Efeito de Bohr: diferenças entre revisões

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A hemoglobina tem maior afinidade ao gás oxigênio do que ao gás carbônico.
Complemento do Efeito Bohr
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'''Efeito de Bohr''' é a nomenclatura utilizada para designar a tendência do [[oxigênio]] de deixar a corrente sanguínea quando a concentração de [[dióxido de carbono]] aumenta. Essa tendência facilita a liberação de oxigênio da [[hemoglobina]] para os tecidos e aumenta a concentração de oxigênio na [[hematose]]. Junto com o [[efeito de Haldane]], que é a facilitação da eliminação de CO<sub>2</sub>, o efeito Bohr é um dos grandes reguladores de concentrações gasosas no [[sangue]].
'''Efeito de Bohr''' é a nomenclatura utilizada para designar a tendência do [[oxigênio]] de deixar a corrente sanguínea quando a concentração de [[dióxido de carbono]] aumenta. Essa tendência facilita a liberação de oxigênio da [[hemoglobina]] para os tecidos e aumenta a concentração de oxigênio na [[hematose]]. Junto com o [[efeito de Haldane]], que é a facilitação da eliminação de CO<sub>2</sub>, o efeito Bohr é um dos grandes reguladores de concentrações gasosas no [[sangue]].


Nos tecidos não-alveolares, o sangue recebe CO<sub>2</sub> formado nos processos metabólicos desses tecidos. Isso faz com que a hemoglobina, mesmo que com maior afinidade pelo O<sub>2</sub> libere-o para ligar-se ao CO<sub>2</sub>. Essa liberação de oxigênio aumenta sua disponibilidade para os tecidos.
Nos tecidos não-alveolares, o sangue recebe CO<sub>2</sub> formado nos processos metabólicos desses tecidos. Dentre outros fatores, isso ocorre devido a pressão parcial do gás carbônico ser maior no interior das células desses tecidos do que no sangue dos capilares, permitindo assim sua passagem, isto é, a hemoglobina, mesmo que com maior afinidade pelo O<sub>2</sub> dissocie-se do mesmo para ligar-se ao CO<sub>2</sub> formado pelos processos metabólicos das células. Essa liberação de oxigênio aumenta sua disponibilidade para os tecidos.


O contrário ocorre nos [[pulmões]]: quando o CO2 passa pelos [[alvéolos]], a quantidade de O<sub>2</sub> que se liga a hemoglobina aumenta, facilitando a entrada desse gás e sua futura distribuição.<ref name=guyton>Guyton, Arthur C.; Hall, John E.; Tratado de Fisiologia Médica 11ª edição; Tradução de Bárbara de Alencar Martins et al. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2006</ref>
O contrário ocorre nos [[pulmões]]: quando o CO2 passa pelos [[alvéolos]], a quantidade de O<sub>2</sub> que se liga a hemoglobina aumenta, facilitando a entrada desse gás e sua futura distribuição.<ref name=guyton>Guyton, Arthur C.; Hall, John E.; Tratado de Fisiologia Médica 11ª edição; Tradução de Bárbara de Alencar Martins et al. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2006</ref>

Revisão das 23h35min de 8 de novembro de 2013

Efeito de Bohr é a nomenclatura utilizada para designar a tendência do oxigênio de deixar a corrente sanguínea quando a concentração de dióxido de carbono aumenta. Essa tendência facilita a liberação de oxigênio da hemoglobina para os tecidos e aumenta a concentração de oxigênio na hematose. Junto com o efeito de Haldane, que é a facilitação da eliminação de CO2, o efeito Bohr é um dos grandes reguladores de concentrações gasosas no sangue.

Nos tecidos não-alveolares, o sangue recebe CO2 formado nos processos metabólicos desses tecidos. Dentre outros fatores, isso ocorre devido a pressão parcial do gás carbônico ser maior no interior das células desses tecidos do que no sangue dos capilares, permitindo assim sua passagem, isto é, a hemoglobina, mesmo que com maior afinidade pelo O2 dissocie-se do mesmo para ligar-se ao CO2 formado pelos processos metabólicos das células. Essa liberação de oxigênio aumenta sua disponibilidade para os tecidos.

O contrário ocorre nos pulmões: quando o CO2 passa pelos alvéolos, a quantidade de O2 que se liga a hemoglobina aumenta, facilitando a entrada desse gás e sua futura distribuição.[1]

Referências

  1. Guyton, Arthur C.; Hall, John E.; Tratado de Fisiologia Médica 11ª edição; Tradução de Bárbara de Alencar Martins et al. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2006