Capela de Nossa Senhora dos Mártires

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Capela de Nossa Senhora dos Mártires (ábside gótica)
Capela de Nossa Senhora dos Mártires
Tipo
Estilo dominante
Construção séc. XIV
Promotor / construtor D. Fernando I e D. Nuno Alvares Pereira
Aberto ao público Sim
Estilos arquitetónicos gótico, manuelino e rococó joanino
Estado de conservação Bom
Património Nacional
Classificação  Monumento Nacional
(Decreto n.º 8 228, DG n.º 133)
Ano 04-07-1922
DGPC 70499
SIPA 70499
Geografia
País Portugal
Localidade Santa Maria
Coordenadas 38° 49' 49" N 7° 34' 53" O
Capela de Nossa Senhora dos Mártires (ábside gótica) está localizado em: Portugal Continental
Capela de Nossa Senhora dos Mártires (ábside gótica)
Geolocalização no mapa: Portugal Continental

A Capela de Nossa Senhora dos Mártires situa-se na freguesia de Santa Maria, no Município de Estremoz, Distrito de Évora, Portugal.[1][2]

Edifício classificado em 1922 como Monumento Nacional,[3] encontra-se aberto ao público. Para visitar deverá solicitar-se a chave na porta em frente.[4]

História[editar | editar código-fonte]

Originalmente esta capela teria sido uma basílica cristã de época tardo-romana.[5]

Iniciou-se, segundo as crónicas em 1371, por iniciativa de Dom Fernando I e terminou-o o Condestável Dom Nuno Álvares Pereira, senhor da Vila de Estremoz. A Ermida de N.ª S.ª dos Mártires teve anexa uma albergaria e um hospital, protegidos por D. Manuel I.

Em 1579, o Cardeal D. Henrique, primeiro arcebispo de Évora anexou-a à Santa Casa da Misericórdia de Estremoz, que ainda é a actual proprietária desta ermida.[2]

Em 1729 foi visitada por D. João V, tendo a Rainha D. Maria Ana de Austria oferecido a Nossa Senhora do Mártires um riquíssimo vestido bordado a ouro. Foi ampliada no reinado de Dom Manuel I, e reformada nos séculos XVII e XVIII.[6]

A capela foi profanada em 1912 e despojada das suas peças de Arte Sacra. Reabriu o culto em 1972. O conjunto foi restaurado em 1950, e em 1959 foi reerguido o cruzeiro barroco existente no adro.[1][6]

Características[editar | editar código-fonte]

A capela foi sucessivamente modificada do estilo gótico do tempo de D. Fernando e D. Nuno Álvares Pereira, ao coro-alto manuelino e ao rococó joanino (reinado de D. João V), por iniciativa do provedor Fernão de Mesquita Pimentel, falecido em 1744, que aqui se encontra sepultado.[1][6]

Intervenções e restauros[2][editar | editar código-fonte]

  • 1938 - Restauro geral;
  • 1959 - Reconstrução da cobertura do alpendre;
  • 1966 - Reconstrução dos telhados e pavimentos. Limpeza de cantarias;
  • 1987 - Reconstrução da cobertura e telhado, reparo de arquitrave, capitel e coluna;
  • 1988 - Reconstrução da cobertura da nave.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  • CHAVES, Luís, Arqueologia Artística III - Siglas nos Edifícios Medievais de Estremoz, Lisboa, 1917;
  • ESPANCA, Túlio, Distrito de Évora, Concelho de Estremoz, in Inventário Artístico de Portugal, VII, SNBA, Évora, 1975;
  • CHICÓ, Mário Tavares, A Arquitectura Gótica em Portugal, 2ª ed., Lisboa, 1981.
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Capela de Nossa Senhora dos Mártires

Notas

  1. a b c IGESPAR, Ministério da Cultura de Portugal. «Ficha detalhada da Capela de Nossa Senhora dos Mártires». Consultado em 2 de março de 2011 
  2. a b c SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. «Capela de Nossa Senhora dos Mártires (ábside gótica)». Consultado em 2 de março de 2011 
  3. Decreto n.º 8 228, DG n.º 133, de 04-07-1922
  4. Estremoz Marca, pág. 7, Câmara Municipal de Estremoz, 2008.
  5. «Capela de Nossa Senhora dos Mártires - Cabeceira Gótica. Descrição na página oficial do Município de Estremoz». Consultado em 2 de março de 2011 
  6. a b c MENDEIROS, José Filipe. Património religioso de Estremoz, pág. 91. Estremoz, 2001