Batalha de Veios (475 a.C.)

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Batalha de Veios
Guerras romano-etruscas
Guerras romano-sabinas

Mapa das cidades vizinhas de Roma no século V a.C.. Veios está à esquerda.
Data 475 a.C.
Local Veios
Coordenadas 42° 1' 26" N 12° 24' 5" E
Desfecho Vitória dos romanos[1]
Beligerantes
República Romana República Romana   Veios
  Sabinos
Comandantes
República Romana Públio Valério Publícola
Veios está localizado em: Itália
Veios
Localização de Veios que é hoje a Itália

A batalha de Veios de 475 a.C. foi travada entre o exército romano liderador pelo cônsul Públio Valério Publícola e o da cidade de Veios e seus aliados sabinos.[2] Os romanos venceram.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Nos dois anos anteriores, os veios vinham batendo duramente os romanos, vencendo principalmente a Batalha de Cremera e, depois de ocuparem o Janículo, ameaçando seriamente Roma na Batalha do Janículo, na qual os romanos conseguiram repeli-los, mas à custa de pesadas perdas. Tantas que o cônsul Espúrio Servílio Prisco foi depois acusado de imperícia na condução do exército.[3][4]

Esta situação finalmente convenceu os sabinos a se revoltarem para se aliar aos veios. Os dois exércitos, que esperavam ainda reforços das cidades etruscos, estavam postados em dois acampamentos diferentes protegendo a cidade de Veios.[2] Valério, tentando evitar novos movimentos de seus inimigos, marchou de Roma sem alarde, acampando na outra margem do Tibre.

Batalha[editar | editar código-fonte]

Partindo do acampamento ainda durante a noite, Valério conseguiu realizar uma ordenada marcha noturna de seu exército e seu objetivo era atacar o acampamento sabino na primeira luz da manhã. Eles sofreram pesadas perdas depois de serem pegos completamente de surpresa pelos romanos.[2]

Capturado o acampamento sabino, os romanos tentaram capturar também o dos veios, mas estes, alertados pelo clamor da batalha, se prepararam para dar-lhes combate no campo à frente dele. Segundo Lívio, participaram desta batalha ainda os habitantes da cidade, que correram em massa para lá depois da derrota sabina.[5] Mesmo quando forçados a recuar pelos romanos, os veios conseguiram resistir durante todo o dia e a noite seguinte. Só na manhã, os veios, desesperados por não conseguirem mais lutar, tentaram fugir para dentro da muralha da cidade.[1] A fuga deu a vitória aos romanos.

Entre os romanos, destacou-se principalmente Espúrio Servílio Prisco, legado de Valério.

Consequeências[editar | editar código-fonte]

Sem poder atacar a cidade murada de Veios e depois de obter a vitória no campo, os romanos arrasaram a zona rural dos sabinos, o que garantiu a Valério seu triunfo quando retornou a Roma.[1]

Referências

  1. a b c Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 35.
  2. a b c Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 34.
  3. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 28-33.
  4. Lívio, Ab Urbe Condita II, 52
  5. Lívio, Ab Urbe Condita II, 53.