Beta Israel

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Beta Israel
ביתא ישראל
População total

150.000

Regiões com população significativa
 Israel 130,000 (2011) [1]
 Etiópia 4,000 [2]
 Estados Unidos 1,000 [3]
 Canadá 1,000 [4]
Línguas

Línguas judaicas:Dialeto Kayla, dialeto Qwara Língua litúrgica: Língua ge'ez

Língua falada: amárico, tigrínio, hebraico
Religiões
Judaísmo (Haymanot  · Judaísmo rabínico)

Beta Israel (em hebraico: בֵּיתֶא יִשְׂרָאֵלBeyte (beyt) Yisrael, Ge'ez: ቤተ እስራኤል—Bēta 'Isrā'ēl, modernsmrnyr Bēte 'Isrā'ēl, Encyclopaedia aethiopica: "Betä Ǝsraʾel", "Casa de Israel" ou "Comunidade de Israel"[5]), ou ainda judeus etíopes (em hebraico: יְהוּדֵי ‏אֶ‏תְיוֹ‏פְּ‏יָ‏ה: Yehudey Etyopyah, Ge'ez: "የኢትዮጵያ አይሁድዊ", ye-Ityoppya Ayhudi), são os nomes das comunidades judaicas localizadas na área do Axum e do Império Etíope (Habesha ou Abissínia), atualmente dividida entre Amhara e Regiões da Etiópia e Região Tigré.[6]

Beta Israel viviam no norte e noroeste da Etiópia, em mais de 500 aldeias espalhadas por um vasto território, entre as populações que eram predominantemente muçulmana e cristã.[7]A maioria delas estavam concentradas na área em torno do Lago Tana e ao norte dele, na Região Tigré; entre os Wolqayit, Shire e Tselemt e Amhara Region Gonder das regiões; entre a Província Semien, Dembia, Segelt, Quara, e Belesa.

O Beta Israel fez contatos renovadas com outras comunidades judaicas no final do século 20. Depois do Halachá e as discussões constitucionais, as autoridades israelenses decidiram em 14 março de 1977 que a Lei do retorno se aplicasse também ao Beta Israel.[8] O gabinete de Israel e o governo federal dos Estados Unidos montaram operações aliyah[9] para transportar pessoas para Israel.[10] Essas atividades incluíram a "Operação Brothers", no Sudão entre 1979 e 1990 (isso inclui as principais operações Operação Moisés e Operação Josué), e na década de 1990 a partir de Addis Ababa (que inclui a operação Salomão).[11][12]

Os Falash Mura são os descendentes de Beta Israel que se converteram ao Cristianismo. Alguns estão mudando às práticas do judaísmo Halakhic e vivendo juntoamente em comunidades. Os líderes espirituais Beta Israel, incluindo o kes Raphael Hadane, têm defendido a aceitação do Falash Mura como judeus.[13] O governo israelense decidiu por uma resolução em 2003 que os descendentes da linhagem das mães judias têm o direito de emigrar para Israel sob o Direito de retorno; eles podem se tornar cidadãos apenas se formalmente se converterem para Judaísmo ortodoxo.[14] Esta resolução tem sido controversa entre a sociedade israelense.[15][16][17][18]

A maioria dos 119.500 israelenses etíopes a partir de 2009 nasceram em Israel. 38.500 ou 32% da comunidade tinham pelo menos um dos pais nascido na Etiópia.[19] Tal movimento de migração foi mal visto por partes da comunidade israelenses, em especial a extrema direita. Há notícias de que os etíopes recentemente tem sido alvos de políticas higienistas, e de que agentes de saúde aplicam contraceptivos em mulheres negras afirmando tratar-se de vacinas.[20][21][22] Atualmente, o governo israelense tem trabalhado para executar um controle de natalidade desta população.[23]

Referências

  1. Israel Central Bureau of Statistics: The Ethiopian Community in Israel
  2. ‘Wings of the Dove’ brings Ethiopia’s Jews to Israel
  3. Mozgovaya, Natasha (2 de abril de 2008). «Focus U.S.A.-Israel News – Haaretz Israeli News source». Haaretz.com. Consultado em 25 de dezembro de 2010 
  4. The Canadian Encyclopedia - Jewish music and musicians
  5. O significado da palavra "Beta" no contexto do social/religioso é "comunidade". Ver James Quirin, The Evolution of the Ethiopian Jews, 2010, p. xxi
  6. Weil, Shalva (1997) "Collective Designations and Collective Identity of Ethiopian Jews", in Shalva Weil (ed.) Ethiopian Jews in the Limelight, Jerusalem: NCJW Research Institute for Innovation in Education,Hebrew University, pp. 35–48. (Hebrew)
  7. Weil, Shalva 2012 "Ethiopian Jews: the Heterogeneity of a Group", in Grisaru, Nimrod and Witztum, Eliezer. Cultural, Social and Clinical Perspectives on Ethiopian Immigrants in Israel, Beersheba: Ben-Gurion University Press, pp. 1–17.
  8. Michael Corinaldi, Ethiopian Jewry: Identity and Tradition, Rubin Mass, 1988, p. 186–188 (Hebrew)
  9. Weil, Shalva 2008 "Zionism among Ethiopian Jews", in Hagar Salamon (ed.) Jewish Communities in the 19th and 20th Centuries: Ethiopia, Jerusalem:Ben-Zvi Institute, pp. 187–200. (Hebrew)
  10. Weil, Shalva 2012 "Longing for Jerusalem Among the Beta Israel of Ethiopia", in Edith Bruder and Tudor Parfitt (eds.) African Zion: Studies in Black Judaism, Cambridge: Cambridge Scholars Publishing, pp. 204–217.
  11. The Rescue of Ethiopian Jews 1978–1990 (Hebrew); "Ethiopian Immigrants and the Mossad Met" (Hebrew)
  12. Weil, Shalva. (2011) Operation Solomon 20 Years On, International Relations and Security Network (ISN).
  13. Takuyo Hadane, From Gondar To Jerusalem, pp. 91–106 (em hebraico)
  14. "The issue of Falash Mura aliyah – follow-up report", Israeli Association for Ethiopian Jews, (Hebrew)
  15. "Israel is losing its sovereignty", Ha'aretz.
  16. Israel "can't bring all Ethiopian Jews at once" – foreign minister., Asia Africa Intelligence Wire (From BBC Monitoring International Reports).
  17. Israel orchestrates mass exodus of Ethiopians. Knight Ridder/Tribune News Service.
  18. Nigel Vaughan Lowe; Gillian Douglas (1996). Families Across Frontiers. Martinus Nijhoff Publishers. p. 391. ISBN 90-411-0239-6.
  19. [1], Ha'aretz
  20. «Judeus etíopes cobram de Israel inquérito sobre contraceptivo polêmico». R7. 31 de janeiro de 2013 
  21. «Israel admite uso de contraceptivos em imigrantes judeus da Etiópia». Carta Capital. 28 de janeiro de 2013 
  22. «Imigrantes etíopes acusam Israel de aplicar contraceptivo sem consentimento». Opinião e notícia. 28 de fevereiro de 2013 
  23. «Israel gave birth control to Ethiopian Jews without their consent». The Independent. January 2013. Consultado em July 24, 2014  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)