Açoiaba

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Açoiaba (do tupi antigo aso'îaba) é um capuz ou manto de penas usado por alguns povos ameríndios durante as festas.[1][2]

Os açoiabas de penas de guarás utilizados em rituais, como o de antropofagia, pelos índios tupinambás, são grandes exemplos da arte plumária indígena brasileira, principalmente do período inicial da colonização do Brasil. Entretanto, todos exemplares sobreviventes desses mantos, localizam-se atualmente em museus estrangeiros. [3]

Em junho de 2023, o museu Nacional da Dinamarca, localizado em Copenhague, prometeu devolver um dos mantos que está sob a sua posse desde o século XVII. Segundo informações do museu Nacional da Dinamarca, o manto pode ser transferido a partir de maio de 2024.[4][5]

Gravura do século XVI mostrando índios tupinambás usando açoiabas. Gravura de Théodore de Bry.

Influência na toponímia[editar | editar código-fonte]

O termo tupi antigo gerou o atual topônimo Araçoiaba, que significa "manto de penas de guarás" (ûará, guará e aso'îaba, manto de penas).[6]

Referências

  1. NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigoː a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 66.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 33.
  3. Alvim, Mariana (3 de Fevereiro de 2018). «Das peças indígenas a fósseis: os itens culturais brasileiros que estão ou correm risco de ir parar no exterior». BBC News Brasil. Consultado em 6 de Fevereiro de 2021 
  4. «Raríssimo manto tupinambá que está na Dinamarca será devolvido ao Brasil; peça vai ficar no Museu Nacional». G1. 28 de junho de 2023. Consultado em 29 de junho de 2023 
  5. «A volta do manto tupinambá». revista piauí. Consultado em 29 de junho de 2023 
  6. NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigoː a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 544.