Saltar para o conteúdo

Adanarses (xainxá)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Adhur Narseh)
 Nota: Para outros significados, veja Narses ou Adanarses.
Adanarses
Xainxá de arianos e não-arianos
xá do Império Sassânida
Reinado 309
Antecessor(a) Hormisda II
Sucessor(a) Sapor II
 
Nascimento século III
Morte 309
Dinastia sassânida
Pai Hormisda II
Mãe Ifra Hormisda
Religião Zoroastrismo

Adanarses ou Adur Narses (em persa médio: 𐭭𐭥𐭥𐭠 𐭭𐭥𐭮𐭧𐭩; romaniz.: Ādur Narseh) foi o nono xainxá do Império Sassânida por um breve período em 309.

Adanarses é a forma helenizada e latinizada dos nomes em persa médio Adur Narse (Ādur Narseh), armênio Atenerse (Ատրներսեհ, Atnerseh)[1] e georgiano (ადარნასე, Adarnase) ou Adernese (ადრნერსე, Adrnerse).[2] Ādur ou ādar é a palavra em persa médio e parta para "fogo", derivada do avéstico ātar. Foi um termo utilizado para indicar templos zoroastristas dedicados ao fogo sagrado, bem como é o nome do nono mês do calendário zoroastrista e o nono dia do mês.[3] Narse (Narseh), por sua vez, é um antropônimo registrado em parta como Narse (Narseh), em armênio como Nerses (Ներսես, Nerses) e latim e grego como Narses (Ναρσής, Narsḗs). A atestação mais antiga do nome ocorre nos Feitos do Divino Sapor, uma inscrição trilíngue do reinado do xainxá sassânida Sapor I (r. 240–270). Deriva do avéstico Nairyō saŋha-, que literalmente significa "o de muitos discursos", ou seja, o mensageiro divino.[4]

Adanarses foi um dos filhos de Hormisda II (r. 303–309). Após a morte de seu pai, os nobres e o clero zoroastrista viram a chance de ganhar influência dentro do império. Assim, assassinaram Adanarses, cegaram um de seus irmãos e forçaram outro irmão (Hormisda) a fugir.[5] Foi então sucedido por seu irmão bebê Sapor II.[6] Adanarses é mencionado apenas em algumas fontes gregas, enquanto as fontes orientais não fazem nenhuma menção a ele, e nenhuma de suas moedas foi encontrada. A credibilidade dessas fontes gregas com relação a Adanarses é questionada por Nikolaus Schindel, que afirma que provavelmente nunca governou.[7]

Referências

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Ատրներսեհ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Boyce, Mary (1983). «ĀDUR». Enciclopédia Irânica Vol. I, Fasc. 5. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia 
  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Pourshariati, Parvaneh (2008). Decline and Fall of the Sasanian Empire: The Sasanian-Parthian Confederacy and the Arab Conquest of Iran. Nova Iorque: IB Tauris & Co Ltd. ISBN 978-1-84511-645-3 
  • Rapp, Stephen H. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 978-1472425522 
  • Schindel, Nikolaus (2013). «Sasanian Coinage». In: Potts, Daniel T. The Oxford Handbook of Ancient Iran. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 978-0199733309 
  • Tafazzoli, Ahmad (1983). «ĀDUR NARSEH». Enciclopédia Irânica Vol. I, Fasc. 5. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia