Artaxerxes I de Pérsis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Artaxerxes I
Artaxerxes I de Pérsis
Dracma de Artaxerxes com um templo de fogo dedicado a Aúra-Masda no reverso
Frataraca de Pérsis
Reinado Após 220 – 205 a.C. (?)
Sucessor(a) Oborzos
 
Religião Zoroastrismo

Artaxerxes I (em parta: Ardakhshir I; em árabe: rtḥštry) foi uma dinastia (frataraca) de Pérsis no final do século III a.C., governando algum tempo depois de 220 a c. 205 a.C..

Nome[editar | editar código-fonte]

Ardakhshir (Ardashir) é a forma persa média do persa antigo Ṛtaxšira (também escrito Artaxšaçā, que significa "cujo reinado é através da verdade").[1] A variante latina do nome é Artaxerxes. Três xás do Império Aquemênida eram conhecidos por terem o mesmo nome.[2]

Reinado[editar | editar código-fonte]

Dracma de Artaxerxes

Desde o final do século III ou início do II a.C., Pérsis tinha sido governada por dinastas locais sujeitas ao Império Selêucida.[3] Detinham o antigo título persa de frataraca ("líder, governador, precursor"), que também é atestado no Império Aquemênida. O Império Aquemênida, que um século antes governava a maior parte do Oriente Próximo, originou-se da região. Os próprios frataracas enfatizaram sua estreita afiliação com o proeminente rei dos xás aquemênidas, e sua corte provavelmente estava na antiga capital de Persépolis, onde financiaram projetos de construção no planalto aquemênida e perto dele. Os frataracas eram tradicionalmente considerados como dinastas sacerdotais ou defensores da oposição religiosa (e política) ao helenismo, no entanto, isso não é mais considerado o caso.[4] A cronologia dos primeiros governantes pérsidas é contestada. A visão tradicional da cronologia das dinastias frataracas era originalmente: Bagadates, Artaxerxes I, Oborzos, Autofradates I e Autofradates II. No entanto, descobertas recentes de moedas de Pérsis levaram a uma cronologia mais provável: Artaxerxes I, Oborzos, Bagadates, Autofradates I e Autofradates II.[5][6]

Referências

  1. Wiesehöfer 1986, p. 371–376.
  2. Schmitt 1986, p. 654–655.
  3. Wiesehöfer 2009.
  4. Wiesehöfer 2000, p. 195.
  5. Shayegan 2011, p. 168 (nota #521).
  6. Wiesehöfer 2013, p. 722.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Shayegan, M. Rahim (2011). Arsacids and Sasanians: Political Ideology in Post-Hellenistic and Late Antique Persia. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia. pp. 1–539. ISBN 9780521766418 
  • Schmitt, R. (1986). «Apasiacae». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 654–655 
  • Wiesehöfer, Joseph (1986). «Ardašīr I i. History». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 4. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia 
  • Wiesehöfer, Joseph (2000). «Frataraka». Enciclopédia Irânica, Vol. X, Fasc. 2. Nova Iorque: Imprensada Universidade de Colúmbia 
  • Wiesehöfer, Joseph (2009). «Persis, Kings of». Enciclopédia Irânica. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia 
  • Wiesehöfer, Josef (2013). «Fratarakā and Seleucids». In: Potts, Daniel T. The Oxford Handbook of Ancient Iran. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. pp. 728–751. ISBN 9780190668662