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Em 2006, a Daspu teve rejeitado seu pedido para participar do Rio Fashion Week. Organizou, então, um desfile paralelo - do qual participaram, pela primeira vez, modelos que não eram prostitutas - e obteve uma presença de público maior do que o desfile da semana de moda, com a participação de ''top models'' como [[Gisele Bündchen|Gisele Bundchen]].<ref> De la acera a la pasarela - El País, ed. 05.09.2006 [[http://elpais.com/diario/2006/09/05/sociedad/1157407210_850215.html]]</ref>
Em 2006, a Daspu teve rejeitado seu pedido para participar do Rio Fashion Week. Organizou, então, um desfile paralelo - do qual participaram, pela primeira vez, modelos que não eram prostitutas - e obteve uma presença de público maior do que o desfile da semana de moda, com a participação de ''top models'' como [[Gisele Bündchen|Gisele Bundchen]].<ref> De la acera a la pasarela - El País, ed. 05.09.2006 [[http://elpais.com/diario/2006/09/05/sociedad/1157407210_850215.html]]</ref>


Em 2009, a Daspu cessa praticamente suas atividades e parecia que não se recuperaria mais com a morte de sua fundadora, em 2013. Mas retorna em 2014 com uma nova coleção , que homenageia Gabriela Leite. É assinada pela artista plástica Paula Villa Nova, a partir de estampas e looks do acervo da marca. O reinício das atividades da Daspu acontece em desfile no seu reduto histórico, a praça Tiradentes, em um desfile com a presença de prostitutas de vários Estados e da atriz [[Alexia Dechamps]], que interpretou Gabriela no teatro.<ref>O Globo, ed. de 16.03.2014, coluna Gente Boa (Cleo Guimarães)[[http://oglobo.globo.com/blogs/blog_gente_boa/posts/2014/03/16/a-daspu-esta-de-volta-527533.asp]]</ref>
Em 2009, a Daspu cessa praticamente suas atividades e parecia que não se recuperaria mais com a morte de sua fundadora, em 2013. Mas retorna em 2014 com uma nova coleção , que homenageia Gabriela Leite. É assinada pela artista plástica Paula Villa Nova, a partir de estampas e looks do acervo da marca. O reinício das atividades da Daspu acontece em desfile no seu reduto histórico, a praça Tiradentes, com a presença de prostitutas de vários Estados e da atriz [[Alexia Dechamps]], que interpretou Gabriela no teatro.<ref>O Globo, ed. de 16.03.2014, coluna Gente Boa (Cleo Guimarães)[[http://oglobo.globo.com/blogs/blog_gente_boa/posts/2014/03/16/a-daspu-esta-de-volta-527533.asp]]</ref>


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Revisão das 00h55min de 24 de maio de 2014

Daspu é uma grife de roupas femininas, voltada para prostitutas elançada em 16 de dezembro de 2005[1], na praça Tiradentes, centro histórico e boêmio do Rio de Janeiro, pela ONG Davida ,com o propósito de viabilizar financeiramente seu projeto pelo reconhecimento legal da prostituição e consequente pela adoção de políticas públicas que diminuam a vulnerabilidade das prostitutas.

Em 1992, a prostituta Gabriela Leite criou a ONG Davida com o propósito de, por meio de ações culturais, atrair a atenção da mídia e do mundo político para a questão da prostituição Mas o projeto ressentia-se de uma base financeira, daí ter surgido a ideia de criação da grife de roupas específicas para o trabalho das prostitutas.[2]

Um dos apoiadores da ONG Davida, o designer Sylvio de Oliveira sugere por brincadeira o nome Daspu, para ironizar a Daslu, grife de luxo paulista que, àquela altura, enfrenta problemas na Justiça, diante das acusações de contrabando e fraude feitas a sua proprietária, Eliana Tranchesi. Mas a sugestão não foi levada adiante e o nome somente se consolidou depois de publicado em 20 de novembro de 2005 na coluna de Elio Gaspari, no jornal O Globo.[3] Nem Gabriela Leite, nem Flavio Lenz, assessor de imprensa da ONG, tiveram participação na publicação desta primeira notícia sobre a marca. Parece que a informação chegou a Gaspari através de alguém que teria ouvido e levado a sério uma conversa a respeito nas imediações da ONG, na praça Tiradentes. A repercussão se amplia na mídia a partir do processo movrido pela grife Daslu. As simpatias da mídia se apresentam francamente a favor da Daspu e a Daslu acaba por retirar o processo. [4]

O sucesso repentino naturalmente impõe a criação efetiva da confecção. A estrutura simples, inicialmente pensada, dá lugar a uma organização empresarial mais complexa, , prevendo coleções, desfiles, venda de outros tipos de roupas etc. Firmou-se também a ideia de que a Daspu, sendo uma empresa de moda, deveria, como qualquer outra, envolver atitude e ditar comportamento.[5] Seus produtos passaram a ser vendidos on line e em lojas - as putiques - no Rio e em São Paulo.[6]

Desde seu lançamento em 2005 até 2009, a grife apresentou sete coleções. Mas foram as camisetas seu produto de maior sucesso e mais emblemático. Trazem mensagens irônicas e bem-humoradas sobre cidadania, liberdade, sexualidade e prevenção de DST e AIDS.[7]

Em 2006, a Daspu teve rejeitado seu pedido para participar do Rio Fashion Week. Organizou, então, um desfile paralelo - do qual participaram, pela primeira vez, modelos que não eram prostitutas - e obteve uma presença de público maior do que o desfile da semana de moda, com a participação de top models como Gisele Bundchen.[8]

Em 2009, a Daspu cessa praticamente suas atividades e parecia que não se recuperaria mais com a morte de sua fundadora, em 2013. Mas retorna em 2014 com uma nova coleção , que homenageia Gabriela Leite. É assinada pela artista plástica Paula Villa Nova, a partir de estampas e looks do acervo da marca. O reinício das atividades da Daspu acontece em desfile no seu reduto histórico, a praça Tiradentes, com a presença de prostitutas de vários Estados e da atriz Alexia Dechamps, que interpretou Gabriela no teatro.[9]

Referências

  1. Flávio Lenz - Daspu, A Marca Sem Vergonha[[1]]
  2. Isabella Amaral - Morre Gabriela Leite, fundadora da grife Daspu [[2]]
  3. Washington Dias Lessa e Jeanine Geammal - Surgimento e difusão da marca Daspu: o nome como palavra de ordem (Revista Z Cultural)[[3]]
  4. idem ibidem
  5. Flávio Lenz - Daspu, A Marca Sem Vergonha[[4]]
  6. Site da Daspu [[5]]
  7. DASPU - GRIFE SE FIRMA NO MERCADO! - site Vila Mulher [[6]]
  8. De la acera a la pasarela - El País, ed. 05.09.2006 [[7]]
  9. O Globo, ed. de 16.03.2014, coluna Gente Boa (Cleo Guimarães)[[8]]