Biblioteca de Manguinhos

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Biblioteca de Manguinhos
Tipo biblioteca
Geografia
Coordenadas 22° 52' 39.214" S 43° 14' 37.479" O
Mapa
Localização Rio de Janeiro - Brasil


A Biblioteca de Manguinhos é uma instituição brasileira, depositária do patrimônio bibliográfico e documental da atual Fundação Oswaldo Cruz. Seu acervo teve início junto com a instituição, em 1900, com publicações de áreas como microbiologia, parasitologia, zoologia, entomologia e botânica. Recebeu publicações europeias, incluindo raridades de séculos anteriores e revistas científicas da época; e também doações de coleções de pesquisadores do Instituto e adquiriu livros no Rio de Janeiro.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Seu funcionamento iniciou em um barracão próximo do atual Pavilhão Mourisco, à época em construção. Além de depósito para os livros e revistas, o local era o espaço em que pesquisadores da instituição se reunirem e discutias os artigos atuais que ali se encontravam. Em 1903, o projeto do Castelo Mourisco passou a incluir um espaço para abrigar essa biblioteca que estavam em conformação, incluindo salão de leitura e espaço para acervo.[1]

O primeiro bibliotecário-chefe foi o bibliófilo Assuerus Hippolytus Overmeer, contratado em 1909 por Oswaldo Cruz para organizar o acervo e gerir a coleção. Ele adquiriu catálogos e outros recursos técnicos de acesso às coleções. Em seguida, Emilia Machado de Bustamante assumiu a função e a exerceu em dois períodos: entre 1946 e 1965, e entre 1971 a 1976. Ela expandiu o acervo, principalmente por meio da permuta de periódicos.[1]

Esse crescimento exponencial do acervo provocou desafios com o espaço físico; que, em partes, foi solucionado com a criação do Centro de Informação Científica e Tecnológica (CICT), em 1986, e a construção do Pavilhão Haity Moussatché.[2]

Seção de Obras Raras A. Overmeer[editar | editar código-fonte]

A seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos está localizada no 3º andar do Pavilhão Mourisco. Na década de 1990, foi nomeada em homenagem ao seu primeiro bibliotecário-chefe, A. Overmeer.[3][4]

São cerca de setenta mil volumes dos séculos XVIII, XIX e XX, que estão alocados no Pavilhão Mourisco desde a inauguração da da Biblioteca, em 1909.[2][5] São 8.000 livros, 70.000 periódicos e 2.000 teses, manuscritos e folhetos, publicados entre os séculos XVII e XX. Além disso, 604 periódicos nacionais e internacionais (alguns existem apenas nesta biblioteca).[1]

As obras abrangem ciências biológicas (como botânica, farmacologia, genética e zoologia), ciências da saúde (como farmácia e medicina) e saúde pública; além de obras de cunho histórico sobre o Brasil e outros países.[1]

Referências

  1. a b c d e Bortoletto, Maria Élide; Sant'Anna, Marilene Antunes (abril de 2002). «A história e o acervo das obras raras da Biblioteca de Manguinhos». História, Ciências, Saúde-Manguinhos: 187–203. ISSN 0104-5970. doi:10.1590/S0104-59702002000100009. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  2. a b TARTAGLIA, Ana Roberta (2018). «As Encadernações Da Coleção De Obras Raras E Especiais Da Casa De Oswaldo Cruz: Um Estudo Para Sua Preservação» (PDF). Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  3. «Assuerus Hippolytus Overmeer - Base Arch». basearch.coc.fiocruz.br. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  4. Rodrigues, Jeorgina Gentil (dezembro de 2007). «O espelho do tempo: uma viagem pelas estantes do acervo de obras raras da Biblioteca de Manguinhos». Perspectivas em Ciência da Informação: 180–194. ISSN 1413-9936. doi:10.1590/S1413-99362007000300013. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  5. «Seção de Obras Raras». www.obrasraras.fiocruz.br. Consultado em 1 de agosto de 2023