Porteiro do Inferno: diferenças entre revisões

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* Assim como o nosso Porteiro do Inferno, [[Cérbero]] também foi tirado de seu lugar original. Em seu 12º trabalho, [[Héracles]] desceu ao palácio de [[Hades]] e trouxe [[Cérbero]] vivo para a terra. [[Héracles]], porém, devolveu [[Cérbero]] ao [[Hades]], depois de tão perigosa façanha.

* Na decada de 70, praticantes de cultos afrobrasileiros depositavam oferendas aos pés do porteiro do inferno que era tido por eles como um exu, por causa de sua cor preta.


[[Categoria:João Pessoa]]
[[Categoria:João Pessoa]]

Revisão das 19h49min de 6 de novembro de 2010

O Porteiro do Inferno é uma escultura em metal fundido criada na década de 1960 e de autoria do premiado artista plástico campinense Jackson Ribeiro. Inicialmente ele foi chamado por seu criador apenas de "O Porteiro". A escultura possui pouco mais de dois metros de altura e mais de um metro de largura, é preta e tem aparência austera.

Trajetória

A obra possui um nome polemico, que no decorrer de sua existência tem gerado inquietação de seguimentos da população. Sempre existe descontentamento com a presença da obra que é repudiada, pelas igrejas e por associações de moradores locais, pelo nome tão marcante e o formato tão contundente.

A escultura foi instalada em 1967 num canteiro entre o templo da 1ª Igreja Batista e a faculdade de filosofia(prédio do Liceu Paraibano). Segundo o advogado Moacyr Arcoverde, o poeta e boêmio Virgínius da Gama e Melo, em suas andanças noturnas, termina por acrescentar “do Inferno” ao nome da peça. O apelido se torna público e marca o inicio do mal-estar por sua presença.

Trinta anos depois, no ano de 1997, foi retirado por motivo de uma suposta restauração e nunca mais foi colocado de volta.

Foi recolhido para um depósito da Prefeitura de João Pessoa, onde ficou fora de circulação por um bom tempo. Logo em seguida foi transferida para o Espaço Cultural, na busca quem sabe de restituir ao Porteiro o direito a exibição. Esta intenção falhou, pois o ambiente ao qual estava entregue terminou por obscurecer ainda mais a sua imagem. Por vezes foi mudado de lugar e parecia estar em processo de decomposição.

No ano de 2005, o Porteiro foi removido do Espaço Cultural e devidamente restaurado, sendo em seguida devolvido às ruas da Cidade. Ele foi colocado em um cruzamento entre os bairros do Cabo Branco e do Altiplano. O pároco local, pórem, conseguiu expulsar o Porteiro.

No presente momento está instalado num espaço em frente à Universidade Federal da Paraíba, onde foi mais uma vez alvo de protesto. O presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Castelo Branco, bairro onde se localiza a Universidade, fez um abaixo assinado junto à paróquia e igrejas evangélicas da localidade para que a Prefeitura recolha o Porteiro.

Em resposta ao abaixo assinado pela expulsão, um grupo de pessoas abraçou o Porteiro do Inferno, simbolizando a aceitação da escultura. A Prefeitura Municipal de João Pessoa divulgou não ter planos de retirar o Porteiro de seu atual endereço.

Curiosidades

  • Ao ser retirado do canteiro entre a 1ª Igreja Batista e o Liceu, foi construído no local um monumento à Bíblia pelo projeto de lei do deputado Sócrates Pedro junto com a articulação da Igreja Batista.
  • O artista plástico Jackson Ribeiro ganhou uma bolsa do Governo da Paraíba para estudar arte na Europa. Quando voltou criou a escultura em ferro.


Cérbero(Ilustração de Gustave Doré para a Divina Comédia)


  • Já o Moacyr Arcoverde acha que o Virginius da Gama e Melo apelidou a escultura pelo fato de que, sempre que o poeta deixava a sala de aula da FAFI para beber na Churrascaria Bambú, no Parque Solón de Lucena, saudava a escultura como O Porteiro do ¨Inferno Alcoólico¨ da Lagoa.
  • Assim como o nosso Porteiro do Inferno, Cérbero também foi tirado de seu lugar original. Em seu 12º trabalho, Héracles desceu ao palácio de Hades e trouxe Cérbero vivo para a terra. Héracles, porém, devolveu Cérbero ao Hades, depois de tão perigosa façanha.
  • Na decada de 70, praticantes de cultos afrobrasileiros depositavam oferendas aos pés do porteiro do inferno que era tido por eles como um exu, por causa de sua cor preta.