Sicário: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 2: Linha 2:


==Roma Antiga==
==Roma Antiga==
O vocábulo ''sicário'' deriva da palavra [[latim|latina]] ''sica'', como era conhecido um pequeno punhal curvo ou [[adaga]], que se podia facilmente ocultar debaixo da roupa, ou mesmo na palma da mão. Era usado sobretudo pelos [[trácios]], tidos como criminosos [[mercenários]] pelos [[Roma Antiga|antigos romanos]]
O vocábulo ''sicário'' deriva da palavra [[latim|latina]] ''sica'', como era conhecido um pequeno punhal curvo ou [[adaga]], que se podia facilmente ocultar debaixo da roupa, ou mesmo na palma da mão. Era usado sobretudo pelos [[trácios]], tidos como criminosos e [[mercenários]] pelos [[Roma Antiga|antigos romanos]]


A ''sica'' também foi usada pelos notáveis romanos, os [[patrícios]], para cometer [[suicídio]] quando abriam as suas veias. Em muitos casos, quando o Imperador romano ordenava a pena capital de um cidadão, ele podia escolher entre suicidar-se ou ser executado. Nesse último caso, o cidadão romano podia contar com os serviços do sicário — como era conhecido o portador da sica.
A ''sica'' também foi usada pelos notáveis romanos, os [[patrícios]], para cometer [[suicídio]] quando abriam as suas veias. Em muitos casos, quando o Imperador romano ordenava a pena capital de um cidadão, ele podia escolher entre suicidar-se ou ser executado. Nesse último caso, o cidadão romano podia contar com os serviços do sicário — como era conhecido o portador da sica.

Revisão das 00h31min de 18 de dezembro de 2013

Sicário (do latim sicarius, "homem da adaga") é um termo aplicado, nas décadas imediatamente precedentes à destruição de Jerusalém em 70, para definir um grupo extremista separatista de zelotas judeus, que tentaram expulsar os romanos e seus simpatizantes da Judeia usando adagas curtas, ou sicae.[1]

Roma Antiga

O vocábulo sicário deriva da palavra latina sica, como era conhecido um pequeno punhal curvo ou adaga, que se podia facilmente ocultar debaixo da roupa, ou mesmo na palma da mão. Era usado sobretudo pelos trácios, tidos como criminosos e mercenários pelos antigos romanos

A sica também foi usada pelos notáveis romanos, os patrícios, para cometer suicídio quando abriam as suas veias. Em muitos casos, quando o Imperador romano ordenava a pena capital de um cidadão, ele podia escolher entre suicidar-se ou ser executado. Nesse último caso, o cidadão romano podia contar com os serviços do sicário — como era conhecido o portador da sica.

O sicário é uma figura reconhecida pelo direito romano, que regulamentou a sua atividade e condenava os métodos cruéis empregados pelos sicários para promover um suicídio ou realizar execuções. A lei referente a esse assunto é conhecida por lex Cornelia de sicariis et veneficis (lei Cornélia sobre os sicários) e é datada do ano 81 da era Cristã.

A atividade dos sicários esteve frequentemente vinculada à política, actuando em assembleias populares, quando os adversários políticos contratavam esses assassinos profissionais para por fim a disputas políticas.

Sicarii era também a denominação dada pelos romanos a uma facção extremista dos zelotes, rebeldes hebreus que recorriam sistematicamente ao homicídio e ao terrorismo como principal estratégia contra a dominação romana.

Uso posterior

Com o tempo o termo sicário ou sicarii passou também a designar assassinos contratados, numa referência às pessoas que matam em troca de dinheiro ou mesmo de promessas de grande recompensas. O nome assassino deriva da Ordem dos Assassinos, uma seita fundada no século XI por Hassan ibn Sabbah. Hoje esta palavra é empregada para designar o homicida, voluntário ou involuntário. Mais recentemente, porém, o termo começou também a significar, em sentido estrito mas não exclusivo, os grupos fundamentalistas que, atualmente, levam a cabo atentados terroristas.

Citação

Quando Abinus alcançou a cidade de Jerusalém, dobrou o esforço tomando a decisão de assegurar a paz naquela cidade exterminando a maior parte dos sicários. Flávio Josefo, antiguidades judaicas (XX.208)

Ver também

Referências