Corrupção na Nova Zelândia

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Este artigo discute as responsabilidades das várias agências envolvidas no combate à corrupção na Nova Zelândia. A Nova Zelândia é considerada como um dos países com os níveis mais baixos de corrupção do mundo. [1]

Agências[editar | editar código-fonte]

O Serious Fraud Office (SFO) é a principal agência de aplicação da lei, responsável por investigar e processar por crimes financeiros graves, incluindo suborno[2] e corrupção. Em 2020, o SFO afirmou que houve um aumento de 40% nos casos de corrupção envolvendo funcionários públicos e o governo central e local nos últimos cinco anos.[3]

Comissão Eleitoral[editar | editar código-fonte]

A Comissão Eleitoral (Electoral Comission) é responsável pela administração das eleições parlamentares e pela promoção do cumprimento das leis eleitorais, incluindo a legislação relativa à quantidade e à transparência das doações às campanhas eleitorais. Se a comissão considerar que a lei está sendo violada, eles encaminham o assunto à Polícia ou ao SFO.[4][5]

Autoridade Independente de Conduta Policial[editar | editar código-fonte]

A Autoridade Independente de Conduta Policial (Independent Police Conduct Authority, IPCA) é um órgão independente que analisa as queixas contra a Polícia da Nova Zelândia e supervisiona sua conduta.[6] De acordo com a seção 12 da Lei da Autoridade de Conduta Independente da Polícia de 1988 (Independent Police Conduct Authority Act), "as funções da Autoridade são: receber reclamações alegando má conduta ou negligência do dever por qualquer membro da Polícia ou relativas a qualquer prática, política ou procedimento policial que afete um reclamante; e investigar incidentes em que um membro da Polícia (atuando no cumprimento de seu dever) causa ou parece ter causado morte ou lesões corporais graves."[7]

Ombudsman[editar | editar código-fonte]

O papel do Ombudsman é garantir que os cidadãos recebam 'tratamento justo' em suas negociações com entidades governamentais e investiguem quando necessário.[8] Ao longo dos anos, os poderes do cargo foram estendidos para incluir conselhos de educação e hospitais (a partir de 1968), agências governamentais locais (1975), solicitações sob a Lei de Informação Oficial (Official Information Act) (2003) e, em 2005, todas as entidades da coroa neozelandesa.[9]

Convenções[editar | editar código-fonte]

A Nova Zelândia ratificou várias convenções internacionais anticorrupção importantes, como a Convenção da OCDE para o Combate ao Suborno de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais[10] e a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção.[11]

Ranking internacional[editar | editar código-fonte]

A Nova Zelândia é considerada como tendo um dos níveis mais baixos de corrupção do mundo.[1] O Índice de Percepção de Corrupção de 2019, publicado em janeiro de 2020, classifica o país em primeiro lugar entre 176 países,[12] posição que também manteve por sete anos consecutivos até 2013.[13]

Referências

  1. a b Gregory, Robert (2013). «Assessing 'Good Governance' and Corruption in New Zealand: 'Scientific' Measurement, Political Discourse, and Historical Narrative» (PDF) (em inglês). Institute for Governance and Policy Studies. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  2. Owen, Catrin (26 de fevereiro de 2020). «Auckland businessman, council official admit corruption and bribery charges». Stuff (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  3. Devlin, Collette. «The Serious Fraud Office takes months on big political decisions. Here's why.». Stuff (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  4. Cooke, Henry (20 de novembro de 2019). «Explainer: How New Zealand's convoluted electoral law works». Stuff (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  5. Cooke, Henry (12 de março de 2019). «Complaint about political donations referred to Serious Fraud Office». Stuff (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  6. «It's our job to keep watch over police». IPCA (em inglês) 
  7. «Role and powers». IPCA (em inglês) 
  8. Orsman, Bernard (12 de dezembro de 2016). «Ombudsman looks into Auckland Transport road maintenance case». New Zealand Herald (em inglês). Consultado em 15 de outubro de 2020 
  9. «Past, present and future». Ombudsman (em inglês). Parlamento da Nova Zelândia. Consultado em 15 de outubro de 2020 
  10. «Ratification Status as of May 2017» (PDF). Convenção da OCDE para o Combate ao Suborno de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais. Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Consultado em 15 de outubro de 2020 
  11. «Signature and Ratification Status». Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Consultado em 15 de outubro de 2020 
  12. «Índice de Percepção da Corrupção 2019». Transparência Internacional (em inglês). 24 de janeiro de 2020. Consultado em 15 de outubro de 2020 
  13. Davison, Isaac (25 de janeiro de 2017). «New Zealand reclaims title as world's least corrupt country». New Zealand Herald (em inglês). Consultado em 15 de outubro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]