Plenitude auricular: diferenças entre revisões

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A '''plenitude auditiva''' é um sintoma também associado à mudança de pressão ou a disfunção da [[tuba auditiva]]<nowiki/>considerado um sintoma de pacientes com [[Disfunção temporomandibular|DTM]]. A DTM pode causar vários efeitos, auditivos e não auditivos. Quanto aos efeitos ''não auditivos'', podem-se encontrar as dores orofaciais e cefaléia (dor persistente e violenta de cabeça), e os efeitos auditivos podem ser: zumbido, plenitude auricular, [[otalgia]] e [[perda auditiva]]. A dor é definida, segundo a ''International Association for the Study of Pain - IASP'', como uma experiência sensorial e emocional desagradável. Na disfunção temporomandibular (DTM) as condições musculoesqueléticas, quer da região cervical, quer da musculatura da mastigação, são a maior causa de dor não dental na região orofacial, e essa dor normalmente se localiza na área pré-auricular irradiando-se para a região temporal, frontal ou occipital<ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://revistas.pucsp.br/dic/article/view/41097 |título=Achados audiológicos em portadores de zumbido subjetivo associado a DTM |data=2019-07-24 |acessodata=2023-04-15 |periódico=Distúrbios da Comunicação |número=2 |ultimo=Cassol |primeiro=Karlla |ultimo2=Lopes |primeiro2=Andrea Cintra |paginas=276–284 |doi=10.23925/2176-2724.2019v31i2p276-284 |issn=2176-2724 |ultimo3=Bozza |primeiro3=Amanda}}</ref>.
A '''plenitude auditiva''' é um sintoma também associado à mudança de pressão ou a disfunção da [[tuba auditiva]]<nowiki/>considerado um sintoma de pacientes com [[Disfunção temporomandibular|DTM]]. A DTM pode causar vários efeitos, auditivos e não auditivos. Quanto aos efeitos ''não auditivos'', podem-se encontrar as dores orofaciais e cefaléia (dor persistente e violenta de cabeça), e os efeitos auditivos podem ser: zumbido, plenitude auricular, [[otalgia]] e [[perda auditiva]]. A dor é definida, segundo a ''International Association for the Study of Pain - IASP'', como uma experiência sensorial e emocional desagradável. Na disfunção temporomandibular (DTM) as condições musculoesqueléticas, quer da região cervical, quer da musculatura da mastigação, são a maior causa de dor não dental na região orofacial, e essa dor normalmente se localiza na área pré-auricular irradiando-se para a região temporal, frontal ou occipital<ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://revistas.pucsp.br/dic/article/view/41097 |título=Achados audiológicos em portadores de zumbido subjetivo associado a DTM |data=2019-07-24 |acessodata=2023-04-15 |periódico=Distúrbios da Comunicação |número=2 |ultimo=Cassol |primeiro=Karlla |ultimo2=Lopes |primeiro2=Andrea Cintra |paginas=276–284 |doi=10.23925/2176-2724.2019v31i2p276-284 |issn=2176-2724 |ultimo3=Bozza |primeiro3=Amanda}}</ref>.


É comum pacientes com dor na [[Articulação temporomandibular|ATM]] também se queixarem de dor otológica, isso por quê na orelha encontra-se contido no osso temporal e relaciona-se com o côndilo mandibular, separado deste apenas pela parede timpânica. A proximidade da orelha com a ATM e os músculos da mastigação como também suas inervações comuns no trigêmeo, criam uma condição frequente de dor reflexa. Otalgia sem causas orgânicas é um sintoma comum em pacientes com DTM, ainda que a etiologia seja controversa, e as investigações da influência do tratamento da DTM por conta da otalgia são escassos. Dentre os estudos sobre a ATM, temos a necessidade de um tratamento multidisciplinar no qual envolve profissionais das seguintes áreas: [[Fisioterapia]], [[Psicologia]], [[Odontologia]], [[Otorrinolaringologia]] e [[Fonoaudiologia]]. Esse tratamento se deve ao fato de o indivíduo ser considerado globalmente, procurando adequar a mobilidade das articulações, reabilitar a oclusão dentária, reposicionar a língua, reeducar posturas, equilibrar grupamentos musculares e orientar trabalho respiratório, melhorando a qualidade de vida do paciente e promovendo seu retorno mais breve possível às atividades diárias<ref name=":0" />.
É comum pacientes com dor na [[Articulação temporomandibular|ATM]] também se queixarem de dor otológica, isso por quê na orelha encontra-se contido no osso temporal e relaciona-se com o côndilo mandibular, separado deste apenas pela parede timpânica<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312019000100309&tlng=pt |título=Achados audiológicos em pacientes portadores de disfunção temporomandibular |data=2019 |acessodata=2023-04-24 |periódico=Audiology - Communication Research |ultimo=Mathias |primeiro=Thiago |ultimo2=Alcarás |primeiro2=Patrícia Arruda de Souza |paginas=e1973 |doi=10.1590/2317-6431-2017-1973 |issn=2317-6431 |ultimo3=Cristoff |primeiro3=Killian Evandro |ultimo4=Marques |primeiro4=Jair Mendes |ultimo5=Zeigelboim |primeiro5=Bianca Simone |ultimo6=Lacerda |primeiro6=Adriana Bender Moreira de}}</ref>. A proximidade da orelha com a ATM e os músculos da mastigação como também suas inervações comuns no trigêmeo, criam uma condição frequente de dor reflexa. Otalgia sem causas orgânicas é um sintoma comum em pacientes com DTM, ainda que a etiologia seja controversa, e as investigações da influência do tratamento da DTM por conta da otalgia são escassos. Dentre os estudos sobre a ATM, temos a necessidade de um tratamento multidisciplinar no qual envolve profissionais das seguintes áreas: [[Fisioterapia]], [[Psicologia]], [[Odontologia]], [[Otorrinolaringologia]] e [[Fonoaudiologia]]. Esse tratamento se deve ao fato de o indivíduo ser considerado globalmente, procurando adequar a mobilidade das articulações, reabilitar a oclusão dentária, reposicionar a língua, reeducar posturas, equilibrar grupamentos musculares e orientar trabalho respiratório, melhorando a qualidade de vida do paciente e promovendo seu retorno mais breve possível às atividades diárias<ref name=":0" />.

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Revisão das 16h54min de 24 de abril de 2023

Plenitude auricular ou plenitude aural, é um termo da área de audiologia, usado para descrever uma sensação auditiva que pode ser associada à sensação de orelha abafada, pressão no ouvido ou sensação de "ouvido entupido" e autofonia.

Esta queixa pode também estar associada à um trauma auditivo, como por exemplo a perfuração membrana timpânica, que ocorre na maioria das vezes, pela exposição ao ruído de alta intensidade, acidente com impacto cefálico ou inserção de objetos pontiagudos dentro do meato acústico, pode estar associada também por uma de agressão sofrida pelo paciente por um terceiro. Como consequência dessa perfuração, pode haver perda auditiva, geralmente do tipo condutiva, acompanhada por sintomas como: plenitude auricular, zumbido, autofonia e infecções da orelha média[1].

A disfunção da tuba auditiva pode necessitar de tratamento médico, prevenindo uma possível otite que podem causar a sensação de ouvido tapado, pois, devido a infecção do meato acústico externo este poderá ficar edemaciado, inchado e ocluído. As otites podem ocorrer quando o paciente tem contato com mar ou piscina, limpeza excessiva do meato acústico externo ou pelo mau uso dos EPIs[2].

A plenitude auditiva é um sintoma também associado à mudança de pressão ou a disfunção da tuba auditivaconsiderado um sintoma de pacientes com DTM. A DTM pode causar vários efeitos, auditivos e não auditivos. Quanto aos efeitos não auditivos, podem-se encontrar as dores orofaciais e cefaléia (dor persistente e violenta de cabeça), e os efeitos auditivos podem ser: zumbido, plenitude auricular, otalgia e perda auditiva. A dor é definida, segundo a International Association for the Study of Pain - IASP, como uma experiência sensorial e emocional desagradável. Na disfunção temporomandibular (DTM) as condições musculoesqueléticas, quer da região cervical, quer da musculatura da mastigação, são a maior causa de dor não dental na região orofacial, e essa dor normalmente se localiza na área pré-auricular irradiando-se para a região temporal, frontal ou occipital[3].

É comum pacientes com dor na ATM também se queixarem de dor otológica, isso por quê na orelha encontra-se contido no osso temporal e relaciona-se com o côndilo mandibular, separado deste apenas pela parede timpânica[4]. A proximidade da orelha com a ATM e os músculos da mastigação como também suas inervações comuns no trigêmeo, criam uma condição frequente de dor reflexa. Otalgia sem causas orgânicas é um sintoma comum em pacientes com DTM, ainda que a etiologia seja controversa, e as investigações da influência do tratamento da DTM por conta da otalgia são escassos. Dentre os estudos sobre a ATM, temos a necessidade de um tratamento multidisciplinar no qual envolve profissionais das seguintes áreas: Fisioterapia, Psicologia, Odontologia, Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia. Esse tratamento se deve ao fato de o indivíduo ser considerado globalmente, procurando adequar a mobilidade das articulações, reabilitar a oclusão dentária, reposicionar a língua, reeducar posturas, equilibrar grupamentos musculares e orientar trabalho respiratório, melhorando a qualidade de vida do paciente e promovendo seu retorno mais breve possível às atividades diárias[3].

A sensação de plenitude auricular esta normalmente associada à perda auditiva neurossensorial, sendo uma das queixas de maior recorrência juntamente com o zumbido[5]. Existe uma relação importante entre as perdas auditivas obtidas nas audiometrias ocupacionais e os sintomas auditivos mais freqüentes como: dificuldade de compreensão da fala, hipoacusia, zumbido, sensação de plenitude auricular, otorreia e tonturas[6].

Referências

  1. Pinho, Ana Mariana de Moraes Rebello; Kencis, Carolina Christofani Sian; Miranda, Dino Rafael Pérez; Sousa Neto, Osmar Mesquita de (novembro de 2020). «Traumatic perforations of the tympanic membrane: immediate clinical recovery with the use of bacterial cellulose film». Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (em inglês) (6): 727–733. PMC PMC9422489Acessível livremente Verifique |pmc= (ajuda). PMID 31526712. doi:10.1016/j.bjorl.2019.05.001. Consultado em 15 de abril de 2023 
  2. Figueiredo, Ricardo R.; Fabri, Magdala L.; Machado, Walter S. (abril de 2004). «Otite externa difusa aguda: um estudo prospectivo no verão do Rio de Janeiro». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (2): 226–231. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/S0034-72992004000200013. Consultado em 15 de abril de 2023 
  3. a b Cassol, Karlla; Lopes, Andrea Cintra; Bozza, Amanda (24 de julho de 2019). «Achados audiológicos em portadores de zumbido subjetivo associado a DTM». Distúrbios da Comunicação (2): 276–284. ISSN 2176-2724. doi:10.23925/2176-2724.2019v31i2p276-284. Consultado em 15 de abril de 2023 
  4. Mathias, Thiago; Alcarás, Patrícia Arruda de Souza; Cristoff, Killian Evandro; Marques, Jair Mendes; Zeigelboim, Bianca Simone; Lacerda, Adriana Bender Moreira de (2019). «Achados audiológicos em pacientes portadores de disfunção temporomandibular». Audiology - Communication Research: e1973. ISSN 2317-6431. doi:10.1590/2317-6431-2017-1973. Consultado em 24 de abril de 2023 
  5. Lacerda, Adriana; Figueiredo, Gisele; Massarolo Neto, Jeane; Marques, Jair Mendes (2010). «Achados audiológicos e queixas relacionadas à audição dos motoristas de ônibus urbano». Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (2): 161–166. ISSN 1516-8034. doi:10.1590/S1516-80342010000200003. Consultado em 24 de abril de 2023 
  6. Araújo, Simone Adad (13 de maio de 2002). «Perda auditiva induzida pelo ruído em trabalhadores de metalúrgica». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (1): 47–52. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/S0034-72992002000100008. Consultado em 24 de abril de 2023