Cleópatra da Macedónia
Cleópatra da Macedónia | |
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Nascimento | década de 350 a.C. |
Morte | 308 a.C. Sárdis |
Cidadania | Macedónia Antiga |
Progenitores | |
Cônjuge | Alexandre I de Epiro |
Filho(a)(s) | Neoptólemo II de Epiro, Cadmeia do Epiro |
Irmão(ã)(s) | Alexandre, Europa of Macedon, Caranus, Filipe III da Macedónia, Tessalônica da Macedônia, Cinane |
Ocupação | política, rainha regente |
Título | rainha consorte |
Cleópatra da Macedónia (354 a.C. — 308 a.C.)[carece de fontes] foi filha do rei Filipe II da Macedónia[1] e de Olímpia do Epiro[2] e irmã de Alexandre, o Grande.
Cleópatra casou-se com o seu tio Alexandre I de Epiro[1] (ela teria dezoito anos e ele cerca de vinte e oito), tendo o casamento servido uma forma de reaproximação entre a Macedónia e Epiro. O seu pai seria assassinado durante a festa de casamento por Pausânias de Orestis,[1] tendo o seu irmão Alexandre se tornado o novo rei da Macedónia. Cleópatra residiu nos anos que seguiram à união em Epiro, onde deu à luz dois filhos, Cadmeia e Neoptólemo. Em 330 a.C.[carece de fontes] o seu marido faleceu durante uma expedição militar na Itália[3] e Cleópatra tornou-se regente, junto com a sua mãe Olímpia, em nome dos dois seus filhos, então menores.
Em 325 a.C., enquanto Cleópatra se deslocou até à Macedónia, Olímpia tornou-se regente de Epiro. Nesta altura Alexandre o Grande encontrava-se nas suas campanhas militares no Oriente e deixou como regente da Macedónia o seu general Antípatro, que era odiado quer por Cleópatra, quer por Olímpia. Cleópatra ambicionava tornar-se Rainha da Macedónia, tendo conspirado para derrubar Antípatro, mas sem sucesso.
Com a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C., Cleópatra foi incentivada pela mãe a casar com Leonato, um dos generais do seu irmão, mas este morreu numa batalha antes do dia do casamento.
Sempre com o objectivo de governar a Macedónia, Cleópatra e a sua mãe conspiraram para evitar o casamento de Pérdicas. Outro general de Alexandre, com Niceia, filha de Antípatro. Pérdicas havia antes requisitado a mão de Niceia,[4] porque ele queria agir em harmonia com Antípatro, mas depois de ter ganho o controlo do exército e de se tornar guardião dos reis[Nota 1] os seus cálculos mudaram,[5] e Pérdicas passou a planear tornar-se Rei, e casando com Cleópatra ele poderia consegui-lo.[6] No momento, porém, Pérdicas casou-se com Niceia, porque Antígono Monoftalmo, amigo de Antípatro, desconfiava dos seus planos, e Pérdicas não queria que Antípatro se tornasse hostil.[6] A notícia do acordo secreto entre Pérdicas e Cleópatra gerou tensão entre Pérdicas e Antípatro; Cleópatra, que tinha viajado para Sárdis em 322 a.C. com o objectivo de se casar com Pérdicas, passou a ser vigiada para evitar a união.
Após o assassínio de Pérdicas em 321 a.C. (não se sabe ao certo se chegou a casar com Niceia antes de morrer) e cansada de viver em Sárdis, Cleópatra decidiu em 308 a.C. viajar até ao Egito, onde pretendia vir a casar com Ptolemeu I Sóter. Contudo, Antígono Monoftalmo deu ordens ao governador de Sárdis para que não fosse permitido a Cleópatra abandonar a ilha. Este governador contratou um grupo de mulheres para assassinar Cleópatra. Para evitar que fosse associado ao acto, Antígono ordenou a morte das mulheres e concedeu a Cleópatra um belo funeral.
Notas e referências
Notas
- ↑ Os reis do império eram incapazes: Filipe Arrideu, meio-irmão de Alexandre, tinha problemas mentais, e Alexandre IV da Macedónia, filho de Alexandre, tinha acabado de nascer
Referências
- ↑ a b c Juniano Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, Livro 9, 6 [em linha]
- ↑ Arriano, Eventos após Alexandre, 20-21, citado em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.11.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 23.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 23.2
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 23.3
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- WHITEHORNE, J. E. G. - Cleopatras. Routledge, 1994. ISBN 0415058066