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Manuel Raimundo de Melo: diferenças entre revisões

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==Episcopado caetiteense ==
==Episcopado caetiteense ==
[[Ficheiro:Bispo Dom Manoel de Caetité - comunidade jesuíta.jpg|330px|miniaturadaimagem|esquerda|Em cerca de 1916, D. Manuel posa com os jesuítas do Colégio São Luiz Gonzaga e os párocos Monsenhor Bastos (à sua direita) e Liberato Azevedo (último sentado, à direita).]]
[[Ficheiro:Bispo Dom Manoel de Caetité - comunidade jesuíta.jpg|330px|miniaturadaimagem|esquerda|Em cerca de 1916, D. Manuel posa com os jesuítas do Instituto São Luiz Gonzaga e os párocos Monsenhor Bastos (à sua direita) e Liberato Azevedo (último sentado, à direita).]]
A cidade de Caetité vivia era uma ilha de cultura e educação no alto sertão baiano, quando ali se instalou o "Colégio Americano", dentro do espírito missionário presbiteriano do inglês [[Henry John McCall]], com apoio da classe dominante. Como reação, o padre Luiz Pinto Bastos conseguiu instalar ali o ''Instituto São Luiz Gonzaga'', trazendo para a cidade jesuítas [[portugueses]] que, [[Implantação_da_República_Portuguesa#Separação_entre_o_Estado_e_a_Igreja|perseguidos naquele país]], fugiam ao Brasil.{{Nota de rodapé|Perseguidos em Portugal, os jesuítas fugiram para a Espanha, Itália e Brasil; neste último Recife, Salvador e Caetité foram as principais cidades que receberam os sacerdotes na chamada Província Setentrional, então. Dessas cidades partiram para várias outras, como Belém, Baturité, Fortaleza, etc. Permaneceram na cidade baiana até cerca de 1925, quando foi reinstalada ali a [[Instituto de Educação Anísio Teixeira|Escola Normal]].<ref name=abc/>}} Assim, para atender "uma demanda política, principalmente de afirmação da educação católica diante do ensino protestante ou laico", em 1912 instalou-se a escola católica, o que fortaleceu a demanda do padre Bastos pela criação de uma diocese. Assim, a 20 de outubro de 1913, foi expedida a [[Bula pontifícia|bula]] ''Majus animarum bonum'' pelo papa [[Pio X]], autorizando a criação do bispado de Caetité.<ref name=abc>{{citar web|url=https://www.scielo.br/j/pp/a/yNqNsmLXS97NVMgBpC97kZL/?lang=pt |título=Religião e educação: os projetos dos jesuítas portugueses em tempos de exílio no Brasil (1910-1938) |autor=Carlos André Silva de Moura |data=2018 |publicado=Scielo |acessodata=21/1/2024 |língua=en |wayb=20231227185953|urlmorta=}}</ref>
Em 1915 instalou na cidade o Colégio Imaculada Conceição, de freiras, em sistema de internato para meninas que ali tinham o ensino fundamental e complementar, além de aulas de artes. Em 1919 esse colégio passou a funcionar em prédio próprio, erguido à rua Rui Barbosa, e durou até 1925.<ref>{{citar web|url=https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/download/168283/161432/415504 |título=Educação no Alto Sertão da Bahia (1901-1930): análise a partir de "Os Analphabetos" |autor1=Margarete Santos Dias |autor2=Rogério Soares Brito |autor3=Maria Lúcia Porto Silva Nogueira |data=2020 |publicado=USP: Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da GraduaçãoAno 14 – Volume 1 – Janeiro-Junho |acessodata=19/1/2023 |língua=|wayb=20240120013311 |urlmorta=}}</ref>

Em 1915 instalou na cidade o Colégio Imaculada Conceição, de freiras, em sistema de internato para meninas que ali tinham o ensino fundamental e complementar, além de aulas de artes. Em 1919 esse colégio passou a funcionar em prédio próprio, erguido à rua Rui Barbosa, e durou até 1925.<ref>{{citar web|url=https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/download/168283/161432/415504 |título=Educação no Alto Sertão da Bahia (1901-1930): análise a partir de "Os Analphabetos" |autor1=Margarete Santos Dias |autor2=Rogério Soares Brito |autor3=Maria Lúcia Porto Silva Nogueira |data=2020 |publicado=USP: Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação, Ano 14 – Volume 1 – Janeiro-Junho |acessodata=19/1/2023 |língua=|wayb=20240120013311 |urlmorta=}}</ref>


==Homenagens==
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A [[Academia Caetiteense de Letras]] dedicou-lhe o patronato da Cadeira 35, que teve por fundador o radialista Luís Pereira Benevides.<ref>{{citar web|URL=http://arg.geocities.ws/acadcaetiteenseletras/patronos_35dmanoel.html|título=Patronos: D. Manoel Raimundo de Melo |autor=Institucional |data=s/d |publicado=Academia Caetiteense de Letras |acessodata=26/10/2016}}</ref>
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Revisão das 14h48min de 21 de janeiro de 2024

Manoel Raimundo de Melo
Bispo da Igreja Católica
Bispo-emérito de Caetité
Info/Prelado da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Caetité
Nomeação 18 de abril de 1914
Entrada solene 19 de março de 1915
Predecessor criação diocese
Sucessor Dom Juvêncio de Brito
Mandato 1914 - 1923
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 5 de novembro de 1894
Nomeação episcopal 18 de abril de 1914
Ordenação episcopal 21 de fevereiro de 1915
por Dom Jerônimo Tomé da Silva
Lema episcopal Per quem accepimus gratiam et apostolatum
Brasão episcopal
Dados pessoais
Nascimento Capela
4 de fevereiro de 1872
Morte Propriá
11 de março de 1943 (71 anos)
Nacionalidade brasileiro
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Dom Manoel Raimundo de Melo (Capela, 4 de fevereiro de 1872 - Propriá, 1943[1]), foi um religioso católico brasileiro, ordenado bispo pelo então Cardeal Primaz do Brasil, Dom Jerônimo Tomé da Silva. Foi o instalador da Diocese de Caetité, no estado da Bahia.

Biografia

Dirigiu, em Aracaju, o colégio para meninos São Tomás de Aquino.[2]

Com a chegada do primeiro bispo de Sergipe, D. José Thomaz Gomes da Silva, esse expediu em uma circular ao clero no dia 21 de dezembro de 1911, a viger a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte, no qual passava a direção do "Boletim Diocesano" ao Monsenhor Manuel Raimundo de Melo, passando o periódico a ter formato de revista e a se chamar “A Diocese de Aracaju”, com no mínimo dezesseis páginas e periodicidade mensal.[3] Sua residência ali, à praça Camerino, foi onde o bispo instalou o seminário diocesano “Sagrado Coração de Jesus”, em 1913.[4]

Episcopado caetiteense

Em cerca de 1916, D. Manuel posa com os jesuítas do Instituto São Luiz Gonzaga e os párocos Monsenhor Bastos (à sua direita) e Liberato Azevedo (último sentado, à direita).

A cidade de Caetité vivia era uma ilha de cultura e educação no alto sertão baiano, quando ali se instalou o "Colégio Americano", dentro do espírito missionário presbiteriano do inglês Henry John McCall, com apoio da classe dominante. Como reação, o padre Luiz Pinto Bastos conseguiu instalar ali o Instituto São Luiz Gonzaga, trazendo para a cidade jesuítas portugueses que, perseguidos naquele país, fugiam ao Brasil.[nota 1] Assim, para atender "uma demanda política, principalmente de afirmação da educação católica diante do ensino protestante ou laico", em 1912 instalou-se a escola católica, o que fortaleceu a demanda do padre Bastos pela criação de uma diocese. Assim, a 20 de outubro de 1913, foi expedida a bula Majus animarum bonum pelo papa Pio X, autorizando a criação do bispado de Caetité.[5]

Em 1915 instalou na cidade o Colégio Imaculada Conceição, de freiras, em sistema de internato para meninas que ali tinham o ensino fundamental e complementar, além de aulas de artes. Em 1919 esse colégio passou a funcionar em prédio próprio, erguido à rua Rui Barbosa, e durou até 1925.[6]

Homenagens

Em Caetité Dom Manoel é nome de avenida e colégio.

A Academia Caetiteense de Letras dedicou-lhe o patronato da Cadeira 35, que teve por fundador o radialista Luís Pereira Benevides.[7]

Notas e referências

Notas

  1. Perseguidos em Portugal, os jesuítas fugiram para a Espanha, Itália e Brasil; neste último Recife, Salvador e Caetité foram as principais cidades que receberam os sacerdotes na chamada Província Setentrional, então. Dessas cidades partiram para várias outras, como Belém, Baturité, Fortaleza, etc. Permaneceram na cidade baiana até cerca de 1925, quando foi reinstalada ali a Escola Normal.[5]

Referências

  1. FlorianópolisO Apóstolo (313 (ano XIV)): 4. 1 de julho de 1943. Faleceu na cidade de Propriá, Sergipe, o sr. D. Manoel Raimundo de Melo, bispo resignatário de Caetité, Baía 
  2. Luís Antônio Barreto (16 de março de 2006). «Na virada do século a demonstração de fé». Serigy: a história de um povo. Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 21 de janeiro de 2024 
  3. Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas; Maria José Danta (2008). «Impressos católicos em Sergipe e suas contribuições para a história da educação». Universidade Federal de Sergipe. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (37): 146-147. Consultado em 20 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2024 
  4. Guilherme Alexandre Santos; Simone Silvestre Santos Freitas (22 de setembro de 2018). «A influência da Igreja Católica na educação sergipana» (PDF). Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 18 de janeiro de 2021 
  5. a b Carlos André Silva de Moura (2018). «Religião e educação: os projetos dos jesuítas portugueses em tempos de exílio no Brasil (1910-1938)» (em inglês). Scielo. Consultado em 21 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2023 
  6. Margarete Santos Dias; Rogério Soares Brito; Maria Lúcia Porto Silva Nogueira (2020). «Educação no Alto Sertão da Bahia (1901-1930): análise a partir de "Os Analphabetos"». USP: Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação, Ano 14 – Volume 1 – Janeiro-Junho. Consultado em 19 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2024 
  7. Institucional (s/d). «Patronos: D. Manoel Raimundo de Melo». Academia Caetiteense de Letras. Consultado em 26 de outubro de 2016 
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