta, sugerindo que a ''C. racemosa'' é capaz de reconhecer diferentes espécies de plantas mesmo a uma distância delas<ref name=":1" />.


{{referências}}
{{referências}}

Revisão das 19h10min de 16 de abril de 2023

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCuscuta racemosa Mart.
Cuscuta racemosa
Cuscuta racemosa
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Convolvulaceae
Género: Cuscuta
L.
Espécie: C. racemosa
Nome binomial
Cuscuta racemosa
Mart.
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons
Wikispecies Diretório no Wikispecies


Cuscuta racemosa Mart. é uma planta parasita da família Convolvulaceae. Ela é popularmente chamada de cipó-chumbo[1][2], fios-de-ovos[2], cipó-dourado[2], aletria[2], cuscuta[2] e espaguete[2]. No Brasil, geralmente é encontrada parasitando plantas ornamentais[3].

Como todas as espécies do gênero, a C. racemosa não possui raízes nem folhas verdadeiras, e não há registro de que seja capaz de fazer fotossíntese[4] para sobreviver autotroficamente. Consequentemente, ela depende inteiramente de seus hospedeiros para sobreviver, sendo considerada uma planta holoparasita. No entanto, C. racemosa pode produzir clorofilas quando não está conectada a uma planta hospedeira[5][4]. Além disso, a espécie produz carotenoides como β-caroteno e licopeno que lhe conferem sua caracterítica cor dourada.[5][4]

A C. racemosa é usada na medicina popular para combater problemas intestinais e no fígado, além de ser utilisada como diurética e anti-inflamatória[6].

Como todas as plantas, a C. racemosa possui uma atividade bioelétrica intrínseca. Quando na presença de outras espécies de plantas, foi observado que essa atividade muda de acordo com a espécie que está proxima à cuscuta, sugerindo que a C. racemosa é capaz de reconhecer diferentes espécies de plantas mesmo a uma distância delas[5].

Referências

  1. Julio Seabra Inglez Souza; Aristeu Mendes Peixoto; Francisco Ferraz de Toledo (1995). Enciclopédia agrícola brasileira: C-D. [S.l.]: EdUSP. p. 340. ISBN 978-85-314-0460-3 
  2. a b c d e f Simão-Bianchini, R.,Ferreira, P.P.A. 2015. Cuscuta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)
  3. Lorenzi, Harri (2008). Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. Nova Odessa: Plantarum. 640 páginas. ISBN 8586714275 
  4. a b c Parise, André Geremia; Basso, Luis Felipe; Oliveira, Ricardo Padilha de; Reissig, Gabriela Niemeyer (4 de fevereiro de 2022). «Localised photosynthetic pigments in the node of a holoparasitic plant: support for shoot growth?». Acta Botanica Brasilica (em inglês): 698–702. ISSN 0102-3306. doi:10.1590/0102-33062020abb0302. Consultado em 16 de abril de 2023 
  5. a b c Parise, André Geremia; Reissig, Gabriela Niemeyer; Basso, Luis Felipe; Senko, Luiz Gustavo Schultz; Oliveira, Thiago Francisco de Carvalho; de Toledo, Gabriel Ricardo Aguilera; Ferreira, Arlan Silva; Souza, Gustavo Maia (2021). «Detection of Different Hosts From a Distance Alters the Behaviour and Bioelectrical Activity of Cuscuta racemosa». Frontiers in Plant Science. ISSN 1664-462X. doi:10.3389/fpls.2021.594195/full. Consultado em 16 de abril de 2023 
  6. Ferraz, Helena O.; Silva, Magali G.; Carvalho, Rui; Suffredini, Ivana B.; Kato, Edna T. M.; Arakaki, Fernanda; Bacchi, Elfriede M. (fevereiro de 2011). «Phytochemical study and evaluation of the antimicrobial activity and cytotoxicity of Cuscuta racemosa». Revista Brasileira de Farmacognosia (em inglês): 41–46. ISSN 0102-695X. doi:10.1590/S0102-695X2011005000005. Consultado em 16 de abril de 2023