Bolívar da Fontoura

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Bolívar da Fontoura
Pseudônimo(s) Duque de Antena
Nascimento 1904
Caxias do Sul
Morte 18 de junho de 2001
Gênero literário teatro
Serviço militar
País  Brasil

Bolívar Carneiro da Fontoura (190418 de junho de 2001) foi um escritor, radialista e taquígrafo brasileiro, um dos fundadores da Rádio Gaúcha e pioneiro da taquigrafia no Rio Grande do Sul[1]. Ficou conhecido no rádio como Duque de Antena[2], tendo sido o foi o primeiro locutor a falar no microfone da Rádio Gaúcha em 1927.[2][3]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Organizou e foi o primeiro diretor do Serviço de Taquigrafia na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 1947.[1] Foi diretor e professor da Escola de Taquigrafia Remington, além de fundador da Associação Sul-Rio-Grandense de Taquígrafos.[1] Adaptou o método francês Duployé para a língua portuguesa e em 1961 editou junto com seu filho, Hélio Fontoura, o livro "O taquígrafo", de ensino de taquigrafia.[1] Trabalhou na Assembléia Legislativa de 1934 até 1964, quando ocorreu o Golpe Militar de 1964. [1]

Dedicou-se ao rádio desde a década de 1930, trabalhando em programas humorísticos.[2] Na Rádio Gaúcha apresentou o programa de auditório "Mata Esta", de perguntas e respostas, e a atração musical "Recordar é viver".[1]

No teatro, um dos seus principais trabalhos foi a adaptação do romance "Olhai os lírios dos campos" de Érico Verissimo. [1] Escreveu também para o teatro O novo Otelo, E a vida continua (1942), O alienista, Não!, Mulher, Olha a faixa! e Machado de Assis.[4]

Foi um dos fundadores da Sociedade Filatélica Riograndense, em 1931.[5]

Em 1941 publica o livro Sinfonia do Destino pela Livraria do Globo, assinando como Duque de Antena, lançado por intermédio da PRC-2, Rádio Sociedade Gaúcha, de Porto Alegre.

Escreve no Avant propos: "Sinfonia do Destino é um romance moderno, por consequência, ativo, escrito quasi todo através da taquigrafia, não raro nas minhas diárias viagens de ônibus para a Tristeza, sob a trepidação do motor e o sacolejar de bancos pouco cômodos."

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Casou com Adelina, com quem teve 4 filhos (Alice, Hélio, Maria Helena e Sybila) e depois de enviuvar com Leonir, com quem teve dois filhos (Bolivar Jr e Janice).[2][3]

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

A sala da taquigrafia da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul tem o seu nome[1] e uma rua em Porto Alegre, no bairro Vila Nova.[6]

Referências

  1. a b c d e f g h Bordinhão, Daniela (30 de dezembro de 2005). «Tributo a Fontoura afirma papel da taquigrafia na AL». Agência de Notícias ALRS. Consultado em 5 nov 2012 
  2. a b c d Ferraretto, Luiz Artur (2002). «Rádio no Rio Grande do Sul: anos 20, 30 e 40 : dos pioneiros às emissoras comerciais». Editora da ULBRA. 255 páginas. Consultado em 5 nov 2012  ISBN 857528049X, ISBN 9788575280492
  3. a b «Primeiro locutor da Rádio Gaúcha». Consultado em 5 nov 2012 
  4. «Obras de Bolivar da Fontoura na Biblioteca Nacional.». Consultado em 5 nov 2012 
  5. «Sociedade Filatélica Riograndense, Histórico, Ata de fundação». Consultado em 5 nov 2012 
  6. Projeto da Câmara de Porto Alegre.
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