Eleição presidencial da Costa do Marfim em 2000

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Eleição presidencial da Costa do Marfim em 2000
22 de outubro de 2000
Demografia eleitoral
Hab. inscritos:  5 475 143
Votantes : 2 049 018
  
37.42%  28.5%
Laurent GbagboFPI
Votos: 1 065 597  
  
59.36%
Robert GuéïIndependente
Votos: 587 267  
  
32.72%
Francis WodiéPIT
Votos: 102 253  
  
5.70%
Théodore MelUDCI
Votos: 26 331  
  
1.47%
Nicolas DiouloIndependente
Votos: 13 558  
  
0.75%


Presidente da Costa do Marfim

A eleição presidencial marfinense de 2000 ocorreu em 22 de outubro. Robert Guéï, militar que ocupou a presidência do país após a eclosão do golpe de Estado em 1999, candidatou-se ao cargo de forma independente. Todos os principais partidos de oposição ao governo militar interino, à exceção da Frente Popular Marfinense (FPI), foram impedidos de concorrer ao pleito após a Suprema Corte da Costa do Marfim barrar as candidaturas de Emile Constant Bombet e Alassane Ouattara, filiados, respectivamente, ao Partido Democrata da Costa do Marfim (PCDI) e ao Reagrupamento dos Republicanos (RDR).[1]

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Resultados da apuração dos votos[2]
Candidato Partido Votos válidos %
Laurent Gbagbo Frente Popular Marfinense 1 065 597 59.36
Robert Guéï Independente 587 267 32.72
Francis Wodié Partido Marfinense dos Trabalhadores 102 253 5.70
Théodore Mel União dos Democratas da Costa do Marfim 26 331 1.47
Nicolas Dioulo Independente 13 558 0.75
Total de votos válidos 1 795 006 87.60
Votos em branco/nulos 254 012 12.40
Total de votos registrados 2 049 018 100
Eleitorado apto a votar 5 475 143 37.42

Repercussão pós-pleito[editar | editar código-fonte]

Robert Guéï inicialmente reivindicou a vitória eleitoral logo no 1.º turno. Entretanto, com o avançar da apuração dos votos, a Comissão Eleitoral Independente (IEC) declarou que o candidato oposicionista Laurent Gbagbo havia obtido mais de 59% dos votos válidos, porcentagem suficiente para eleger-se presidente da Costa do Marfim logo no 1.º turno. Diante da insistência de Guéï em não aceitar a derrota eleitoral, uma onda de protestos populares espalhou-se por todo o país, exigindo sua saída do cargo. Pressionados pela opinião pública, Guéï fugiu do país com sua família e Gbagbo assumiu o poder quatro dias depois, em 26 de outubro.[1]

Referências

  1. a b From civil strife to peace building : examining private sector involvement in West African reconstruction. Hany Besada, Centre for International Governance Innovation. [Waterloo, Ont.]: Wilfrid Laurier University Press. 2009. OCLC 649833610 
  2. «Elections in Côte d'Ivoire». africanelections.tripod.com. Consultado em 21 de janeiro de 2023 
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